Abandonada pelo Alfa, me tornei a Companheira do Rei Lycan - Capítulo 31

31: Assassinato Ardiloso (1) 31: Assassinato Ardiloso (1) [POV do Donald]
Quando ouvi o grito, entrei em pânico um pouco.

Olhei para baixo, para a Margaret. Isso era ridículo. Como eu pude fazer uma coisa dessas? Agora, em um momento tão perigoso, eu estava na verdade tendo relações sexuais com a Margaret em um mato deserto. Se o ataque tivesse acontecido conosco agora, eu teria tido foco suficiente para observar tudo isso e proteger a Margaret de qualquer dano?

Esse pensamento me fez estremecer. Caí em um estado de auto-reprovação.

Se eu não conseguia nem garantir a segurança da minha companheira como o Rei Lycan, então eu era um fracasso.

Enquanto corria de volta para o acampamento com a Margaret em meus braços, ativei minha comunicação mental com o Elliot.

Houve um ataque ao sudoeste da Alcateia da Lua Prateada. Eles imediatamente enviaram algumas pessoas para prestar apoio.

Eu já tinha ouvido falar sobre isso e mandei alguém para lá.

Elliot respondeu rapidamente.

“Quantas pessoas foram enviadas? Quem foram?”

“O Jared e o Louis já foram para lá. Eles estarão lá em breve.”

“Bem feito. Onde está a equipe de assalto que despachamos?”

“Eles devem chegar amanhã.”

“Peça para eles acelerarem. É melhor se chegarem esta noite. O inimigo está atacando mais rápido. Não temos tanto tempo assim.”

“Certo, Rei Lycan.”

“Onde você está agora?”

Encontrei o Alfa-Armstrong na entrada do refeitório.

“Espere-me lá, eu já chego. Estou levando a Margaret de volta.”

“Sim, Rei Lycan.”

Rapidamente pensei sobre a situação atual. O inimigo havia começado a atacar a Tribo da Lua de Prata tão rapidamente e sob nossa estrita segurança.

Isso significava que o entendimento deles sobre nossa situação era além do que podíamos imaginar. Eles sabiam que nós não tínhamos mão de obra suficiente e queriam aproveitar a oportunidade para nos enfraquecer. Antes que consolidássemos completamente a nossa patrulha, toda a tribo estava em perigo. O próximo ataque podia acontecer a qualquer momento.

Olhei para a Margaret em meus braços e comecei a considerar seriamente em mandá-la de volta para a família real dos lobisomens. A Tribo da Lua de Prata já não era segura. Pode ser que eu não tenha mais tempo para cuidar da segurança dela.

Na entrada do refeitório, a resistência da Margaret me irritou.

Ela também tinha ouvido o grito. Ela deveria ser capaz de compreender que algo terrível havia acontecido. Mesmo sob tais circunstâncias, ela ainda ousou sugerir sair do acampamento para patrulhar conosco.

Ela sabia que com sua estatura, poderia ser despedaçada por um guerreiro lobisomem adulto em um instante? Senti que a tinha mimado demais, fazendo-a sentir que não tinha nada a temer. Ela estava fazendo coisas que me deixavam inquieto.

Ao mesmo tempo, senti o cuidado do Armstrong com a Margaret.

Devia haver algo entre eles. Eu vagamente adivinhei que o que a Margaret queria me dizer anteriormente estava relacionado ao Armstrong.

Armstrong e eu éramos ambos homens. Eu sabia o que os homens pensavam. Havia algo de errado no jeito que Armstrong olhava para Margaret. Eu não gostava da maneira como ele olhava para ela. Era o jeito que olhávamos para tudo que nos pertencia.

Minha companheira só me pertencia. Qualquer olhar que a cobiçasse era um desafio à minha autoridade como Rei Lycan. Margaret era tão doce e encantadora. Ela deveria ser só minha.

Mandei o Elliot reunir os outros. O Armstrong e eu nos transformamos em forma de lobo e corremos em direção à fonte dos gritos.

O Jared e o Louis já tinham me enviado algumas informações. Um terrível ataque realmente havia acontecido.

A única boa notícia era que não houve mais baixas neste ataque.

Finalmente chegamos ao local onde ocorreu o ataque. Fiquei um pouco confuso. Este lugar não era o mesmo de onde o grito que a Margaret e eu ouvimos veio.

“Aqui é onde o corpo foi encontrado,” disse o Jared.

“Eles foram muito astutos. Eles falsificaram o local da voz e realizaram um assassinato aqui,” disse tristemente um lobisomem da Tribo da Lua de Prata.

“Nós corremos para cá quando ouvimos o som. Aquele lugar era muito próximo de onde estávamos patrulhando. Mas não vimos ninguém ou qualquer corpo. Depois de uma busca cuidadosa, encontramos isso,” disse o Louis, entregando um pequeno aparelho.

Era um mini alto-falante feito especialmente em camuflagem. Não era fácil de encontrar na floresta.

“Foi daí que veio o som. Então ampliamos a busca e encontramos o corpo,” acrescentou o Jared.

“Quem é?” ouvi a voz baixa e rouca do Armstrong.

“É o Colin, um jovem guerreiro,” disse o lobisomem.

“É nossa culpa,” disse o Dennis. “Não percebemos nada estranho a tempo. Sinto muito.”

Eu vi a expressão triste do Armstrong. Isso deve ter sido um grande golpe para ele.