A Obsessão da Coroa - Capítulo 84

84: Dúvidas – Parte 2 84: Dúvidas – Parte 2 Com Sophie feliz, a vampiresa parou de lançar olhares fulminantes para Madeline por alguns segundos. Mas a ansiedade que Madeline sentia no peito com o jeito que Calhoun estava olhando para James, pronto para jogá-lo em algum lugar onde nunca mais fosse encontrado, era algo que a ameaçava, mas o homem tinha outros planos em mente.

“Madeline,” o Rei a chamou para o seu lado, erguendo sua mão e Madeline caminhou em direção a ele. James tinha terminado de tirar as medidas de Teodoro, e agora ele estava livre para olhar para Madeline que caminhava até onde o Rei estava sentado.

Calhoun não ia deixar James ir tão facilmente, não quando ele queria se certificar de afastá-lo da vida de Madeline. Era evidente que Madeline se apegava à ideia de ter James em sua vida, mesmo que eles nem fossem amantes. Por causa disso, ela não estava disposta a olhar ou pensar na possibilidade de abrir seu coração para ele. Mas isso não incomodava a Calhoun. Ele não se importava em dar voltas e mais voltas por ela, mesmo que isso significasse que seus métodos fossem tortuosos.

Ele ergueu a mão, similar ao que tinha feito duas noites atrás, e Madeline inclinou-se para frente para beijar a parte de trás de sua mão delicadamente antes de se afastar.

“Você disse que já conheceu a Srta. Harris antes?” perguntou Calhoun, interrogando o homem a seu bel-prazer.

James inclinou a cabeça, “Sim, milorde. Já nos encontramos antes.”

“Amigos próximos, família próxima?” perguntou Calhoun e ele ergueu a mão para que Madeline ficasse onde estava antes que pudesse deixar o seu lado. Ele queria ela ao lado dele.

O alfaiate balançou a cabeça, “Não. A Srta. Harris costumava passar pela loja com sua irmã mais velha para comprar roupas.”

“Seria seguro dizer então, que vocês têm algum tipo de conhecimento, como um relacionamento um com o outro? Conversando frequentemente ou talvez sendo convidado para jantar pela família se vocês fossem amigos?” Calhoun continuou com suas perguntas. Madeline, que estava lá parada, não sabia o que Calhoun estava tentando descobrir ao fazer essas perguntas.

Os olhos de James olharam para Madeline e depois de volta para o Rei, “Eu não jantei com a família.”

“Uma pena,” declarou Calhoun como se descartasse o alfaiate.

Quando James olhou de volta para Madeline, ele disse, “Mas eu conheço a Senhorita Madeline há meses agora. Nós temos mantido uma relação muito boa um com o outro e…” Madeline balançou a cabeça, não querendo que ele dissesse nada mais do que já havia falado.

Os olhos de Calhoun se moveram entre os dois antes de pedir, “Senhorita Madeline, por favor deixe James falar,” ele sorriu olhando para ela. Se James dissesse algo mais, isso custaria sua cabeça, e ela não queria que ele declarasse mais nada ali, “Deixe-o falar, a menos que você ache que ele não tem boca própria.”

Calhoun estava tentando instigar James a falar, a confessar as mesmas palavras para ver se coincidiam com as de Madeline. Quanto mais o tempo passava, mais o sorriso em seus lábios se alargava. Sua suspeita parecia estar certa desde o início. James e Madeline talvez gostassem um do outro, mas isso nunca avançou, ou eles não tiveram a oportunidade quando o tempo foi bastante.

“Eu conversei com a Senhorita Madeline antes. Foi na loja mas frequentemente,” respondeu James, que não prestou atenção no sinal de Madeline para não falar sobre nada sem conhecer os perigos que se aproximavam, “Eu gostaria de ter dançado com ela, mas não pude durante o tempo de Hallow.” Dizendo essas palavras, James não olhou para o Rei, mas olhou nos olhos de Madeline, “Eu estava ansioso para passar tempo com ela para que pudéssemos nos conhecer melhor. Eu gosto dela, e ela gosta de mim,” as sobrancelhas de Madeline se contraíram com suas palavras.

“Oh, meu Deus! Quem teria imaginado que o alfaiate teria algo pela Senhorita Madeline,” Sophie exclamou feliz. Ela estava de bom humor depois de Calhoun ter dito que as ligas eram para ela, e agora com o alfaiate aqui, ela finalmente poderia expulsar ambos os humanos do castelo e continuar com seus planos.

Sophie foi para o lado de Madeline e disse, “Você gosta dele também?”

Os olhos vermelhos de Calhoun se desviaram de James para olhar para Madeline, que estava parada como uma estátua. Ele lhe deu um sorriso, um que era encorajador. Mas ela sabia que isso não era para a sua felicidade. Uma palavra e isso empurraria James do penhasco. Madeline queria dizer sim, mas sabia que teria que suportar as consequências se não desse uma resposta que satisfizesse os ouvidos do Rei.

O quarto ouviu Calhoun dar uma risada, e sua atenção se deslocou para olhar para ele, “Gostar é muito comum, Sophie, então eu não duvidaria que o alfaiate aqui goste da senhorita. Todos nós gostamos de muitas coisas. Eu gosto do cheiro de sangue em minhas mãos, dos gritos quando as pessoas me desafiam e são torturadas por traição que cometeram. Quando alguém tenta roubar algo que me pertence, isso é algo que eu não gosto.” Ele sorriu para Madeline que tinha uma expressão de horror no rosto, “Mas eu também gosto das paredes, dos tetos. Sophie, você não gosta da Senhorita Madeline também?” perguntou Calhoun para a vampiresa que piscou para ele.

Ela não gostava nem um pouco da garota humana e estava apenas tolerando para fazer um espetáculo na frente de Calhoun, “Eu gosto da Senhorita Madeline,” respondeu Sophie apesar de seus sentimentos reais em relação à humana.

“Certo. A Senhorita Madeline é muito doce, ela gosta de James, mas então ela também gosta de outras coisas,” comentou Calhoun.

Se o Rei pensasse que ele iria aceitar qualquer coisa que fosse dita por ele e se intimidaria com suas palavras, ele estava enganado, pensou James consigo mesmo.

“Eu acho que você entendeu errado, meu Rei. Madeline é a única mulher que me importo e espero passar minha vida com,” e assim que James pronunciou essas palavras, o rosto de Madeline ficou pálido como se o sangue tivesse escoado do seu rosto, “Se você me permitir, eu gostaria de levá-la de volta comigo. Sua família vai estar preocupada já que ela não voltou para casa há-”
“A família dela sabe que ela tem estado morando no castelo. Madeline ficou no castelo depois de receber a aprovação de seus pais. Tenho certeza que Madeline vai esclarecer isso para você,” Calhoun então se virou para olhar para Madeline que parecia mais pálida do que um fantasma e seus olhos lentamente se moveram para olhar para ele.

“Isso não é verdade!” James disse, já que tinha recebido a carta, assim como Beth, a irmã mais velha de Madeline, tinha confirmado sobre isso, “Você está a mantendo aqui contra a vontade dela.”

Os lábios de Calhoun se torceram, e ele riu. Assentindo com a cabeça, ele disse, “Madeline, o Sr. Alfaiate está esperando você falar.”

As mãos de Madeline estavam frias de nervosismo e um determinado entorpecimento ocupava sua mente. Engolindo em seco, ela então disse a James, “Eu fiquei aqui pela minha própria vontade.”

“Isso é uma mentira!” James deu um passo à frente para ser detido apenas por Teodoro, que colocou a mão para frente para impedi-lo de se mover, “Ela está sendo forçada a mentir. Você está forçando ela a ficar aqui. Você provavelmente assustou ela e seus pais! Madeline!” James olhou para o rosto de Madeline que estava contorcido em ansiedade, “Você não precisa temer o Rei. Diga a verdade na frente de todos,” ele encarou nos olhos dela.