Capítulo 935: Loucura não vai me fazer morrer.

Abaixando-se à altura de Li Xue, Su Ce aproximou-se dela, cheirando levemente sua fragrância. Diz-se que a fragrância de alguém diz muito sobre sua personalidade. Mas quando Su Ce tentou adivinhar a dela, foi meio diferente para ele. Algo que o fez pausar em pensamentos por algum tempo.

Ele já esteve com muitas mulheres, mas nunca havia sentido um perfume como o dela. Parando por algum tempo, ele tentou adivinhá-lo, mas não importa como tentasse, simplesmente não conseguia identificá-lo. Ela era diferente. Diferente como nenhuma outra.

Li Xue sentiu-se estranha com suas ações. Ela já estava sensível no momento e sua súbita proximidade assim não estava fazendo bem a ela. Isso a estava deixando mais sonolenta, forçando-a a desistir tanto de sua consciência quanto do controle de seus pensamentos e ações.

“O quê você está tentando fazer?” Ela perguntou com uma voz irritada, tentando ao máximo manter o último fio de controle sobre seus sentidos. Sacudindo sua cabeça internamente, vezes sem conta, ela tentava se lembrar de que, embora tivesse escapado, ainda não estava segura.

“O que estou fazendo?” Su Ce recuou e levantou as sobrancelhas para ela, disse, dando de ombros inocentemente. “Estou apenas verificando sua condição. Parece que você está fortemente drogada. Precisa de ajuda? Eu sou uma pessoa bastante útil, não hesitarei se moças bonitas como você pedirem.”

Li Xue olhou para ele e sua expressão mudou. Como se algo dentro dela reconhecesse o segundo significado nas palavras dele. Movendo suas mãos, ela alcançou o homem e, ao vê-la agir assim, Su Ce sorriu, quase adivinhando o motivo daquela ação dela. Mas justo quando pensou que a dama estava tentando alcançá-lo, suas ações foram totalmente o contrário.

Ela o empurrou para trás, fazendo-o cambalear um pouco. “Você pode ir embora. Eu me viro sozinha.” Li Xue disse enquanto levantava as mãos para mostrar o alfinete de lapela com design de flecha que ela tinha tirado do paletó dele. “Quanto à sua ajuda, acho que o seu alfinete de lapela já é ajuda suficiente para mim. Obrigada por isso” Ela disse, sua voz soando mais como um zumbido lento de palavras incoerentes.

Su Ce não entendeu o que ela disse, mas vendo seu alfinete de lapela na mão dela já podia deduzir que ela estava agradecendo por aquilo. Seus olhos se estreitaram para ela enquanto ele perguntou, “Você está me rejeitando mas pegando este alfinete de lapela. Acha que isso pode ser uma ajuda melhor do que eu?”

“Baseado em seus olhos e tom de vermelhidão, eu já diria que não é só o sedativo que foi dado a você. Mas também foi misturado um sedativo que fará sua força enfraquecer. Talvez não agora, mas mais tarde você com certeza precisará de um homem. Eu não sou uma má opção para isso. Pergunte-me, eu não vou recusar.” Ele tagarelou um pouco e seu blá-blá-blá divertiu o assistente atrás dele. Geralmente, o Príncipe do Leste Chiboa prefere falar menos. Ele estava drogado, então?

Li Xue não se importava com suas palavras; em vez disso, olhou para o objeto que conseguiu em sua mão; era afiado o suficiente para o que ela precisava.

“Mais tarde, se eu sair e você perder a consciência, seria uma pena você não ter um homem decente.” Su Ce acrescentou mais em um tom sério e finalmente levantou a cabeça dela para dizer.

“Não se preocupe comigo. Eu encontrei o meu caminho.” Ela disse e, no momento seguinte, arranhou sua palma com força, fazendo-a sangrar. O sangue jorrou de sua palma enquanto a dor aguda afligia sua pele, mas nenhum sinal de arrependimento apareceu no rosto de Li Xue.

Su Ce não entendeu sua ação e avançou para perguntar em um tom de preocupação. “O que você está fazendo? Você está louca?” Mas antes que ele pudesse alcançá-la, Li Xue balançou a cabeça, levantando-se.

“A loucura não vai me matar. Este corte será suficiente para me manter acordada enquanto eu deixo este lugar. Obrigada. Pelo seu alfinete de lapela. Aqui você pode pegá-lo.” Ela disse devolvendo-lhe o que era seu. Traços de seu sangue mantiveram a lâmina afiada manchada, mas ela não se importou em limpá-la.

Su Ce pegou seu alfinete de volta, olhando para o sangue ainda nele. “Você acha que isso vai te ajudar? A perda de sangue só vai te enfraquecer, fazendo você desmaiar logo.” Ele disse, mas Li Xue não esperou para ouvir mais. Ela sabia que desmaiaria em breve. Mas antes de desmaiar, queria se afastar do local, de modo que não fizesse algo que não fosse adequado para ela.

Cambaleando um pouco, ela fez seu caminho para andar corredor abaixo e sair do lugar. Atrás, Su Ce apenas ficou observando-a. Ele sabia que isso não seria tão fácil quanto ela tinha dito. Ele já esperava que ela desmaiasse após mais alguns passos. Mas o que mais o perturbou foi pensar…

Ele era uma escolha tão ruim que, em vez de obter alívio com ele, a mulher se machucou ao ponto de sangrar? Até agora, era a primeira vez que encontrava uma mulher tão resistente a ele.

Fluindo com o balanço do vento, Li Xue fez seu caminho afastando-se do ponto inicial. Gotas de sangue pingavam de sua mão, manchando aos poucos o chão. Embora fingisse ser determinada, ela sabia sua força muito bem para saber que não aguentaria muito mais. Sua cabeça girou enquanto suas pernas finalmente cederam para o melhor.

Vendo-a cair de repente, como esperado, Su Ce apressou-se em alcançá-la com seu assistente seguindo atrás. Mas justo então…

Outro par de pés apressou-se ao seu lado para pegá-la em seu braço, aconchegando-a confortavelmente em seu abraço.

Embora Li Xue tivesse desmaiado, seus olhos ainda estavam abertos com alguma consciência para ver, não acreditando muito em sua visão. “Senhor Beelzebub, você é real?”