A Obsessão da Coroa - Capítulo 79

79: Lembrança – Parte 2 79: Lembrança – Parte 2 Sophie parecia surpresa com Madeline e levemente surpresa por ela não estar aproveitando a rara oportunidade de receber um favor do Rei. Homens e mulheres frequentemente se sobressaltavam quando era o próprio Rei quem oferecia algo, mas parecia que essa tola humana não sabia que estava sendo rude ao recusar a oferta do Rei.

“Eu acho que a Senhorita Madeline não sabe como se comportar com nosso querido Rei. Você ao menos sabe o que significa a sua recusa?” perguntou Sophie, que deu um passo à frente e cruzou os braços olhando para baixo, em direção a Madeline, “Você deve estar levando muito na brincadeira as palavras do Rei-”
A vampiresa parou de falar quando Calhoun levantou a mão, indicando para ela parar de falar mais do que já tinha falado.

Não era como se Madeline não soubesse o que significava recusar a ajuda do Rei, pois era considerado rude, mas a vida de James estava em jogo aqui, e ela não podia ficar quieta enquanto o Rei chamava James ao castelo e fazia algo indescritível. Ela viu como os olhos de Calhoun a intimidavam.

“Você pode explicar por que não quer os lenços recém-feitos? Eles serão feitos da seda mais fina,” perguntou Calhoun mesmo que soubesse exatamente por que ela disse não. Madeline não queria perguntar se o Rei ainda estava furioso por ela ter mentido sobre James, já que ela tinha tentado proteger o homem com quem compartilhava afeição.

Sophie ficou lá, com as sobrancelhas franzidas, esperando que Madeline falasse enquanto os olhos de Calhoun não se desviaram dela. Madeline disse, “Há alguns presentes nos armários do quarto que eu vou usar. O lenço que eu estava procurando agora era apenas algo que eu tinha escolhido para mim no passado, e era por isso que eu estava procurando por ele. Eu posso usar outros.”

“É só um lenço,” Sophie balançou a cabeça.

Calhoun e Sophie foram os primeiros a sair da galeria. Madeline, que vinha atrás, lançou um olhar furioso para a cabeça de Calhoun. Quando chegou a hora de se separarem, Sophie foi a primeira a deixar Calhoun e a humana, pois lhe foi dado o quarto de hóspedes, ao contrário do quarto em que Madeline estava presente nos Quarters do Rei.

Calhoun e Madeline entraram nos quarters em silêncio, apenas com o som dos sapatos deles contra o chão, que não foi muito adiante, pois Madeline foi a primeira a quebrar o silêncio, “Onde está?” ela perguntou a ele.

O homem parou seus passos quando ela parou, virando-se para ela com um olhar questionador, “Onde está o quê?”

Os lábios de Madeline se apertaram firmemente enquanto ela tentava tirar a palavra de sua boca, “Minhas ligas.”

A expressão questionadora no rosto de Calhoun mudou, e ele a encarou, “Não disse que era uma lembrança. Algo para lembrar.”

“Eu já estou aqui, você não precisa roubar-” Madeline parou de falar quando Calhoun deu um passo à frente dela, “Você não pode fazer isso. É falta de educação!”

“Não me dê lições sobre o que é educado e o que não é, Maddie, quando você foi a pessoa que adormeceu no sofá quando a pintura era sobre você ser punida.” Seus olhos se estreitaram silenciosamente nela, “Considere isso como sua punição.”

“E sobre a pintura?” perguntou Madeline, “Você disse que já pintou algo, isso deveria ser punição suficiente. Ninguém em são consciência pegaria uma moça solteira-”
“Conquiste isso, então.”

Madeline piscou diante das palavras dele, “O quê?”

“Pegue de mim. Se você for uma boa menina, eu vou pensar em devolver para você, até lá, fica comigo. Seguro,” Calhoun era a definição do mal na mente de Madeline. Com o tempo que ela tinha passado e conhecido o homem, ela sabia que ele não tinha intenção de devolver, o que era muito parecido com a liberdade que nunca seria concedida a ela.

Ela encarou os olhos vermelhos dele por um longo tempo, para tê-lo olhando de volta para ela, “Mentiras,” ela sussurrou.

Os olhos de Calhoun suavizaram um pouco, ele disse, “Por que você tenta quando sabe então?”

“Na esperança de que um dia o meu lado do acordo vença,” ela respondeu a ele e seus lábios se torceram.

“Esperança é boa apenas quando você está incerto sobre uma coisa. E um Rei nunca está incerto sobre o que ele quer,” afirmou Calhoun. Ele deu um passo na direção pela qual tinham vindo caminhando, “Vá dormir, minha doce menina. Amanhã será um dia excitante.”

Madeline estava preocupada com o amanhã, “É verdade? Que você convocou James ao castelo?”

Calhoun suspirou, inclinando a cabeça para o lado, “Eu não deveria chamar o meu alfaiate para tirar minhas medidas e as medidas dos outros homens?” Se fosse apenas sobre roupas, Madeline não estaria preocupada como agora, mas ela não sabia o que Calhoun tinha em mente. O Rei havia achado muito conveniente chamar James amanhã.”

“Não faça nada com ele. Ele não fez nada e é um bom homem.” Ela implorou suavemente, mas suas palavras, em vez de apaziguar ele, adicionaram combustível à raiva que apenas tinha acalmado à noite.

Mas Calhoun não mostrou isso, em vez disso, ele sorriu para ela, um sorriso que era perturbador para Madeline, “Você pensa muito mal de mim. Estou magoado.”

Madeline desviou o olhar, “Da última vez que aconteceu algo você cortou a cabeça do homem na minha frente.”

“Minha culpa,” foi a resposta dele.

Madeline piscou diante da resposta dele.

“O que você queria que eu dissesse? Que eu estou arrependido?” perguntou Calhoun que tinha pouco ou nenhum remorso pela decapitação do homem, “Você certamente não esperava que eu deixasse o homem ir sem dar a ele um castigo decente, não é? Principalmente quando ele falava com você naquele tom… Não se preocupe, eu não vou machucar o pobre homem amanhã.”

Madeline não estava tão certa das palavras de Calhoun. Ela só saberia quando James e Calhoun se encontrassem amanhã.