334: Amante Irritante I 334: Amante Irritante I Finalmente, estávamos reunidos. As mãos do Blaise estavam quentes contra minha cintura, me agarrando tão fortemente como se ele tivesse medo que eu escorregasse pelos seus dedos. Depois de tudo pelo que passamos, eu não podia culpá-lo.

Eu precisava dele tanto quanto ele precisava de mim. Nossas línguas se cruzaram, e eu pude sentir um toque de curry em sua língua, o rescaldo de um jantar tenso que daria dor de estômago em qualquer um. Continuamos a nos beijar fervorosamente até que meus lábios estavam inchados e vermelhos, e eventualmente, tivemos que nos separar relutantemente para respirar.

“Harper… Eu pensei que você estava morta,” Blaise murmurou maravilhado, sua respiração roçando minha orelha. Sua mão acariciou ternamente minha bochecha enquanto ele olhava nos meus olhos, “Eu estou tão feliz que você está viva. Você está viva. E você está aqui bem na minha frente.”

“Não fique tão feliz assim.” Eu tentei sorrir, mas foi uma tentativa miserável. “Blaise, você está em grande perigo. Você tem certeza de que está se sentindo bem depois da refeição? Você precisa vomitar? Talvez devesse fazer isso de qualquer forma, só por precaução―”
Blaise pressionou um dedo contra meus lábios para me silenciar. “Minha querida, eu atravessaria o inferno por você. O que é comer dois pratos de curry apimentado comparado a isso? Mas talvez você queira evitar o banheiro mais tarde quando eu estiver usá-lo,” Blaise adicionou com travessura, e eu só pude dar um sorriso aguado em resposta, abraçando-o mais forte enquanto enterrava meu rosto em seu ombro.

“Você tem certeza?” Eu insisti mesmo assim, me inclinando para sussurrar em sua orelha.

Minha mãe prometeu me privacidade, mas eu não podia esquecer o prazer cruel em seu rosto enquanto ela deixava meus parceiros saberem que eu tinha matado Dahlia Elrod. Só podia esperar que Darach me perdoasse, uma vez que Damon contasse a ele a notícia.

“Minha mãe é aterrorizante,” eu rapidamente sussurrei para Blaise. “Ela disse que nos deixaria em paz, mas―”
Os olhos do Blaise escureceram em entendimento. “Deixa comigo,” ele murmurou. Então, sem aviso, ele me levantou, fazendo-me soltar um gritinho. Instintivamente, eu enrolei minhas pernas ao redor da sua cintura, me agarrando a ele sem reservas.

Ele plantou um beijo nos meus lábios, antes de rapidamente me depositar na cama e puxar os cobertores sobre nós dois, me dando uma piscadela brincalhona. As luzes brilhantes do meu quarto foram abafadas sob o cobertor, banhando-nos em um brilho rosado e quente que fazia Blaise parecer ainda mais diabolicamente bonito do que ele tinha qualquer direito de ser.

Eu engoli, minha boca de repente seca.

“Agora nós poderíamos fingir que estamos arrancando a roupa um do outro para afastar sua mãe de quaisquer planos que ela tivesse de nos espionar, mas eu não vejo razão para fingir, você vê?” Blaise perguntou calmamente com um divertimento irônico, e o desespero que ameaçou me dominar nos últimos dias se dissipou.

“Não, eu não vejo nenhuma razão para fingir outra coisa,” eu sussurrei em resposta, alcançando para puxar a camisa do Blaise, minhas mãos deslizando sobre sua pele. Ele deu um sibilo com a minha iniciativa, seu corpo reagindo imediatamente a esse toque simples.

“Você emagreceu,” eu não pude deixar de notar, tristemente. Ele deve ter ficado tão preocupado para comer suas refeições regularmente.

“Eu vou engordar logo,” Blaise respondeu, sorrindo docemente para mim enquanto se inclinava para me beijar com a adoração de um homem voltando da guerra para a sua esposa.

É claro que ele sentiu minha falta tanto quanto eu senti a dele. Nossas almas estavam chamando desesperadamente uma pela outra. Minhas mãos vagavam por todo o seu corpo exposto; eu queria memorizar cada recanto e fenda, cada cicatriz saliente e o contorno dos seus músculos.

Blaise gemeu de prazer quando meus dedos roçaram seus mamilos, e eu ri da sua sensibilidade aumentada.

“Não ria,” Blaise reclamou, mas não havia raiva naquilo.

“O quê? Eu estou apenas feliz em ver você,” eu disse, batendo os cílios com inocência deliberada que não o enganou nem um pouco, pois Blaise soltou um rosnado brincalhão e pulou em mim, arrancando a minha camiseta em um movimento rápido que me deixou sem fôlego, expondo meus seios ao seu olhar faminto.

Seus pupilas escureceram enquanto ele se concentrava neles. “Estou muito feliz em ver você também. Toda você.”

“Tarado,” eu ri, mas minha risada foi rapidamente interrompida quando suas mãos agarraram meus seios através do sutiã, apertando-os com força enquanto brincava com meus mamilos, suas unhas raspando suavemente a pele sensível, fazendo-me gemer enquanto meu corpo se arqueava instintivamente, empurrando mais do meu peito em suas mãos. A umidade começou a crescer entre minhas pernas.

Eu queria — precisava — mais dele.

“Blaise…”
“Sim, querida?” Blaise perguntou. Agora era a vez dele de brincar de inocente, e eu só pude bufar em irritação fingida.

“Me toque.”

“Eu estou te tocando,” Blaise disse, e para provar seu ponto, ele colocou uma mão em meu colo, traçando gentilmente seu contorno com os dedos. “Viu?”

Ah, ele era irritante. Mas ah, como eu o amo.

Desde que eu tinha sido aprisionada nessa torre, procurar prazer tinha sido a última coisa em minha mente. Mas agora que Blaise estava aqui, parecia que meu corpo queria compensar todos aqueles dias perdidos que deveríamos ter passado como amantes.

Eu belisquei seu lado, deliciando-me com seu gritinho surpreso. “Harper!”

“Me toque,” eu exigi, agarrando sua mão para colocar em meu seio, e só para não ter mal entendido, continuei. “Me faça ficar tão molhada que eu vou encharcar minha calcinha.”

Um sorriso malicioso cruzou o rosto do Blaise, e ele desabotoou meu sutiã de uma vez.

“Como você quiser.”

E isso foi tudo o que ele disse antes de começar a chupar um dos meus mamilos, acariciando o outro com a mão. Gritos de prazer escaparam da minha garganta enquanto eu sentia sua boca quente em mim, e eu podia sentir meu centro ficando cada vez mais encharcado com suas carícias experientes, a ânsia entre minhas pernas ficando mais forte. Eu empurrei meus quadris, querendo que ele percebesse.

“Blaise… tira suas calças,” eu ofeguei.