783: Lista de pecados – Parte 3 783: Lista de pecados – Parte 3 Vladimir os acompanhou pela vila enquanto Odin seguia, caminhando bem atrás de seu mestre.

“A celebração do casamento, lamento não ter acordado mais cedo, senão não teria perdido seu casamento. Teria sido maravilhoso, não que eu não tenha comparecido à celebração que aconteceu depois, mas não ficamos por muito tempo, não é, Odin?” disse Vladimir enquanto andavam pelo acostamento na vila.

“Lembro de ter visto você,” respondeu Madeline, e Vladimir acenou com a cabeça.

“Se não fosse por Michael e Paschar lá dentro, eu teria ficado mais tempo. Nós não nos damos bem na companhia um do outro, ou talvez na minha companhia para ser específico,” respondeu Vladimir, com um comportamento relaxado como se estivesse de férias e fazendo parecer que fazia parte do mundo dos vivos. “Você falou com seu pai?”

Madeline balançou a cabeça.

“Esperava falar com ele se ele viesse ao castelo, mas ele nem apareceu na Casa Alta,” disse Madeline. Ela se perguntou se seu pai estava sendo punido junto com os demais. “Você sabia sobre Raphael?”

“Hm,” veio a resposta curta do Diabo. “Onde está a pequena transformista?”

Ele estava perguntando sobre Elizabeth. “Ela alcançou o reino no Norte.” Beth teve o cuidado de escrever uma carta para ela, mantendo-a informada de que estava segura.

“A terra dos Combatentes, onde vive a família Warrings,” ele murmurou em voz baixa.

“Ouvi dizer que o Rei Sebastian decidiu preencher uma das vagas na Casa Alta. Mas Calhoun ainda não se decidiu,” disse Madeline, do que ela sabia e ouvira. Helena tinha oferecido a Calhoun a posição quando a Casa Alta havia acabado de se formar também. Com os demônios da Casa Alta que haviam morrido e os anjos que haviam retornado ao Céu, muitas posições foram abertas na mesa elevada da Casa Alta. “Você veio aqui para algum trabalho importante?”

Vladimir sorriu para a pergunta de Madeline, “Algo assim.”

“Mestre, como um vampiro pode se casar com uma pessoa na igreja?” Odin sussurrou a pergunta para Vladimir.

“Talvez as pessoas no mundo dos vivos tenham criado uma maneira de entrar. Embora a ideia seja intrigante,” e ele virou para olhar para as duas jovens que caminhavam ao seu lado.

Lucy, que ouviu essa pergunta, disse, “Madeline foi gentil o suficiente para organizar isso.”

“Eu sabia que meu neto escolheria a mulher certa para estar ao seu lado. Se Constance estivesse viva, ela estaria orgulhosa dele,” as palavras eram pensamentos de Vladimir e Madeline não pôde deixar de querer saber mais sobre a mulher, cujo filho ela havia se casado.

“Posso fazer algumas perguntas?” perguntou Madeline, e os olhos de Vladimir se voltaram para ela. “Havia alguém que era próximo à Lady Constance?”

“Ela vivia no castelo de Belmount. Duvido que houvesse alguém fora do castelo,” respondeu Vladimir. “Há Odin, cuja companhia ela desfrutava desde que nasceu.”

Odin acenou com a cabeça, “Lady Constance costumava desfrutar mais da minha companhia,” explicou o demônio, que aparentava ter apenas quinze anos de idade. Ele parecia mais jovem do que a última vez que ela o vira.

“Bem, além de Odin, ela era bem versada com os servos do castelo e eles eram seus amigos,” afirmou Vladimir. A última vez que Madeline estivera naquele castelo, ele parecia deserto como se não houvesse ninguém. Ela se perguntou se os demônios que trabalhavam para Vladimir tinham se tornado invisíveis para seus olhos.

A razão pela qual ela perguntou foi por causa da carta que ela e Calhoun encontraram na casa onde Calhoun morou com sua mãe. A carta mencionava o morcego que tinha acordado de seu sono.

Odin, que estava em profundo pensamento, disse, “Depois do Mestre e de mim, talvez fosse Douglas com quem ela costumava passar seu tempo.”

“Douglas?” perguntou Madeline.

“Ele costumava ser meu cocheiro. Para que parecêssemos mais humanos quando íamos visitar as vilas aqui,” explicou Vladimir. “Ele morreu há alguns anos enquanto eu ainda dormia. A vida de um humano é muito curta comparada a nós, imortais, e ele estava envelhecendo quando fui dormir. Foi ele quem ensinou Constance sobre os humanos e as outras coisas fora do castelo.”

“Você sabe onde ele está enterrado?” perguntou Madeline, e Odin balançou a cabeça.

“Não, minha senhora. Após alguns anos de Lady Constance deixar o castelo, Douglas saiu do castelo para buscar coisas para o castelo, mas ele nunca retornou. Eu o procurei mas não o encontrei.”

“Falar sobre isso traz de volta algumas das memórias,” disse Vladimir.

Eles terminaram de olhar as coisas que a vila tinha a oferecer antes de buscar Monique, que estava na vila ao lado, antes de retornarem ao castelo.

Enquanto Madeline veio se encontrar com Calhoun, ela viu Odin, que estava do lado de fora da sala onde Calhoun e Vladimir estavam conversando.

“Sr. Odin,” Madeline cumprimentou o servo fiel do Diabo.

“Senhorita Madeline,” Odin inclinou a cabeça. “Você veio ver o Mestre Calhoun?”

“Sim,” ela respondeu, mas não entrou na sala. Em vez disso, ela perguntou ao servo demônio, “Sr. Odin, há algo que eu gostaria de pedir a você.”

Odin estava prestes a dizer ‘qualquer coisa’, mas da última vez que fez isso, seu mestre o colocou no pote onde o ferro fundido estava fervendo.

“Você acha que conseguiria trazer para mim alguns dos escritos de Lady Constance? Quando ela era pequena e ainda estava aprendendo as coisas? Acho que Calhoun gostaria de ter mais das memórias dela,” disse ela a ele.

Odin foi rápido em acenar com a cabeça, “Posso fazer isso, minha senhora,” e num piscar de olhos, ele se transformou em um morcego e voou dali.

Vendo Odin sair, Madeline então bateu à porta antes de entrar na sala para ver Calhoun e Vladimir, que estavam um em frente ao outro.

“Preciso falar com vocês dois sobre algo,” disse Madeline. “É sobre o vestido de casamento.”