A Paixão do Duque - Capítulo 646

Capítulo 646: A resposta para uma pergunta sem resposta

“Uh. Ela é minha cunhada? Não somos mais irmãos, já que você é um La Crox agora, Vossa Majestade.”

Fabian parou na entrada do palácio vindo do jardim. Ele lentamente virou a cabeça para o lado, os olhos pousando na figura de Rufus encostada na pilastra.

“Ian, o que você está fazendo aqui?” Os olhos de Rufus brilharam enquanto ele inclinava a cabeça para trás, olhos em Fabian. “E por que você fez isso com a imperatriz do império?”

“Bem, fui classificado como o menos desejável de volta à mansão. Estou provando que isso não é o caso.” Fabian encarou Rufus diretamente e então sorriu até seus olhos se parecerem com duas linhas. “Se a imperatriz é a mulher mais nobre do continente, então se ela se apaixonar por mim, significa que o jogo está viciado.”

“Você… o quê?”

“Na mansão, tivemos uma votação sobre quem era o mais desejável e o menos. A madama obviamente ganhou o primeiro lugar com grande vantagem. Eu não posso aceitar que o mestre esteja classificado acima de mim,” explicou Fabian, basicamente resumindo a fonte de suas ações. “É por isso que estou provando meu ponto. Até agora, havia pelo menos trinta damas nobres que ficaram coradas ao serem beijadas ou elogiadas. Eu acho que Sua Majestade é um pouco fácil também.”

“Ela não é uma pessoa fácil.”

“Então isso significa mais diversão.”

“Ian, eu não me importo com que tipo de classificação ridícula as pessoas naquela mansão têm. Não vá por aí beijando pessoas como um esquisito.” Rufus soltou uma respiração superficial, balançando a cabeça para os lados. “A imperatriz já sofreu o suficiente com o nosso casamento. Dar-lhe atenção desnecessária não beneficiará ninguém.”

“Isso me beneficiará.”

Rufus fechou os olhos enquanto respirava fundo. Ele pensou que Fabian já tinha se estabilizado depois de todo esse tempo. Mas era óbvio que Fabian estava instável. A única coisa boa era que ele não estava fazendo nada louco além de beijar estranhos para alimentar seu ego.

“De qualquer forma, por que você…” Rufus interrompeu quando ouviu a voz de Florence.

“Ei!” ela ofegou por ar, lançando olhares de reprovação para Fabian. “Para onde você acha que está indo?”

Fabian levantou a sobrancelha enquanto lançava-lhe um olhar. “Você olha para isso? Vossa Alteza, você veio até mim para pedir uma segunda rodada?”

“Se — segunda rodada?” ela zombou em ridículo, olhando para ele de cima a baixo. “Como você entrou no palácio interno? Eu não me lembro de ter um cunhado como você.”

“Então você chamou os cavaleiros para me prender?” Fabian não enrolou. O lado de seus lábios se curvou de forma maliciosa, fazendo Rufus estreitar os olhos.

‘Ele quer lutar.’ Ele pensou, conhecendo tão bem seu irmão. ‘Por que ele está aqui?’

Um suspiro superficial escapou dos lábios de Rufus. Ele tinha que tirar Fabian dali e lutar com ele antes que sua mão coçasse e lutasse com qualquer outra pessoa. Então Rufus se afastou da pilastra e caminhou um pouco para se mostrar.

“E daí se eu —” A respiração de Florence ficou presa assim que ela viu Rufus aparecer por trás da pilastra. “Vossa Majestade?”

“Peço desculpas pela insolência do meu irmão mais novo. Eu certamente o disciplinarei.” Ele fechou os olhos enquanto olhava além de Fabian e então olhou por cima do ombro. Os cavaleiros estavam correndo até eles. Todos pararam quando Rufus levantou uma mão.

“Não o toquem se valorizam vossas vidas,” ele advertiu severamente, com os olhos passando pelo semblante de Fabian e depois pela flor. “Imperatriz, peço desculpas em nome deste homem. Isso nunca acontecerá novamente.”

“Isso vai acontecer novamente.”

“Fabian.” Fabian fechou a boca assim que os olhos de Rufus ficaram frios. “Acompanhe a imperatriz até o palácio dela. Eu lidarei com esta pessoa.”

“Sim, Vossa Majestade.”

Enquanto os cavaleiros reconheciam o comando do imperador, Florence desviava seus olhos de Rufus para Fabian. Diferente do semblante inalterado e distante do imperador, o último estava sorrindo de orelha a orelha. Fabian ainda acenou para ela, dizendo em silêncio, ‘vejo você mais tarde.’

Ela apertou sua saia, sentindo os pelos na nuca se eriçarem. ‘Vejo você mais tarde?’ seus dentes se cerraram. Havia algo no sorriso de Fabian que era irritante. Era como se ninguém pudesse ler o que estava por trás daquele sorriso.

‘Não, isso não é o que importa. Então eles são realmente irmãos?’ ela se perguntou antes que os cavaleiros se aproximassem dela. “Aumentem a segurança no Palácio Avolire. Não deixem que aquele homem entre nos meus aposentos.”

Florence bufou ao virar as costas para eles e sair tempestuosamente. Enquanto ela fazia isso, Fabian riu enquanto olhava para suas costas.

“Que fofo. Ela deveria pedir a seu marido para dormir em seus aposentos se realmente não quisesse que o monstro embaixo de sua cama a visitasse.”

“Fabian.” Rufus exalou enquanto mantinha uma expressão impassível. “Não a provoque assim. Me siga. Vamos treinar.”

Fabian pressionou os lábios com os dois lados curvados para baixo. Rufus já estava indo embora sem olhar para trás.

“Treinar… é amigável? Não vou me envolver se for.” Ele murmurou enquanto seguia as pegadas de Rufus.

Rufus levou Fabian aos campos de treinamento do imperador. Não era tão longe, então eles chegaram logo depois. Parados a vários pés um do outro, Fabian inclinou a cabeça para o lado.

“Uma espada de madeira?” ele perguntou, vendo que Rufus trouxe apenas uma espada de madeira em vez de empunhar sua espada. “Não estou interessado em lutas amigáveis. O Mestre e eu sempre treinamos com nossas vidas em risco.”

“Você acha que eu preciso empunhar minha espada para te matar?”

“Gosto do entusiasmo, mas só para você saber, eu realmente não vim aqui para lutar com você.” Fabian deslizou a mão dentro de seu terno antes de jogar algo para Rufus. Este último instantaneamente o pegou por instinto, com as sobrancelhas franzidas enquanto abria a palma.

“Um relógio de bolso?” ele franziu a testa, levantando os olhos para Fabian. “O que é isso?”

“Meu presente de casamento, obviamente. Eu o consegui dos infames Caminhantes Noturnos.”

“O quê?”

“A organização criminosa no norte. Eu pedi gentilmente para me darem e eles me deram de todo coração, já que somos amigos.”

Rufus estreitou os olhos. “Você não tem amigos. E você veio de Monarey?”

“Sim. Madama e o Mestre ainda estavam lá. Oh, eu acho –”

“O quê? Quem está no império?”

“Madama e o Mestre?”

Desta vez, Rufus levou vários segundos para processar as palavras de Fabian. Lilou e Samael estavam de volta ao império? Por quê? Eles não contaram a ninguém sobre isso.

“Oh, não se preocupe. Eu fui na frente deles. Provavelmente vão passar pela capital para me buscar. Eu só espero que você me defenda caso seja necessário, já que usei o nome do conde como disfarce.”

“Ian, o que você está fazendo no império?” perguntou Rufus para entender a situação. “Tem algo errado? Aconteceu alguma coisa?”

“Oh, não. Por favor, não entre em pânico, Vossa Majestade. Nós simplesmente estávamos viajando por causa do sangue Grimsbanne. Para resumir a história, o Mestre e a Madama estavam ficando paranoicos por causa das declarações vagas de Lady Tilly.” Fabian riu brevemente, acenando as mãos para acalmar Rufus antes que ele entrasse ainda mais em pânico.

“Você tem certeza?”

“Sim, definitivamente.”

Rufus estreitou os olhos, estudando Fabian. Conhecendo seu irmão, ele não mentiria sobre algo assim. Ainda assim, isso alarmou Rufus. Isso o lembrou da carta de Stefan e Lena.

“Ian, você pode responder minha pergunta claramente e honestamente?” Fabian arqueou as sobrancelhas e inclinou a cabeça ao pedido de Rufus. “Como você cortou o vínculo de Stefan com Law?”

Fabian piscou várias vezes antes de uma resposta direta escapar de seus lábios. “Eu não cortei.”