A Princesa Esquecida - Capítulo 375

375: O Final e um Novo Começo (2) 375: O Final e um Novo Começo (2) Eu praticamente adormeci nos braços de Regaleon depois da batalha. Quando acordei, estava dentro de um quarto muito familiar na propriedade do Duque Destia.

“L-Leon…” Eu instintivamente o chamei.

“Estou aqui, meu amor.” Regaleon estava ao meu lado em um instante. Ele estava segurando um dos gêmeos nos braços. “Como foi o seu sono?” Ele perguntou.

“Bom, eu acho. Quanto tempo eu dormi?” Perguntei por curiosidade. Quando olhei para fora, estava claramente meio-dia.

“Você dormiu por quinze horas.” Regaleon respondeu enquanto devolvia o bebê dorminhoco ao berço localizado ao nosso lado na cama. “O médico disse que seu corpo estava fraco após o parto e precisava descansar. Anatalia disse o mesmo. Como você está se sentindo?” Ele plantou um beijo em minha testa.

“Estou um pouco dolorida, mas no geral, acho que estou bem.” Respondi honestamente.

“Você deve estar com fome.” Regaleon disse. “Vou chamar Tricia para te trazer algo leve para comer.”

“E os bebês? Como você os alimentou quando eu estava dormindo?” Perguntei, preocupada que meus bebês não conseguissem se alimentar.

“Não se preocupe, eles foram alimentados com mamadeira enquanto você dormia.” Regaleon me tranquilizou. “Na verdade, eles terminaram sua mamadeira bem antes de você acordar.”

Eu suspirei aliviada.

“Não se preocupe tanto.” Regaleon se inclinou na cama na minha frente, nossos rostos estão alinhados uns com os outros. “Claro, não vou deixar nossos filhos passarem fome.” Ele sorriu brincando e plantou um beijo em meus lábios.

Eu senti minhas bochechas esquentar com o beijo súbito e Regaleon sorriu vendo minha reação. Depois disso, ele andou em direção à mesa ao lado da cama e tocou a campainha. Não demorou muito e houve uma batida na porta.

*BATE BATE*
“Entre.” Regaleon disse.

A porta se abriu e Tricia entrou.

“Você chamou sua majestade.” Tricia disse com a cabeça baixa. Quando ela levantou o olhar, me viu com uma expressão surpresa em seu rosto. Lágrimas começaram a cair de seus olhos. “A-Ali… quer dizer sua majestade. Você finalmente acordou.” Eu podia ver seus sentimentos estampados em seu rosto.

“É bom te ver de novo Tricia.” Eu disse, dando-lhe um sorriso caloroso. “Venha aqui.” Abri meus braços, querendo abraçá-la.

Tricia veio correndo até mim e me abraçou com todas as suas forças.

“Estava tão preocupada sua alteza. *soluço*” Tricia disse enquanto chorava. “Só de pensar em você tendo bebê lá fora me aterrorizou. Eu nem estava ao seu lado em seu momento mais importante. Sinto muito.”

“Não é sua culpa Tricia.” Eu acariciei suas costas para confortá-la. “Era inevitável. Sou grata que pelo menos Leon esteve comigo quando dei à luz aos gêmeos. Você deve ter ficado tão preocupada que eu fiquei fora durante toda gravidez.”

“Sua majestade não te contou?” Tricia se afastou e me olhou com surpresa.

“O que ele não me contou?” Perguntei e olhei para Regaleon com uma expressão de dúvida.

“Ela acabou de acordar.” Regaleon explicou. “Tricia, você poderia trazer algo leve para a Alicia comer primeiro. Tenho certeza que ela está com fome.”

“E-Eu entendo…” Tricia ficou desconcertada. “Vou voltar logo.”

Ela saiu e eu pareci confusa com o que Tricia quis dizer.

“Vou explicar enquanto você espera pela comida.” Regaleon sorriu.

Regaleon começou a me contar tudo que aconteceu quando eu estava debaixo do mar. Aparentemente, não se passou muito tempo quando eu estava lá. Minha gravidez evoluiu completamente em apenas algumas semanas desde o primeiro dia que o Todo-Poderoso me levou para lá.

Ele também me contou sobre como eles apressaram sua jornada para conseguir os outros fragmentos-chave, como eles conheceram os licanos ao longo do caminho, e como algumas pessoas em nosso grupo perderam suas vidas na jornada.

Regaleon me contou sobre a operação contra o grupo da Patrícia, como as sereias e os licanos vieram ajudá-los, como os Alvannianos trabalhavam lado a lado com os Atlantes e as antigas bestas.

Ouvir essa história me deixou esperançosa pelo futuro deste continente. Consigo imaginar como os outros podem aceitar novamente os Atlantes. Agora que Atlântia ressurgiu, haverá uma responsabilidade muito maior de governar todo o império. E agora sabendo que alguns animais antigos sobreviveram, ter que viver ao lado deles é algo que precisamos planejar no futuro.

Também fiquei sabendo que Dimitri era meu meio-tio, tornando-o meu tio.

“Quem diria que Dimitri é meu tio?” Disse com uma expressão surpresa. “Mas estou feliz que agora ele tem parentes de sangue vivos. Devo cumprimentá-lo depois de bem descansada.” Eu sorri.

“Também estou feliz por Dimitri. Sei que ele tratou a mim e a minha mãe como família, mas saber que ele tem uma família que ainda está viva é algo que ele está muito feliz em saber. Ele está se recuperando de sua ferida. Acho que ele ficará feliz se você e os gêmeos o visitarem um desses dias.” Ele sorriu.

“Claro que vou visitar.” Respondi. “A mãe e o pai estão bem?” Eu perguntei.

“Sim, eles estão passeando pela praia agora. Vou avisá-los que você acordou daqui a pouco.” Disse Regaleon. “Ah, e sua sogra perguntou sobre os nomes dos gêmeos. Você já pensou em seus nomes?”

“Sim.” Eu assenti. “Estou pensando em nomear nosso pequeno menino de Alphonse e nossa pequena menina de Aerith.”

“Alphonse e Aerith…” Regaleon repetiu. “Soa bem. Como você pensou neles?” Ele perguntou.

“Simplesmente me veio à mente.” Eu olhei para meus dois pequenos anjos dormindo pacificamente em seus berços. “Eu apenas achei que seria adequado a eles.”

“Então Alphonse e Aerith será.” Regaleon respondeu com um sorriso feliz.

E como se os gêmeos já soubessem seus nomes, eles acordaram e reagiram. Regaleon pegou Alphonse de seu berço e gentilmente o entregou a mim enquanto pegava Aerith e embalava-a em seus braços.

“Meu pequeno Al.” Eu disse enquanto cutucava a bochecha de Alphonse.

Meu pequeno Alphonse sorriu docemente pra mim e meu coração se derreteu instantaneamente ao vê-lo sorrir.

“A pequena Aerith quer se juntar a vocês dois.” Regaleon cuidadosamente a colocou em meu outro braço. Os dois eram tão pequenos e ficavam tão bem em meus braços.

“Meus pequenos anjos.” Eu disse com um sorriso. Pude sentir um calor no peito que se espalhava por todo o meu corpo. Sabia que era o sentimento de amor.

Regaleon sentou-se ao meu lado e abraçou-nos amorosamente. Esta era minha pequena família, a família que eu e Regaleon começamos. Senti extrema felicidade nesse momento.

**
“Suas altezas…” Um jovem cavaleiro estava correndo pelo terreno do palácio enquanto ofegava. “Onde estão vocês?”

*RISADINHAS*
Pôde-se ouvir risadinhas suaves na área.

“Eu sei que vocês estão aqui. Posso ouvir os dois.” O jovem cavaleiro respondeu.

As risadinhas podiam ser ouvidas por trás dos arbustos. O jovem cavaleiro caminhou cuidadosamente em direção aos arbustos.

“Peguei vocês!” O jovem cavaleiro rapidamente empurrou os arbustos, mas não havia ninguém lá. “Hã, tenho certeza de que ouvi aqui.” Ele coçou a cabeça confuso.

Então o vento soprou em seu ouvido e o som de risadinhas veio junto com ele.

“Ohhhh… então vocês estão usando sua mágica, hein.” Disse o jovem cavaleiro. “Eu vou encontrar vocês não importa o que.” Ele disse brincando.

O jovem cavaleiro conjurou pequenos golems usando a terra. Os golems de terra rapidamente se espalharam em busca. Depois de algum tempo, um golem encontrou algo atrás das árvores e informou o jovem cavaleiro.

“Então, vocês estão lá.” O jovem cavaleiro sorriu e foi inspecionar a árvore que o golem de terra havia mencionado.

O jovem cavaleiro avançava cuidadosamente para a árvore e quando estava de pé bem debaixo dela, um círculo mágico começou a acender debaixo dele.

“Uma armadilha mágica!” O jovem cavaleiro se surpreendeu, e seus pés começaram a congelar pela cintura para baixo. “Ahhh… eu me rendo. Você me pegou.” Ele suspirou em derrota.

“Hahahaha…” Duas vozes rindo melodicamente foram ouvidas.

De cima da árvore pulou um jovem menino com cabelos pretos e olhos prateados, enquanto uma menina de longos cabelos prateados e olhos azuis saiu de trás da árvore.

“Te pegamos, Philip.” A menina disse rindo.

“Você me pegou, Princesa Aerith. As armadilhas mágicas que seu tio Jack tem te ensinado valeram a pena. Só espero que no futuro você não me use como alvo de teste.” O jovem cavaleiro chamado Philip respondeu. “Agora, por favor, derreta o gelo ao redor de mim. Está ficando um pouco frio.” Ele sorriu.

“Você não consegue nem dissipar o gelo que Aerith fez?” O jovem menino perguntou com um sorriso sarcástico. “Como você pode ser nosso guarda pessoal se é tão fraco?” Ele disse brincando.

“Sua alteza príncipe Alphonse, eu ainda sou um aprendiz de cavaleiro em treinamento, como você sabe.” Philip disse com um sorriso irritado. “Eu só tenho dezesseis anos agora e ainda estou sob a tutela do capitão Dimitri. E seu pai, o imperador, está me ensinando pessoalmente a esgrima. Pelo menos eu ainda posso te vencer nisso.” Ele sorriu para Alphonse com orgulho.

“Tsk, eu sei que você ainda está acima de mim nisso.” Alphonse respondeu. “Mas apenas espere, eu vou chegar ao seu nível, te vencer e ir além de você depois disso.” Ele então usou sua magia do fogo para derreter o gelo em volta do corpo de Philip.

“Tenho certeza que você conseguirá, sua alteza.” Philip respondeu. “Embora você tenha apenas dez anos agora, sua habilidade com a espada é mais avançada do que os de sua idade. Ah, falando em idade, sua mãe, a imperatriz, está procurando por vocês dois. É o aniversário de doze anos de vocês hoje e vocês precisam se preparar para o banquete mais tarde.”

“Minha mãe está nos procurando?” Alphonse respondeu surpreso.

“Oh não, estamos em apuros.” Aerith disse com um rosto assustado. “O que vamos fazer, irmão? Nossas roupas estão…” Ela olhou para o irmão preocupada. As roupas deles estavam todas sujas.

“Não se preocupe, eu vou consertar isso quando chegarmos de volta.” Alphonse disse com um rosto determinado. “Vamos, antes que a mãe nos veja assim.” Ele pegou a mão de sua irmã e começou a correr na direção do palácio.

“Seus primos já chegaram também.” Philip gritou na direção dos gêmeos. “Tenho certeza de que estão esperando por você.”

“Obrigado…” Alphonse acenou para Philip sem olhar para trás. Philip suspirou e balançou a cabeça, mas então sorriu. “Quem diria que o futuro do império e do mundo estarão nos ombros de suas altezas. Mas mesmo assim, prometo ficar ainda mais forte, para apoiar vocês dois no futuro.” Ele disse com um olhar de determinação.

Philip viu as figuras recuando do príncipe e da princesa do império, a esperança do mundo para o futuro.

editado por: nalyn