A Princesa Esquecida - Capítulo 17

17: Cicatrizes 17: Cicatrizes De volta ao meu pátio, chamo Leon em meu escritório.

‘Toc toc’
“Entre.” Eu disse.

As portas se abrem e Leon entra.

“Minha princesa. Você me chamou?” Leon perguntou.

“Sim, por favor, sente-se.” Eu disse a ele.

Leon parecia confuso. Ele fechou a porta e se sentou na cadeira na minha frente.

Eu abro o kit de primeiros socorros que solicitei a Tricia. Leon olhou para ele e soube na hora por que o chamei.

“Princesa, eu posso passar o medicamento nas minhas feridas sozinho. Você realmente não precisa fazer isso.” Leon disse envergonhado.

“Você não consegue alcançar as que estão do seu lado e nas costas, certo?” Eu disse.

“Bem, sim… mas…” Leon estava procurando uma desculpa.

“Sem mas. É minha culpa que você tenha se ferido. Posso pelo menos aplicar o medicamento.” Eu disse com uma voz triste.

“Mas princesa…” Leon ainda resistia.

“Por que você está me chamando de princesa? Eu achei que quando estivéssemos sozinhos, podemos nos chamar pelo nome.” Estou me sentindo tão irritada. Fiz beicinho de irritação.

Leon riu. Vi seu lindo sorriso novamente. “Haha minha pequena Alicia está fazendo birra. Você é tão fofa.”

Leon está me provocando e isso me deixa ainda mais irritada.

“Apenas tire suas roupas para eu passar o medicamento nas suas feridas.” Usei uma voz autoritária.

Leon ficou surpreso, mas seu sorriso ainda estava no rosto.

“Tudo bem, Alicia. Vou fazer o que minha dama mandar.” Leon suspirou derrotado.

Leon tirou a camisa. Olhei para a parte superior do corpo dele, nua. Estava perfeitamente tonificado com peito definido e abdominais. Seus bíceps e tríceps também eram bem definidos.

Fiquei corada ao ver a parte superior do corpo dele nua. Essa não era a primeira vez que via o corpo de um homem. Já vi o corpo do meu irmão Richard várias vezes e, às vezes, o do meu avô depois que ele terminava de se exercitar. No entanto, essa foi a primeira vez que vi o corpo de alguém fora da minha família e também de um homem jovem. Olhei para ele fascinada.

“Já terminou de olhar?” Leon falou brincando.

“Ah… Sim, ah não. Quero dizer, vamos passar o remédio.” Eu disse aflita.

Peguei um pouco de algodão do kit de primeiros socorros e coloquei um pouco de remédio nele. Olhei para o corpo de Leon e vi algumas fendas. Ele não estava tão ferido assim; que alívio.

Comecei a aplicar o medicamento nos cortes e, ao olhar mais de perto, vi cicatrizes. Tinha um pouco demais. Não perguntei nada, com medo de ofender Leon. Acho que é normal um cavaleiro ter cicatrizes de cortes e feridas.

Quando estava prestes a olhar para as costas dele para ver se havia feridas lá, me assustei. As cicatrizes na frente do corpo dele não podiam ser comparadas com as das costas. Pareciam cicatrizes de chicotadas. Inconscientemente, toquei nessas longas e horríveis cicatrizes.

‘Como ele conseguiu isso?’ Eu pensei comigo mesma. Meu coração doía.

Então, de repente, Leon se virou. Ele pegou minha mão e a segurou dentro da dele.

“Não parece feio? Não assusta você?” Leon me olhou. Ele olhou diretamente nos meus olhos. Ele estava procurando algo neles.