A Paixão do Duque - Capítulo 628

Capítulo 628: Terceiro

Enquanto Lilou, Samael, Klaus e Claude apreciavam o café da manhã, um mordomo entrou e sussurrou no ouvido de Claude. Klaus, que estava com ele há anos, estudou a expressão de seu sobrinho. Quando os olhos de Claude escureceram, ele arqueou uma sobrancelha.

“O que?” Klaus indagou, colocando seu copo de vinho na mesa, olhos fixos em Claude. Lilou e Samael também perceberam a mudança na atmosfera enquanto fixavam seus olhos no sobrinho.

“Tia Lilove, tio Inferno, eu realmente quero passar mais tempo com vocês. No entanto, surgiu algo que o conde precisa lidar pessoalmente.” Claude forçou um sorriso para os dois sentados à sua frente, levantando-se. “Tio, temos que nos desculpar primeiro.”

“Uh,” Klaus balançou a cabeça, compreendendo o tom que o conde usou. Ele passou a língua pelos lábios, levantando-se da cadeira. “Aproveitem Monarey. Voltaremos mais tarde.”

Claude lançou um último olhar para Lilou e Samael antes de se virar. Assim que o fez, sua expressão tornou-se sombria, com seus dedos se fechando em um punho. Enquanto isso, Klaus esticou os braços enquanto seguia seu conde. Conhecendo Claude, algo deve ter acontecido e Klaus precisava se alongar antes de causar tumulto.

Quando os dois saíram, Lilou e Samael olharam um para o outro e depois para onde os dois se foram.

“É a primeira vez que o vejo com raiva,” Lilou comentou admirada, batendo palmas ao perceber que Claude realmente parecia um homem. “Acabei de perceber que estou realmente velha, já que Claude é um homem agora.”

“Não mais velho que eu. Como se agora nos importássemos com a nossa idade.” Samael manteve os olhos onde seu sobrinho e irmão saíram. “Esposa, você quer assistir?”

“Hmm?”

Ele fixou seus olhos na inocência deslocada nos olhos de Lilou. “Acho que algo aconteceu naquela guilda. Claude não nos deixaria se Klaus pudesse lidar com isso, a menos que seja algo pessoal.”

“Você quer ajudar?” ela perguntou, corrigindo suas palavras. “Você não disse que não se intrometeria a menos que eles pedissem sua ajuda?”

“Err… a questão é, tenho esse pressentimento de que…” Samael coçou a têmpora. “… que somos parcialmente culpados aqui.”

Ela franziu a testa. “O que você quer dizer?”

“Um, dois.” Ele contou, apontando um dedo para ela e depois para ele mesmo. Ele não disse nada, mas os olhos dela lentamente se dilataram de horror.

“Certo… o terceiro é um sujeito problemático.” Lilou engasgou, pensando que essa situação era apenas uma grande coincidência. Ela não ficou inativa e se levantou debilmente, percebendo que tipo de demônio eles trouxeram para Monarey.

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Enquanto isso, em algum lugar em Monarey, Penny tossia sangue enquanto tentava se levantar do chão. Seu corpo já estava coberto de hematomas, manchado com seu próprio sangue e o de outras pessoas.

Ela estremeceu quando alguém se agachou na frente dela, agarrando agressivamente seu cabelo. “Penélope. Você ainda é tão voluntariosa depois de todos esses anos,” o homem falou, encarando de volta o olhar que ela lhe dava. “Você disse tudo isso para o seu povo quando acabou de causar problemas para nós ontem à noite. Será que estava com medo depois de causar estragos no meu território?”

Penny cuspiu no rosto dele e zombou. “Você está louco? Se eu fosse aquela pessoa que causou estragos no seu lugar imundo, você acha que te deixaria ver a luz do sol?”

O homem riu em desdém ao limpar o cuspe de sua bochecha. Seus olhos brilharam ameaçadoramente.

“Ei, você não precisa bancar a boba, sua bruxa de merda. Aquela pessoa disse com confiança que ele é uma coruja. Se não for a coruja, quem mais saberia o valor do que ele roubou?” Penny riu ironicamente, apenas para parar quando ele a esbofeteou, fazendo-a ser jogada para o lado.

O homem rangeu os dentes, esticando o pescoço de um lado para o outro, olhos fixos nela.

“Devolva ou vou matar cada coruja bem na sua frente,” ele ameaçou impiedosamente, estalando os dedos. “Onde você escondeu, Penélope?”

Penny rangeu os dentes, revelando o sangue ainda fresco em seus dentes. “Você ficou imbecil? Se eu realmente sou quem roubou isso, acha que eu ficaria em Monarey? Idiota do ca—” Antes que ela pudesse terminar a frase, Penny recebeu um chute impiedoso na lateral.

“Ugh… isso é muito irritante.” O homem resmungou, passando o dedo pelo cabelo. “Está dizendo que vocês não têm um membro chamado Terceiro?”

Desta vez, o corpo de Penny congelou. Ela olhou para cima, de olhos arregalados, surpresa ao ouvir o nome de Claude. Claude estava desaparecido desde que ela anunciou sobre a guerra. Ele infiltrou-se nos Caminhantes Noturnos e roubou algo?

“Então é realmente um dos seus, hein?” o homem zombou, agachando-se à sua frente novamente. “Vou arrancar aquele sorriso maldito do rosto dele. Cada hora que ele não aparecer, uma coruja irá morrer.”

Assim que o homem proferiu essas palavras, ele a agarrou agressivamente pelo cabelo e a arrastou para fora daquela sala semelhante a uma masmorra. Com as mãos amarradas atrás das costas e as correntes com uma bola de ferro presa aos pés, Penny só podia ser arrastada enquanto gritava desesperadamente.

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Enquanto isso, assim que Claude chegou à residência da guilda, sua mente ficou momentaneamente em branco. Seus olhos dilataram, as mãos se cerraram em um punho apertado. O bar que costumava ser animado estava virado de cabeça para baixo. Havia também sangue por toda parte e alguns membros da guilda caídos no chão.

“Ugh…” ele piscou os olhos ao ouvir alguém gemer. Karen, que estava ferida, ergueu a cabeça debilmente. Ela prontamente reconheceu a figura de Claude, mas ignorou as outras pessoas com ele devido à visão embaçada.

“Terceiro,” ela chamou e Claude correu até ela num piscar de olhos.

Segurando-a enquanto se ajoelhava, Claude rangeu os dentes ao vê-la de perto. “Karen, o que aconteceu aqui?”

“Terceiro… chame ajuda.” Karen estava sem fôlego, agarrando-se ao peito. “Eles… levaram o Líder e todos. Nós… tentamos… lutar, mas…”

Claude apertou a mão dela e falou entre os dentes cerrados. “Karen, não fale mais. Conserve sua energia.” Seus olhos brilharam quando sua respiração ficou mais pesada.

Ele levantou os olhos e examinou o bar. Alguns já estavam mortos, outros foram deixados para sangrar, mas ainda agarrados à vida.

“Tratem todos aqui.” Ele olhou mais uma vez para Karen e sorriu tranquilizadoramente, colocando-a no chão com cuidado.

Karen segurou-se nele, mas ele a tranquilizou dizendo que tudo ficaria bem. Uma vez que ela o soltou, Claude levantou-se lentamente e encarou os cavaleiros com ele.

Alguns já estavam entrando apressadamente para prestar primeiros socorros, mas Claude os ignorou. Seus olhos se fixaram em Klaus, que estava apoiado no batente.

“Senhor Klaus, envie apenas cavaleiros de elite para o esconderijo,” ele ordenou através dos dentes cerrados. “Vou acabar com todos eles.”

Klaus balançou a cabeça calmamente, descruzando os braços. Embora não estivesse tão irritado quanto Claude, um sorriso surgiu no canto dos lábios.

“Cara… todo esse planejamento formal.” Ele riu, coçando a cabeça enquanto ficava ereto. “No final, estamos recorrendo aos modos antigos. Não importa, embora. Rapazes! Vocês ouviram o conde, certo?! Estamos todos autorizados a enlouquecer!”

Quando a voz de Klaus alcançou os cavaleiros do lado de fora do estabelecimento, um rugido alto e entusiasmado ressoou antes que partissem para enviar um bando de pessoas para o inferno.