A Obsessão da Coroa - Capítulo 218
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218: Confronto de irmãs – Parte 2 218: Confronto de irmãs – Parte 2 Ouvindo as palavras que Lady Rosamund pronunciou agora, Madeline não sabia o que responder. Isso porque o pensamento nunca havia passado por sua mente, já que ela nunca havia pensado em se transformar numa vampira. A maioria das pessoas de sua vila e de sua família não se sentia muito confortável na presença de criaturas noturnas. Madeline passou a acreditar que essa era a razão pela qual seus pais não haviam feito as malas para vir morar com ela mais cedo.
O Rei de Devon era um vampiro, e o castelo, embora cheio de humanos e vampiros, havia alguns vampiros que se alimentavam de humanos, sugando seu sangue.
Madeline não tinha certeza se queria se transformar numa vampira, porque ela nunca desejou se tornar uma.
Vendo o silêncio preencher a sala, foi Lady Lucy que falou, “Ainda restam dias para pensar sobre isso. Lady Madeline estará pronta depois disso. Não é como se ela estivesse envelhecendo de imediato,” sorriu a meia-irmã do Rei.
Lady Rosamund ficou satisfeita ao ver a expressão de choque no rosto de Madeline, “Você está certa, Lucy. Não há motivo para se preocupar com isso agora. É apenas algo para se pensar,” sorriu a vampira mais velha, levando a xícara de chá aos lábios para tomar um gole.
“Se o irmão Calhoun decidiu se casar com você, não creio que ele irá torná-la uma amante,” garantiu Lucy à Madeline, mas isso não era o que preocupava Madeline. Lá no fundo, ela queria continuar vivendo do jeito que estava, sem ter que mudar a si mesma. Ela não queria se transformar numa vampira, não importa quais vantagens isso possuísse, pois com as vantagens vinham os contras.
“Era apenas uma situação possível, querida Lucy,” afirmou Lady Rosamund, “Coisas assim já aconteceram no passado. Agora que Madeline vai ser da família, devemos cuidar umas das outras. Seria melhor preparar a mente dela.”
Sophie, que estava sentada em silêncio, finalmente falou, “Talvez devêssemos perguntar ao irmão Calhoun, tenho certeza de que ele adoraria que a rainha se transformasse numa vampira e pudesse se salvar. Pelo menos isso impediria que as culpas caíssem sobre os outros.” A jovem vampira ainda estava zangada e magoada pelo que aconteceu na floresta quando Madeline foi atacada. Não era culpa dela, mas o Rei havia ameaçado ela.
Madeline não era ingênua a ponto de não perceber as palavras provocativas, e ela inclinou a cabeça para Sophie.
“Lamento pelo que aconteceu, Lady Sophie. Espero que seu pescoço esteja se sentindo melhor,” disse Madeline, oferecendo sua simpatia.
Sophie estava prestes a retrucar com rancor quando Lady Rosamund a interrompeu para dizer, “Não foi sua culpa, Madeline. Você não deve se desculpar com Sophie.” As palavras de sua mãe atingiram profundamente Sophie, que exibiu um olhar de choque no rosto. Sua mãe estaria do lado da humana? “Há tantas pessoas que gostariam de ter a coroa. Você sendo o alvo mais fácil, sua vida continuará em perigo. É só o começo.”
Madeline ouviu o aviso claro que Lady Rosamund lhe deu. Ela ofereceu à senhora um sorriso que fez Lady Rosamund estreitar seus olhos, “Confio que todos próximos ao Rei protegerão a coroa e têm apenas o melhor interesse pela coroa. Assim que eu for a Rainha, garantirei isso. Não é como se os parentes do Rei estivessem de olho no trono agora, né?”
A atenção das três senhoras se voltou completamente para Madeline. Os olhos de Sophie se arregalaram e os olhos de Lady Rosamund se estreitaram diante das palavras da humana, “O que você quer dizer, Lady Madeline?” perguntou Lady Rosamund, não gostando do tom de Madeline.
“Eu não acho que ninguém tenha que se preocupar com nada, quando os parentes não estão de olho na coroa. É porque ouvi dizer que os inimigos mais próximos são sempre encontrados perto da coroa, mas é bom que não seja o caso aqui,” respondeu Madeline, sorrindo no final.
“Lady Madeline está certa,” concordou Lucy, “Temos pessoas tão boas na família, são apenas os forasteiros. O irmão Calhoun nunca deixaria nada ruim acontecer com você ou qualquer uma de nós. A menos que alguém faça alguma coisa ruim.”
Lady Rosamund, incapaz de conter sua língua, disse, “Ás vezes me pergunto sobre isso. Seu pai foi um Rei tão bom. Veja o que aconteceu com ele e sua mãe,” a mulher fez um clique com a língua, “Havia tanta segurança, no entanto o ministro teve acesso para assassiná-los. Quem teria dado tais informações a ele?”
Os olhos de Madeline rapidamente se voltaram para olhar Lady Lucy, cujo sorriso havia desaparecido do rosto. Calhoun havia lhe dito que foi ele quem matou o Rei anterior e a Rainha, mas Lady Lucy não sabia disso. Ela estava no escuro sobre quem era o verdadeiro assassino.
“O ministro adquiriu por conta própria. Ele estava ajudando os Warrings,” respondeu Lucy, “O Ministro Merden chamou o pai para os subcrostas. Parece que ele só tinha a intenção de matar o pai, mas a mãe saiu, procurando pelo pai e ela…” a voz da vampira se reduziu a um sussurro. Era evidente que Lady Lucy sentia dor pela perda de seus pais.
Madeline se perguntou o que aconteceria se Lucy descobrisse a verdade. Que o Rei que ela adorava matou seus pais. Que o meio-irmão a quem ela chamava de seu próprio foi o responsável por roubar as pessoas que ela amava e causar dor em sua vida.
“Pergunto-me por que os Warrings até fariam com que o ministro fizesse algo assim quando foram eles que ofereceram o tratado de paz pelos próximos dois anos,” continuou Lady Rosamund, “É estranho que eles teriam matado o Rei quando isso não lhes traria benefícios.”
Isso deixou Lady Lucy pensativa enquanto ela permanecia lá em silêncio.
O assunto mudou de um canto para outro, deixando Madeline ponderar até onde Lady Rosamund tentaria ir, para compartilhar o trono através de sua filha.
Ao mesmo tempo, Madeline tinha que tomar cuidado com sua língua. Com sua irmã Beth, que agora estava sonhando em estar com o filho de Lady Rosamund, Markus Wilmot, ela se perguntou como as coisas iriam se desenrolar a partir daí. A senhora sabia do interesse de seu filho? Madeline se perguntou.
Ela lembrou da primeira vez em que se encontraram, onde a vampira mais velha havia demonstrado um forte desinteresse e desdém em relação a Madeline, pois ela vinha da vila.
Ela aceitaria Beth como sua nora? Só o tempo diria como os eventos se desenrolariam nas próximas horas.
Depois de passar mais algum tempo na sala de chá, as senhoras finalmente se retiraram, e Madeline foi verificar como estava sua família. Querendo garantir que estivessem bem, ela pediu às criadas que lhe foram atribuídas, para ajudarem sua família se precisassem de algo.
Finalmente, durante a hora do jantar, todos chegaram para tomar assento à mesa na sala de jantar. Os primeiros a chegar foram a Família Harris e depois os Wilmot’s.
“Sophie me disse que tínhamos convidados,” disse Lady Rosamund olhando para os humanos que estavam sentados do outro lado da mesa dela. Calhoun, que se sentava à cabeceira da mesa, respondeu,
“Convidei a Família Harris para vir morar no castelo para que pudessem participar ativamente dos preparativos do casamento. Conheçam a família de Madeline, Sr. e Sra. Harris, e sua filha mais velha Elizabeth.”
“Que prazer ver todos vocês aqui,” Lady Rosamund colocou um sorriso acolhedor em seu rosto, “Eu estava esperando conhecer a família. Eu sou Rosamund Wilmot, e esta é minha filha Sophie.”
“Aqui está minha meia-irmã. Lucy Greville,” Calhoun as apresentou a todos.
O Sr. e a Sra. Harris sorriram para a família vampira. Eles sentiram que já haviam ouvido o sobrenome antes. Soava muito familiar e a Sra. Harris, não pôde deixar de perguntar,
“Por acaso vocês são parentes de Markus Wilmot?”
Lady Rosamund tinha um olhar de surpresa em seu rosto, “Sim. Ele é meu filho. Conhecem ele?” a vampira mais velha perguntou com um olhar desentendido no rosto como se não soubesse que seu filho havia falado com esta família de baixo escalão.
Beth exibiu um olhar de choque em seu rosto, e a expressão de Sophie não estava muito distante, olhando uma para a outra em realização.
A filha mais velha dos Harris estava com dor e se sentia doente desde que o vira-lata mordeu sua mão. A dor era insuportável, tendo se espalhado do seu pulso para o braço. A princípio, ela havia decidido não sair do quarto, pois era mais confortável do que a cama de sua casa, que havia endurecido ao ser usada demais.
Como era o primeiro dia no castelo, ela não quis perder o jantar. Agora que ela estava aqui no castelo, queria aproveitar ao máximo essa oportunidade para mostrar quão bela e inteligente ela era. Que ela era a escolha melhor. Com dor, ela fez seu caminho até a sala de jantar só para se deparar frente a frente com a vampira que a havia menosprezado.
Para piorar, durante a apresentação, ela descobriu que a vampira orgulhosa não era apenas prima do Rei, mas era irmã de sangue de Markus Wilmot.
Se ela quisesse que Markus continuasse a persegui-la, Beth não podia ficar do lado errado da família dele. Sophie continuou a lançar um olhar fulminante enquanto Beth tentava controlar sua expressão de choque e finalmente ofereceu à vampira um sorriso doce como se fosse a pessoa mais gentil e doce na sala.