Capítulo 384: Tio, tão legal!
Enquanto isso, nas torres perto do palácio frio. Claude levantou a cabeça para a pessoa que entrou em seu quarto. Ele apertou seu ursinho de pelúcia mais junto ao corpo, balançando as pernas para frente e para trás enquanto estava sentado na cadeira.
“O que você precisa, Tio, o sexto príncipe?” Claude perguntou em uma voz pequena. “Pai sabe que você está aqui?”
“Por que ele precisaria saber?” Alistair perguntou, inclinando-se contra a ombreira da porta, com os braços cruzados.
Houve um momento de silêncio entre eles. Alistair inclinou a cabeça para o lado enquanto avaliava seu pequeno sobrinho.
“Você quer brincar com o Tio Ali, Claude?”
Claude balançou a cabeça levemente. “Não. Obrigado. Não é divertido brincar com você.”
“Oh? Mas você gosta de passar o tempo com Klaus?” Alistair riu de forma zombeteira. “Acho que você só gosta de passar tempo com tolos.”
“Tio Klaus não é um tolo. Ele pode ser imprudente e cabeça quente, mas Tio Klaus não é tão tolo quanto todos pensam que é.” Claude argumentou calmamente, exibindo um sorriso sutil em seu rosto adorável. “Mas eu acho que Tio Ali é o tolo.”
“Oh? Reze, diga-me, meu sobrinho. Por que você disse palavras tão dolorosas?”
“Você muda de lado e vendeu seu aliado mais forte por poder temporário. Se isso não é tolice, então eu não sei como chamar essa traição.”
Alistair riu ao ouvir a explicação de Claude. “Você acha que sou um tolo por poder temporário?”
“Auron nunca vai ouvir você, Tio.”
“Como você pode dizer isso quando nem sequer tentamos?”
Claude franziu os lábios formando uma linha fina, olhando para ele com piedade. “Você sabe o verdadeiro motivo pelo qual Pai me manteve vivo em vez de me matar junto com meus pais biológicos?”
Sua pergunta fez Alistair arquear uma sobrancelha. Não era por causa de sua habilidade de parar o tempo que Claude herdou de Lucia, a mãe da criança?
“Bem, Pai deve ter lhe contado o outro motivo sobre a habilidade da minha mãe, mas não é isso.” Claude soltou um suspiro raso antes de pular da cadeira. “Meu pai biológico colocou seu último poder restante dentro de Auron. Ele se despedaçará junto com cada arma divina se eu morrer por causa disso.”
Alistair franziu as sobrancelhas com essa informação que ele não tinha ouvido antes. Stefan confiava nele, então ele ouviria sobre isso se fosse verdade.
“Pai não confiava em você tanto quanto você pensa que ele confiava. Ele não é a pessoa que confia em qualquer um.” Claude sorriu, apreciando a confusão nos olhos de Alistair. “Além disso, não é como se guardar segredos neste lugar fosse novidade para você. Você teve sua cota de segredos, afinal.”
“Bem, não é como se ter Pandora fosse útil.” Alistair deu de ombros após um minuto de contemplação. “Não ter as armas divinas por aí pode funcionar bem para nós.”
Claude pressionou os lábios, estudando o comportamento de seu tio. Ele sabia que Alistair veio para tirar sua vida e pegar Auron dele. Seu maxilar se apertou e sua respiração desacelerou.
“Você matou a Tia Cassara?” perguntou Claude por curiosidade.
“A verdade sobre quem matou Cassara importa?”
Claude assentiu, de lábios fechados. “Só estou curioso.”
“Bem.” Alistair levantou as sobrancelhas, afastando-se da ombreira e caminhando em direção ao seu pequeno sobrinho. “Aparentemente, não tenho certeza de quem fez isso, já que não me importo se aquela megera morre. Ah, na verdade, eu me importo, já que eu a silenciaria se ninguém fizesse.”
Alistair levantou o braço, tirando o machado preso nas costas. Seus olhos brilhavam enquanto o lado de seus lábios se curvava num sorriso.
Claude olhou para cima e abraçou seu ursinho. “Você realmente vai me matar?”
“Sim.” Alistair olhou para baixo e riu. “Devo pedir algumas últimas palavras?”
“Por favor, não.”
O sexto príncipe explodiu em risadas, sem saber se seu sobrinho estava tentando fazê-lo rir. Era engraçado para ele, no entanto.
“Bem, espero que eu possa fazer isso sem te matar, meu sobrinho.” Alistair suspirou depois de se recuperar das risadas. Ele descansou seu machado no ombro, estalando a língua.
“Pena. Apenas feche seus olhos. Vou fazer isso rápido.”
“Tudo bem.” Claude fechou os olhos e abraçou seu ursinho ainda mais forte, esperando pela dor rápida.
Alistair arqueou a sobrancelha ao ver o quão obediente Claude era. Ele balançou a cabeça antes de levantar o machado.
“Adeus, meu sobrinho.” Não havia traço de piedade em seus olhos, pois seu tom estava mais frio do que nunca. “Você finalmente se reunirá com seus pais.”
Após um momento, Alistair balançou seu machado gigantesco para baixo, que poderia cortar alguém ao meio sem problema. Ele parou a centímetros de atingir a cabeça de Claude, fazendo-o franzir as sobrancelhas.
“Tio, o que você está esperando?” Claude perguntou enquanto lentamente abria os olhos, e eles se cruzavam ao ver as lâminas gigantes na frente dele. Ele levantou um dedo, empurrando a lateral da lâmina.
“Não consegue se mover?” um sorriso malicioso apareceu lentamente no rosto radiante de Claude. “Eu não te disse, Tio? Você é o tolo.”
A janela atrás deles de repente se quebrou quando uma figura entrou voando.
“Claude!” Klaus chamou apressado, procurando seu sobrinho, apenas para ver Claude olhando de volta para ele com desdém.
“Você está atrasado, Tio. Justamente quando eu esperava te ver sob outra perspectiva. Eu me resgatei no final.” Claude suspirou profundamente enquanto sacudia a cabeça em desapontamento.
“O que?” Klaus ofegou em confusão, movendo os olhos de Alistair para Claude antes de acenar entendendo. “Entendo. Você queria que eu aparecesse enquanto aquele tonto tentava te golpear?”
Claude apenas franziu a testa em resposta. Esse tio dele era muito lento, mesmo sendo o cavaleiro chefe da brigada de cavalaria da Duquesa de Grimsbanne.
“Então, vamos fazer de novo. Vou pular de volta enquanto você reverte o tempo.” Klaus sugeriu, com seus caninos brilhando orgulhosamente.
“Tudo bem.” Claude assentiu e respirou fundo, revertendo o tempo para refazer a cena pela segunda vez.
**
“… você finalmente se reunirá com seus pais.” Alistair balançou seu machado para baixo sem uma segunda hesitação.
CRASH!
Assim que Klaus invadiu pela janela, ele não perdeu um segundo e bloqueou o machado gigantesco com o corpo de sua espada. Alistair estreitou os olhos, encontrando o par de olhos ardentes que o encaravam de volta.
“Da última vez que eu soube, você não tem qualificação para enviar ninguém para o céu, irmãozinho,” Klaus sorriu e então virou a cabeça para Claude. Sua expressão literalmente gritava ‘que tal isso?’
Um largo sorriso ressurgiu no rosto adorável de Claude enquanto ele levantava o polegar. “Tio, tão legal!”