A Paixão do Duque - Capítulo 711

Capítulo 711: As aventuras da pequena Margaret

Lilou naturalmente limpou Law antes de colocá-lo na cama. Com um sorriso, ela penteava gentilmente o cabelo dele enquanto seu filho a olhava fixamente.

“Mãe, você está brava com o Pai?” perguntou Law para Lilou quando a curiosidade não pôde mais ser contida.

“Não,” ela negou e balançou a cabeça levemente.

“Então por que você está ignorando ele?”

“Eu não estou ignorando ele.” Lilou riu de forma constrangida e disse, “Eu estou apenas… Eu estou apenas um pouco ocupada. Seu pai tem uma personalidade um tanto estranha. Eu simplesmente quero focar em você. Tenho certeza de que ele entendeu, já que não me lembro do nosso tempo juntos.”

Vendo a preocupação ainda pairando nos olhos de seu filho, Lilou sorriu de maneira tranquilizadora. “Não se preocupe. Sua Graça e eu resolveremos as coisas no nosso próprio ritmo.” — definitivamente no ritmo lento que ela planejou…esperançosamente.

“Tudo bem.” Ele pressionou os lábios em uma linha fina, se contendo de investigar mais. Ele conhecia bem seus pais, e sabia que eles resolveriam as coisas eventualmente. Seu pai era um cara persistente e faria o que fosse necessário para manter sua família unida. Apenas que Lilou… embora ainda agisse como a mãe que ele conhecia, ela era diferente ao redor de Samael. Era preocupante, mas Law apenas tinha que confiar em seu pai.

‘Isso mesmo,’ ele assentiu mentalmente. ‘Se pai falhar, eu apenas terei que intervir e ajudá-lo. Por enquanto, preciso me manter em boas graças com a Mãe.’

“Agora, durma.” Lilou sorriu e deu um tapinha nos pés dele sobre o cobertor. “Estou surpresa que o Senhor Fabian limpou cada canto deste quarto e ainda teve tempo para fazer outras coisas.”

“Ele é o Senhor Fabian.” Ela riu da resposta dele. “Limpar é a sua única maneira de manter os pensamentos em ordem.”

As sobrancelhas dela se levantaram. “Por que isso?”

“Hmm?”

“Nada.” Lilou sorriu e balançou a cabeça, assumindo que isso era algo que não deveria perguntar para Law. Ele ainda era uma criança. Embora fosse maduro para a idade e soubesse mais do que um garoto de dez anos deveria, ela queria que ele permanecesse e aproveitasse sua juventude. Em vez de responder à consulta de sua mãe.

“Você deveria dormir mais para crescer mais rápido,” ela continuou, mudando de assunto.

Law assentiu e exalou profundamente, fechando os olhos para dormir. Lilou o observou em silêncio por minutos antes de Law franzir o cenho.

“Eu não consigo dormir.” Ele reabriu os olhos muito lentamente, fazendo-a rir.

“Devo ler um livro para você?” Law assentiu intensamente à sugestão dela. “Tudo bem. Espere por mim.”

Lilou se levantou da cadeira ao lado da cama e caminhou suavemente em direção à estante. Seus dedos pairaram sobre os livros empilhados corretamente, lendo cada título cuidadosamente. Seus lábios se curvaram para baixo após confirmar que não havia livros infantis ali.

‘Não há o que fazer.’ Ela suspirou e voltou para seu assento sem levar nenhum livro.

Com um sorriso, ela anunciou. “Não há um livro infantil disponível na prateleira, mas posso lhe contar histórias que eu conheço.”

Felizmente, Law não se importou, pois sorriu de volta e assentiu.

Lilou clareou a garganta e vasculhou em sua memória para se lembrar das histórias que costumava contar para as crianças no campo de volta ao ducado.

“Esta história é sobre a pequena Margaret que partiu em uma aventura para visitar seu avô.” Seus lábios se esticaram, lembrando-se de uma de suas fábulas favoritas de sua infância. “A pequena Margaret partiu para visitar seu avô, que mora no topo da montanha. Mas quando a pequena Margaret chegou à casa dele, seu avô estava fora. Esperando por ele, a pequena Margaret cultivou chocolates em seu quintal…”

Law ouviu a história ansiosamente, como se não a tivesse ouvido várias vezes no passado. Esta era uma das histórias favoritas de Sunny para dormir, que Lilou lhe contava todas as noites. Portanto, Law era obrigado a ouvi-la. Ainda assim, a história era interessante o suficiente para ele.

Assim que Lilou terminou a história, ela acalentou Law até que ele adormecesse. Olhando para seu rosto adormecido pela segunda vez hoje, todo o seu estresse do dia desapareceu.

‘Eu pensei que vampiros não dormissem… espere. Será que Law era um vampiro? Ou um humano? Ou ele estava entre os dois?’ Ela inclinou a cabeça para o lado antes de balançá-la. ‘Deixe pra lá. Eu tinha muitas coisas em que pensar. Não importa se ele é um vampiro puro-sangue ou um humano. Ele é uma criança que merece o melhor deste mundo.’

Lilou assentiu em concordância antes de acariciar suavemente seu cabelo. Após algum tempo e certificando-se de que ele estava coberto e confortável, ela se dirigiu até as velas no quarto e apagou algumas delas, deixando o ambiente com pouca luz. Ela ficou de pé no criado-mudo onde colocou um único candelabro, sorrindo para Law quando olhou para ele.

“Boa noite, Law.” Ela se inclinou e depositou um beijo em sua testa. “Que você tenha um bom sonho.”

Seus olhos suavizaram enquanto ela recuava a cabeça, olhando para o rosto dele. Lilou, quase e com sucesso, esqueceu as memórias que queria esquecer que haviam acontecido. No entanto, assim que deixou o quarto, seus olhos captaram uma figura inclinada perto da janela.

A luz da lua filtrada pelo vidro iluminou o rosto de Samael. Lilou engoliu seco enquanto estudava seu perfil de lado.

‘Por que ele parece tão preocupado?’ ela se perguntou. ‘Ele está aqui há duas horas?’

Se sua memória não falhava, já fazia mais ou menos esse tempo desde que estava com Law. Ela apertou os lábios em uma linha fina, presumindo que ele já havia ido embora. Mas agora, ela não podia deixar de se perguntar por que ele parecia tão preocupado.

‘Foi por ele achar que eu estava com raiva? Mas bem, estou.’ Ela balançou a cabeça levemente. ‘Foi culpa dele que estou tendo ideias ridículas.’

Quando Lilou estava prestes a ignorá-lo e ir para seu quarto, algo perto de seus pés brilhou. Olhando para baixo, suas sobrancelhas se arquearam enquanto se agachava. Havia um pedaço de vidro quebrado.

‘Ainda bem que o Law não pisou nisso antes.’ Ela soltou um suspiro de alívio e pegou o caco para que Law não sofresse um acidente. No entanto, com a luz fraca no corredor, Lilou cortou o dedo ao tentar pegá-lo.

“Ah…” ela sussurrou, atraindo a atenção de Samael. Este último imediatamente correu para seu lado, agachando-se enquanto o cheiro de seu sangue enchia suas narinas.

“Lilou.” Seus olhos brilharam enquanto seus dentes se cerravam, agarrando seu pulso, apenas para ver o sangue pingar da ponta do seu dedo. “Céus. Você deveria ter mais cuidado. Seu sangue é precioso, amor.”

Samael colocou seu dedo na boca imediatamente para parar o sangramento enquanto Lilou congelava no lugar. Ele não tinha qualquer plano além de parar o sangramento, mas assim que seu sangue percorreu suas veias, a voz frenética dela ecoou em sua cabeça.

‘Não, não, não! O que ele está fazendo?! Esse é o dedo…!! Esse é o dedo… que me tocou…’

Ele congelou naquele segundo, levantando seus olhos para ela, apenas para ver seu rosto imóvel enquanto desviava os olhos.

‘Por que ele está olhando para mim? Aja naturalmente, Lilou. Não olhe para ele e aja naturalmente. Ele não pode saber o que você fez enquanto tomava banho, certo? Respire fundo…’

“…”