A Posse do Rei Vampiro - Capítulo 754
Capítulo 754: 754. Horda de Humanos
Faz dois dias desde que Jael descobriu que Malva usou magia para incendiar o Paler, resultando em sua morte, e nenhuma conversa sobre isso foi levantada desde então. Malva até tentou, mas só usou dicas sutis que Jael não comprou.
Infelizmente, ela não podia pressionar, pois sabia que seria melhor dar a Jael mais do que tempo suficiente para pensar sobre isso, mas Malva se viu ficando impaciente, e era óbvio que ela não era a única.
Louis ocasionalmente fazia contato visual com ela no salão de jantar, mas infelizmente não podiam fazer mais do que isso. Jael deu ordens rigorosas a Mil para não deixar Malva fora de sua vista. Pelo menos ela não estava mais confinada ao seu quarto, mas onde quer que ela fosse, Mil ia com ela. Malva entendia a desconfiança de Jael, mas ainda era irritante.
Tudo o que podiam fazer agora era esperar e deixar Jael decidir o rumo das coisas, mas a cada minuto que passava, Malva sentia-se lentamente perdendo a cabeça. Ela tinha que encontrar uma maneira de falar com Louis. Mesmo que não conseguissem convencer Jael, pelo menos ela poderia falar com Louis sobre sua outra ideia. Jael provavelmente seria mais receptivo a isso, mas ela não queria contar a ele até ele pelo menos concordar com algo.
Era um pouco frustrante que ele não quisesse confirmar nada. Ele só queria fingir que não aconteceu. “Talvez eu devesse enviar uma carta para Kieran?” Malva soltou de repente.
“O quê?” Mil perguntou.
“Oh, desculpe,” ela riu desajeitadamente, ajustando-se na cama. “Estava meio perdida em pensamentos.”
Malva balançou a cabeça. Ela não podia fazer isso. Jael ficaria bravo. Ela prometeu que faria as coisas do jeito dele. Infelizmente, era assim que ele decidiu fazer, e ela teria que ir junto. Mas ela ainda precisava pelo menos falar com Louis.
“Mil,” chamou Malva.
“Sim,” Mil respondeu, um leve sorriso no rosto.
“Posso te pedir um favor?” Malva sabia que isso era arriscado, mas pensaria em qualquer desculpa quando fosse necessário.
“Claro,” Mil se levantou da cadeira ao lado da cama de Malva e caminhou até ela. “O que você gostaria?” ela perguntou.
“Você poderia…” Malva pausou um pouco enquanto estudava o rosto de Mil. “…me ajudar a chamar Louis?”
O rosto de Mil desmoronou. “Eu não sei se posso fazer isso.”
“Jael disse algo sobre eu não receber visitas?” Malva perguntou. Ela não sabia se ele tinha dito; esperava que não tivesse.
“Não,” Mil balançou a cabeça.
“É realmente importante, e será apenas por um momento, eu prometo. Por favor, por favor, por favor,” Malva implorou juntando as mãos.
Mil parecia dividida, mas então suspirou. “Vou enviar um servo para chamar ele.”
“Obrigada, Mil.” Malva sorriu para ela e observou enquanto Mil chamava um servo que foi rapidamente enviado para a tarefa.
Não demorou muito, e uma batida pôde ser ouvida. Mil se levantou rápido e correu para a porta. Ela a abriu antes que ele pudesse bater novamente, e os olhos de Louis se arregalaram de surpresa, então sua expressão virou neutra.
“Senhor Louis,” ela fez uma reverência e saiu do caminho.
“Por favor, entre,” chamou Malva.
Louis desviou o olhar de Mil e focou em Malva. Ele chegou à cama dela em longas passadas, então murmurou as palavras, “O que você está fazendo?”
“Mil, você poderia me trazer algo para beber?” ela pediu.
“Claro, imediatamente.” As palavras mal saíram de sua boca antes que ela deixasse o quarto.
Malva meio que esperava algum protesto ou uma recusa firme, mas Mil se fez escassa no instante em que ela pediu. Ela voltou seu olhar para Louis com uma expressão de desapontamento no rosto. Ele definitivamente tinha algo a ver com isso.
“Por que está me olhando assim? Além disso, você perdeu a cabeça? Você tem ideia do que Jael faria se me encontrasse aqui?”
“Silêncio, serei rápida. Enviei uma carta ao meu irmão, principalmente para informá-lo da gravidez e também para pedir que ele venha aqui. Por quê? Pretendo falar sobre magia com ele.”
“O quê?”
“Deixe-me terminar,” ela estreitou os olhos para ele. Ela precisava dizer tudo de uma vez, porque uma vez que Mil retornasse, a conversa terminaria. “Jael é avesso a usar magia porque sou eu, mas e se fossem outras pessoas? Você poderia ensiná-las magia, e elas ajudariam com os Palers. O que você acha?”
Louis segurou as têmporas. “Vá devagar, deixe-me processar exatamente o que você está me dizendo. Está dizendo que eu deveria ensinar magia para humanos em troca de eles colocarem Palers em chamas?”
Malva assentiu animadamente.
“Você pensou nisso com cuidado?” ele perguntou.
“Bastante, mas não tive chance de passar por ninguém. Jael está fora de cogitação, e eu nem posso falar com você.”
“Não, Malva. Você claramente não pensou. Você entende as implicações do que aconteceria se a magia fosse revelada?”
“Não espero que você ensine a todos. Além disso, você disse que nem todos os humanos podem aprender magia em primeiro lugar, mas eu sou claramente a única solução agora, e Jael nunca consideraria isso. Não podemos simplesmente não fazer nada.”
Nesse ponto, Louis estava prestes a esmagar seu crânio. Ele retirou os dedos da cabeça. “Malva, eu não deveria te ensinar magia. Essa é a razão pela qual fomos discretos sobre isso, não que Jael ficaria bravo. Você tem ideia do que aconteceria se os senhores descobrissem que eu estava ensinando um bando de humanos magia? Tem ideia de que tipo de ataques Jael receberia?”
“O que, eles prefeririam ser mortos por Palers do que deixar os humanos ajudarem?” Malva perguntou, respirando forte. Ela havia pensado que Louis seria receptivo à ideia, mas ele parecia achar que ela estava fora de si.
Duas batidas e Louis soltou um palavrão. “Temos que falar sobre isso outra hora. Certamente, você não escreveu algo como ‘Louis vai ensinar magia a humanos, envie o máximo possível?’?”
“Cale-se! Eu não sou estúpida,” Malva retrucou assim que a porta se abriu.
“Eu não sabia se você preferia suco ou água, então trouxe os dois.” Mil não olhou para cima enquanto falava.
“Obrigada, Mil,” Malva disse com um sorriso brilhante. Ela se virou para Louis. “Falarei com Jael esta noite.”
Os olhos de Louis se arregalaram de horror, e Malva deu a ele um olhar desaprovador enquanto balançava a cabeça. “Espero que eu possa pelo menos convencê-lo a nos deixar testar.”
“Depois de surgir com essa ideia absurda? Você nem sabe se funcionaria.”
“Eu sei que funcionará, mas não há nada de errado em confirmar. Jael quer que eu não tenha nada a ver com isso. Se isso o convencer, não vejo por que não deveria usar.”
“Nem pense,” ele disse e começou a caminhar em direção à porta. “Não concluímos isso, minha senhora. Eu aconselharia não fazer como você gostaria.”
Malva estreitou os olhos para ele. Ele nem estava ajudando, só dizendo que a ideia era estúpida. Mas o que mais poderiam fazer em uma situação como essa? Tantas horas estavam passando; e se eles fossem atacados por Palers novamente?
“Minha senhora,” Mil estava chamando. Não foi até ela tocar Malva que ela ouviu. “Está tudo bem?”
“Sim,” Malva disse e estendeu a mão para pegar um copo.