A Paixão do Duque - Capítulo 645
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Capítulo 645: Participando da pesquisa do cunhado
Após o jantar, Rufus permaneceu sozinho no salão de refeições. Seus olhos estavam no outro extremo desta longa mesa onde sua imperatriz geralmente se sentava.
‘Falho,’ ele sussurrou em sua cabeça, alcançando o decanter para servir-se de um copo de vinho.
Florence lhe lembrava Silvia. Sim. Ela era como a versão mais jovem de Silvia. Seus olhos cintilavam como a mulher por quem ele se apaixonara. Cheios de esperança, expectativas e positividade.
A principal razão pela qual Rufus fechou seu coração instantaneamente, sem dar espaço para qualquer desenvolvimento neste casamento. Por quê? Porque, no fundo, ele sabia que se se apaixonasse por Florence, não seria real. Significaria apenas que ele se apaixonou pelo fantasma de seu primeiro amor.
Isso era injusto para Florence. Portanto, ele imediatamente traçou a linha. Se Florence ficasse, então ela ficaria. Se ela quisesse partir, então ele não a impediria.
“Que patético,” ele murmurou zombando, segurando o copo de vinho. ‘Ela já está casada e ainda assim… eu ainda a mantenho secretamente. Quando, na verdade, eu sou quem a afasta desde o início.’
Chame isso de carma ou qualquer outra coisa, mas Rufus sabia que não tinha direito de amar Silvia. Ou melhor, ele só poderia amá-la secretamente. Amá-la poderia ser sua forma de expiação ou apenas amor sem esperança. Mas o que era certo era que ele não tinha aptidão para o casamento.
A menos que fosse Silvia, é claro. Mas isso era impossível agora, pois ela estava profundamente apaixonada por Yulis.
“Acho que Héliot já tinha previsto isso.” Rufus inclinou a cabeça para trás, olhos no lustre. “Desde que ele me disse que não iria interferir em nenhum dos assuntos e decisões da imperatriz. Acho que ele não é um mau irmão que simplesmente vendeu sua irmã por benefícios.”
Um sorriso escapou de seus lábios, um pouco divertido pela personalidade de Héliot. “Ele sempre age como se não se importasse com nada além de seu maldito Reino Karo. Mas parece que ele também se importa com sua família à sua maneira única.”
Rufus permaneceu ocioso lá, desfrutando de uma bebida, incapaz de distinguir se a bebida era para celebrar o esclarecimento de Florence. Ou para afogar a tristeza ao perceber como ele ainda estava perdidamente apaixonado por seu primeiro amor.
De qualquer forma, ele não se preocupou com isso. Ele estava casado com a carreira pela qual era apaixonado. E ele ainda tinha que rastrear Lena, que ainda era tão elusiva como sempre.
‘Agora que penso nisso, qual é o limite de tempo?’ ele se perguntou, pensando que já fazia quase um ano desde que recebeu a carta de Stefan. Neste ponto, ele estava incerto se Stefan estava simplesmente lhe dando um susto, já que nada havia acontecido ainda.
Mas Rufus não podia ser complacente. Então, a busca por Lena ainda estava em andamento, com Dominique e Héliot liderando o caso.
Justo quando Rufus estava desfrutando sua bebida, ele subitamente parou. Seus olhos instantaneamente se aguçaram ao sentir uma aura muito familiar. Era tênue, mas muito distinta. Havia apenas algumas pessoas que podiam tocar os sinos na cabeça de Rufus.
Uma delas era seu querido irmão, Fabian.
“O que ele está fazendo aqui?” sua voz estava sombria, colocando um copo de água antes de se dirigir ao local onde podia sentir a presença de seu irmão.
******
“Quem é você?”
Florence apertou a mão contra o peito, olhos na pessoa que permanecia não muito longe dela. Depois de seu jantar com Rufus, ela queria fazer um passeio no jardim. Como se sentiu um pouco festiva por ter falado, disse aos servos para deixá-la sozinha.
Quem poderia imaginar que ela se arrependeria disso? Agora, ninguém estava por perto para protegê-la se essa pessoa a machucasse.
Ela examinou a pessoa a vários metros de distância dela. Ele não estava vestindo um traje de cavaleiro ou roupas estrangeiras. Em vez disso, estava vestindo um uniforme de mordomo.
Fabian inclinou a cabeça para o lado com os olhos estreitos. “Você é a imperatriz?” ele perguntou enquanto o lado de seus lábios se curvava maliciosamente.
Isso a alarmou. “N — não. Quero dizer, e se eu for?” Sua voz tremeu, dando um passo cuidadoso para trás.
Ela era um vampiro de sangue puro, e ainda assim, a presença desse homem poderia abalá-la até o núcleo. Ele era perigoso, e ela tinha certeza que definitivamente era. Mesmo o imperador não conseguia abalar seu espírito assim.
Mas esse homem… que estava ‘posando’ como mordomo, podia alarmá-la mesmo sem tentar. Ele exalava o cheiro da morte.
Para sua surpresa, quando piscou, Fabian já estava em frente a ela. Ela tropeçou para trás, apenas para Fabian segurar sua cintura.
“Não pretendo te machucar, Vossa Majestade. Não tenha medo, sou amigável.” Fabian sorriu até seus olhos se estreitarem em fendas. “A esposa de Sua Majestade é tão bonita, especialmente de perto. Você participará da pesquisa que estou conduzindo?”
“Hã?”
Seu sorriso permaneceu antes que ele se inclinasse e plantasse um beijo em seus lábios. Os olhos de Florence se arregalaram. Sua mente ficou instantaneamente vazia diante de sua insolência e audácia.
“Bem, obrigado pela cooperação. Isso é um dado muito útil.” Fabian riu enquanto afastava a cabeça, mantendo seu sorriso característico. Ele lentamente soltou a imperatriz, segurando seu ombro até ter certeza de que ela não cairia de choque.
“O que… por quê… você…” Florence piscou inúmeras vezes, olhando para ele. Suas perguntas interrompidas fizeram seus olhos se abrirem um pouco, revelando um par de olhos afiados. Sua respiração ficou presa assim que travou os olhos com ele.
Ele era… hipnotizante.
“Você está perguntando por que eu te beijei? Achei que você era muito bonita e adequada para a pesquisa que estou conduzindo,” ele explicou em um tom leve como se não tivesse feito algo à esposa de seu irmão. “Você tem um gosto agradável, não se preocupe. Foi uma experiência agradável.”
“…”
Fabian riu ao ver que definitivamente a surpreendeu. “De qualquer forma, foi um prazer conhecê-la, Vossa Majestade.” Ele inclinou a cabeça para baixo antes de passar por ela como se nada tivesse acontecido.
Enquanto ele se afastava, Florence piscou duas vezes enquanto recuperava seus pensamentos. Agora há pouco, alguém a beijou, certo? E sua razão foi que ela era bonita? Quão ridículo é isso?!
“Você beija todas as mulheres que acha bonitas?!” ela se virou e levantou a voz, furiosa com a audácia deste homem. Ela nunca havia sentido verdadeira raiva até agora.
“Bem, sim!” Fabian olhou para trás com uma inocência deslocada em seus olhos. “Não posso reunir dados de pesquisa suficientes para provar um certo ponto se não realizar testes experimentais.”
Ela bufou em descrença. “Teste…?” Mesmo Rufus não a insultava assim. Pelo menos, seu marido sabia se conter.
“Oh, além disso, também é útil para você, já que meu irmão nem piscou quando eu te beijei. Você sabe o que isso significa. Ele é um marido ruim e você deveria deixá-lo.” Fabian riu antes de continuar com um sorriso malicioso estampado em seu rosto. “Me agradeça depois.”
Florence franziu a testa enquanto olhava para suas costas. “Irmão…?” ela sussurrou. “Você é…!”
“Seu cunhado!” ele respondeu mesmo àquela distância, acenando para ela sem olhar para trás. “Vamos nos beijar de novo se você estiver livre. Tenho que ir.”
“…” Um enorme ponto de interrogação pairava sobre sua cabeça. Cunhado?? E ele acabou de convidá-la para se beijarem novamente como se simplesmente estivesse pedindo para se encontrarem de novo?!