A Princesa Esquecida - Capítulo 52

52: Algo fervendo dentro de mim 52: Algo fervendo dentro de mim “Não!” Dimitri avançou com sua espada desembainhada. Ele tentou cortar a bolha de água sem sucesso. A água manteve sua forma.

“Seus esforços são inúteis.” Disse o jovem. “A água ficará na forma que eu quiser.”

Dimitri encarou o jovem com raiva. Ele avançou contra ele.

“Se eu não posso desfazer a bolha d’água, então terei que matar seu controlador.” Dimitri gritou enquanto avançava.

Mas então uma jovem mulher apareceu repentinamente, bloqueando o ataque de Dimitri com sua espada.

“Jeremy, o que diabos você está fazendo!” A jovem mulher de cabelos castanhos escuros gritou para o jovem.

“Clara, você veio.” Jeremy sorriu aliviado mas tossiu sangue.

“Você está envenenado?” Clara disse surpresa. Ela olhou para Dimitri com raiva. “Como ousa machucar meu irmão!”

Clara estava enfurecida. Ela levantou as mãos e o vento ao nosso redor começou a girar como um tornado.

Dimitri não pôde fazer nada além de fincar sua espada no chão e se agarrar a ela.

O vento ao nosso redor estava forte, fazendo com que os objetos ao nosso redor voassem em todas as direções.

A posição dos irmãos e minha estavam fora do vórtice do pequeno tornado, então estávamos ilesos. Olhando para Dimitri, ele estava segurando a espada cravada no chão para não ser levado pelos fortes ventos. Mas ele não duraria muito. Os ventos estavam ficando mais fortes.

“O que diabos você estava fazendo aqui?!” Clara gritou para o irmão enquanto ainda mantinha o tornado.

“Eu encontrei um descendente da família real de Atlântida.” Jeremy contou à irmã.

Clara ficou surpresa com isso. Ela olhou para o irmão incrédula. Jeremy fez um gesto em minha direção. A visão de Clara caiu sobre mim, sua expressão foi primeiro choque e depois determinação.

“Você consegue se levantar? Estou chegando ao meu limite” Clara perguntou ao irmão. “O cara na sua bolha de água tem apenas alguns segundos antes de ficar sem ar. Mas o cara na minha frente parece ser poderoso. Eu não posso derrotá-lo frontalmente. Precisamos fugir.”

Meu coração apertou ao ouvir a frase da menina. Olhei para Leon, que ainda estava dentro da bolha d’água. Minutos se passaram desde que ele foi preso lá dentro. Com certeza, ele estava ficando sem ar.

O medo envolveu meu corpo. O medo de perdê-lo era inimaginável. Ele foi o primeiro a me aceitar como sou e não apenas como uma princesa de Alvânia. Ele me ensinou muitas coisas, também foi o motivo de eu ter sentido sentimentos que nunca senti antes. Só de pensar em perdê-lo, a dor que eu estava sentindo agora era insuportável. Segurei meu peito de dor.

“Jeremy! Deixe-a inconsciente, AGORA!” Ouvi a menina Clara gritar.

Meu corpo estava sentindo muito calor. A dor estava envolvendo meu corpo. Eu podia sentir algo se formando dentro de mim.

***
(POV de Leon)
Estar na bolha d’água por cerca de três minutos e estou no meu limite.

Olhei para fora e havia uma jovem mulher impedindo Dimitri de atacar o jovem que me colocou nesta bolha de água. Olhando, ela também era uma usuária de magia, uma Atlante que podia manipular o vento. Dimitri não podia fazer nada além de se manter firme ou seria levado pelo vento.

Minha consciência estava começando a desaparecer. A falta de oxigênio estava começando a afetar meu corpo.

‘Não, não pode acabar aqui.’ pensei. ‘Muitas pessoas estão contando comigo para terminar minha missão. E Alicia, minha Alicia. Ela precisa de mim.’
Eu estava examinando a área em busca de Alicia quando vi algo brilhando. Meus olhos se arregalaram quando vi que era Alicia. Seu corpo estava envolto em luz azul.

‘Isso é ruim.’ pensei.

A magia acumulando dentro dela era imensa, haverá uma catástrofe se ela for liberada de uma só vez.

O chão começou a tremer e rachar. A bolha d’água em que eu estava aprisionado começou a vibrar violentamente.

Olhei em volta para ver o que podia fazer para escapar desta bolha d’água. Se eu não me apressar, todos nós, incluindo Alicia, estaremos em grande perigo.

Vi que ainda havia brasas de fogo na madeira não muito longe de mim.

‘Sorte!’ pensei comigo mesmo.

Eu era um manipulador de fogo. Quando eu era jovem, mostrava sinais de ser um lançador de fogo. Este elemento era minha vocação e minha mãe me ensinou desde cedo a lidar com minhas habilidades mágicas. Ela sabia que, se outras pessoas vissem minhas habilidades mágicas, haveria grandes consequências. Minha mãe era uma boa professora e eu pude aperfeiçoar minha magia em tenra idade.

Mesmo com apenas uma pequena brasa de fogo, posso aumentá-la. Concentrei-me na madeira com a brasa e ela começou a crepitar e queimar. O fogo estava começando a ficar maior, fiz com que tivesse a forma de uma flecha.

‘Bom, agora apenas alguma velocidade servirá.’ pensei.

Concentrei-me na flecha de fogo, fazendo-a sugar todo o ar ao redor. Então eu soltei. A flecha agora estava voando na velocidade do som. Mirei bem perto de mim. A flecha de fogo passou zunindo por mim, dividindo a bolha d’água em duas.

Tirar a atenção do jovem de mim também ajudou a bolha d’água a perder sua forma e assim eu estava livre finalmente.

“Hah, hah, hah.” Eu estava ofegante. Minha cabeça latejava com a falta de oxigênio de antes e agora com a súbita entrada fez parecer tão grande.

Olhei em volta. O chão estava tremendo tão forte que parecia haver um terremoto. O vento ao nosso redor estava tão forte, parecíamos estar dentro de uma tempestade.

“Ahhhhhh.” Alicia gritou alto.

Meu coração estava batendo rápido. Eu estava procurando por ela em meio ao caos.

“Alicia!” Gritei alto, tentando encontrá-la.

Então eu a vi no centro de todo esse caos. Seu corpo estava brilhando com luz amarela agora. Ela estava gritando como se estivesse com dor. Meu coração apertou de dor ao vê-la assim.