A Obsessão da Coroa - Capítulo 42
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42: O tolo – Parte 1 42: O tolo – Parte 1 Ela olhou para os lobos no canil e depois para Calhoun, cujos olhos inexpressivos a encaravam. Ela engoliu em seco, e o pequeno gesto foi acompanhado por ele. Madeline não sabia o que se passava na cabeça dele. Ela não estava acostumada à presença dos lobos, menos ainda a tocá-los e acariciá-los. Seus olhos castanhos se voltaram para o lobo negro que Calhoun estava acariciando.
Ele havia dito que o lobo não faria nada a ele porque os tinha desde que eram filhotes, mas não era o mesmo para ela.
“Vá em frente,” coagiu Calhoun, e ela olhou para o lobo negro que a encarava silenciosamente com seus olhos negros. Ela se lembrou de como o lobo havia aberto de repente seus olhos como um fantasma, seus dentes quase mordendo Sophie; e ela disse que costumava alimentar o lobo!
Madeline se moveu o mais sutilmente que pôde, sua mão se movendo do colo em direção às portas gradeadas do canil.
Internamente, seu coração batia forte a cada centímetro que movia sua mão mais perto do lobo que a observava. Justamente quando ela se mexeu, passando os dedos pelas aberturas, o lobo abriu a boca mostrando os dentes, o que a fez puxar a mão para longe dali. O lobo continuou a rosnar.
Madeline, que havia trazido a mão de volta ao peito, fechou os olhos, seu coração batendo forte no peito. Ela estava certa que seu coração quase havia saltado para fora. Calhoun riu, o sádico Rei apreciando o pequeno espetáculo.
“Você não o acariciou,” lembrou-lhe Calhoun, já que ela não havia completado a ordem que ele lhe dera.
“Acho que ele está bem contente com os afagos e carinhos que você deu nele,” ele estava planejando fazer ela perder os dedos?!
Calhoun podia ouvir o coração dela batendo forte no peito, “Que coraçãozinho bonito você tem. Eu consigo ouvir cada batida,” ele sussurrou, suas palavras destinadas somente a ela, “Agora Maddox memorizou seu cheiro.”
Seria essa a razão pela qual ele havia pedido para ela se aproximar do lobo? Em algum lugar, parecia assustador pensar que ele sabia que ela estava planejando fugir deste castelo. Ela ainda estava planejando, e estava aliviada em saber que haveria lobos ferozes perambulando pelos terrenos do castelo à noite. Isso significava que fugir pela manhã seria mais viável? Madeline se perguntava, pois isso fazia sentido. Ladrões nunca entravam na mansão durante a manhã, o que tornava a segurança fraca de manhã em comparação com a noite.
Ao vê-lo levantar, ela se levantou também.
Quando ela olhou para Sophie, a vampiresa parecia satisfeita que o lobo tivesse dado a mesma reação para Madeline que para ela.
“Você não deveria chegar perto do lobo, Senhorita Madeline. Ele não me deixou aproximar, teria te despedaçado em pedaços e você é nova neste lugar,” disse Sophie, tentando agir com empatia em relação a Madeline.
Madeline sabia o que Sophie queria dizer. Que ela era uma pessoa nova e não permaneceria, mas Madeline não planejava ficar aqui.
“Maddox é hostil na primeira vez que encontra as pessoas. Se ele não gosta de alguém, não se importará em rasgá-las,” concordou Calhoun, colocando a mão nas costas pequenas de Madeline para dizer, “Você se saiu bem, no entanto. A primeira vez que Sophie foi apresentada a ele, ela chorou durante uma hora,” seu olhar se desviou para a jovem vampiresa que parecia envergonhada.
“F-foi a poeira que entrou no meu olho,” Lady Sophie tentou se defender.
“O que quer que ajude você a dormir à noite, senhora,” um lado de seus lábios se ergueu, e ele voltou sua atenção para Madeline, “Sophie te levou ao Prazer?” ele perguntou a ela.
“Prazer?” perguntou Madeline, sem saber do que se tratava.
“Parece que Sophie não te mostrou bem o lugar,” comentou Calhoun. Sophie apertou as laterais do seu vestido e rapidamente disse,
“Eu perguntei se ela queria ir lá, mas ela disse que não queria ir,” a jovem vampiresa olhou furiosamente para a parte de trás da cabeça de Madeline.
Se Calhoun não tivesse acompanhado elas para o canil, ela teria aberto as portas para os lobos saírem e se banquetearem com o humano. Sophie teria depois chorado sobre como ela tentou salvar a garota, mas não teve sucesso. Ela era suposta ser a futura rainha e não uma guia para um humano inferior, já que ela não teria poupado sequer um sopro seu. Agora, ela rangia os dentes, por causa dessa humana entediante Calhoun pela primeira vez havia chamado indiretamente ela de guia turística.
“Prazer é o jardim aberto no castelo,” esclareceu Calhoun para Madeline. A palavra jardim não era suficiente que usavam uma palavra chique para fazê-lo parecer complicado, perguntou Madeline a si mesma.
“Eu acho que devo tê-lo visto-”
“Você acha muitas coisas, não é,” declarou Calhoun, seus olhos nela, “Tentando fugir da minha companhia? Você vai acabar apodrecendo no quarto.”
“E de quem será a culpa?” perguntou Madeline.
Os lábios de Calhoun se contorceram, seus olhos calmos, “Eu jamais teria pensado que você poderia responder. Onde foi parar a garota tímida que conheci pela manhã?” ele deu um passo à frente e Madeline rapidamente deu dois passos para trás dele. Seus olhos um pouco arregalados, para vê-lo sorrir, “Lá está ela. Pensei que ela tivesse se perdido.”
Isso era como se ele quisesse que ela falasse, mas ao mesmo tempo, não fosse permitido expressar seus pensamentos, pois isso a colocaria em apuros.
“Estou acostumada a ir à floresta e não a jardins,” disse Madeline, girando a cabeça para olhar uma estátua que ficava não muito longe de onde eles estavam.
“Então isso é mais um motivo para você vê-lo. Você não ficará desapontada,” ele prometeu e ela olhou de volta para ele, o sorriso havia desaparecido de seu rosto enquanto ele a encarava.