A Obsessão da Coroa - Capítulo 148

148: O aviso – Parte 1 148: O aviso – Parte 1 Ela sentiu como se o ar tivesse sido arrancado de seu corpo quando Calhoun apertou sua coxa, mas não foi só isso que aconteceu. Seu estômago revirou de um jeito diferente, e isso fez com que ela encolhesse os dedos dos pés, aproximando-os por trás da cadeira enquanto sua mente estava focada na mão de Calhoun. 
Virando a cabeça para olhá-lo, Madeline sussurrou: “O que você está fazendo?” 
Calhoun virou-se para olhá-la com uma expressão calma: “Comendo? Seria melhor se você também comesse, em vez de deixar seus olhos vagarem pela mesa”, disse ele, mordendo um pedaço da carne, com os olhos fixos nos dela, que eram castanhos. 
Ela só tinha feito contato visual com James e Calhoun estava com ciúmes da simples ação dela que nem significava nada, “Solte”, ela disse a ele com um sorriso doce.

“O quê?” Calhoun perguntou com uma voz mais alta, e Madeline pôde sentir o calor chegar às suas bochechas. Algumas pessoas na mesa viraram para olhá-los. Madeline pegou um garfo, de forma que não havia comida nele e olhou para a mão dele: “Está pensando em esfaquear minha mão?” ele perguntou. Dizendo isso, sua mão subiu em sua coxa e seus dedos entre as pernas dela a fizeram engolir em seco. Calhoun estava sendo totalmente sem vergonha em público enquanto eles estavam sentados com todos na mesa redonda. 
Madeline não respondeu à pergunta dele enquanto movia sua mão para longe da mesa e ia diretamente para esfaquear a mão dele com as pontas do garfo. Justamente antes das pontas afiadas do garfo perfurarem o dorso da mão dele, os talheres se transformaram em um punhado de pétalas na mão dela. 
Ela piscou, olhando para baixo para ver as pétalas de rosa vermelha que tinham aparecido em sua mão do nada. Onde foi parar o garfo?! De repente, ele segurou a mão dela que esbarrou na dele: “As pessoas vão notar!” ela lançou um olhar furioso para ele, “Você não pode ser normal?”

“Você quer normal?” perguntou Calhoun, com a voz baixa e Madeline não sabia se ela tinha apertado o botão errado, “Está com medo de que James descubra o que estamos fazendo debaixo da mesa?” e Madeline tentou retirar sua mão do aperto dele. Calhoun então soltou a mão dela para pegar um copo vazio e bater nele com o garfo.

O copo tilintou e o som fez todos virarem sua atenção para Calhoun: “Tenho um anúncio para fazer para todos. Esta adorável dama que vocês veem aqui, Madeline Harris. Ela não me acompanhou aqui porque estou entediado, mas porque vou casar com ela em menos de um mês. Já conversei com os pais dela, e eles decidiram nos dar a bênção deles”, a boca de Madeline caiu ao ouvir suas palavras, “Neste momento a notícia ainda não foi tornada pública, e vocês são os primeiros a saber. Madeline achou que era justo que todos soubessem disso e eu concordo com ela. Não gostaria que nenhum homem olhasse para minha futura esposa de maneira errada”, disse Calhoun, com os olhos varrendo a mesa, para pausar quando encontrou os olhos de James. 
Os olhos de Madeline moveram-se rapidamente entre Calhoun e James antes de se fixar em Calhoun. As pessoas ao redor da mesa pareciam pasmadas como Madeline. Eles não esperavam que o Rei anunciasse ​​suas intenções de se casar. 
Calhoun então continuou: “Isso significa que não haverá desrespeito quanto à origem dela. Espero que cada pessoa aqui demonstre respeito por ela, a não ser que você não goste da sua cabeça”, disse o vampiro com um grande sorriso para mostrar seus afiados caninos. Seus olhos então se moveram para o homem que havia comentado sobre o status de Madeline: “Madeline será sua futura Rainha”, ele declarou. 
De repente, todos se levantaram, cadeiras rangendo enquanto se curvavam diante da senhora, e Madeline ficou sentada ali como uma estátua.

Seus olhos encontraram os de James; eles não revelavam nenhuma expressão enquanto seu rosto parecia vazio. 
Quando o almoço terminou, mais pessoas quiseram falar com Madeline e fazer sua conhecida. As mesmas pessoas que anteriormente não se importavam em olhar para ela e a menosprezavam agora queriam saber mais sobre ela. Ela estava sobrecarregada com a atenção que recebia agora e tentava manter um sorriso no rosto, conversando com eles, quando na verdade ela não queria estar na presença dessas pessoas que tentavam ganhar o seu favor. 
Calhoun estava conversando com um homem à parte, e ela percebeu que eles saíram da sala. Um minuto depois, Madeline pediu licença. 
“Senhorita Madeline.”

Madeline virou-se ao ouvir a voz e viu que era Lady Catherine. James não estava com ela, e a mulher caminhou em sua direção. Madeline inclinou a cabeça, mas Lady Catherine inclinou a cabeça mais profundamente. Ela observou como de ser chamada de Srta. Harris, a vampiresa passou para ‘Senhorita Madeline’.

“Você está procurando pelo toalete feminino?” perguntou Lady Catherine, “Eu estava indo para lá”, e Madeline caminhou ao lado da jovem vampiresa. 
“Obrigado por me levar até lá. Eu ia procurar uma empregada ou alguém que pudesse me apontar a direção”, confessou Madeline. 
“Estou feliz em ajudar”, sorriu Lady Catherine e Madeline achou estranho como o comportamento da lady mudou desde o momento na mesa.

Conforme elas mudaram de corredor, Lady Catherine disse: “Eu jamais teria adivinhado que o Rei ia te escolher como esposa. Quer dizer, nunca teria imaginado que vocês se conhecessem. Só entre nós garotas, como vocês se conheceram? Como tudo começou?” questionou a garota ansiosamente. 
“Nós nos conhecemos no baile”, respondeu Madeline e Lady Catherine bateu palmas. 
“Que romântico! Eu posso dizer que você é uma garota de sorte”, disse Lady Catherine e Madeline deu um sorriso forçado, “Devo confessar algo a você. Eu pensei que você estava interessada em James, porque houve vezes em que ele falou sobre você em nossas conversas. Mas é um alívio agora, saber que você está com o Rei”, ela deu uma risadinha suave. 
Lady Catherine foi a primeira a entrar no toalete feminino e também a primeira a sair, deixando Madeline sozinha na sala. Ela olhou seu reflexo no espelho oval que estava pendurado na parede. Agora ela entendia o comportamento hostil de Lady Catherine para com ela. Era porque ambas gostavam de James. 
Antes que Madeline tivesse a oportunidade de se levantar da cadeira em que estava sentada, na frente do espelho, a porta da sala se abriu e ela virou-se para ver James que havia entrado. 
“Você não deveria estar aqui. Por favor, vá embora”, disse Madeline porque a sala era usada por mulheres e não por homens. Se alguém entrasse na sala agora, seria um grande escândalo. James fechou a porta e a trancou, fazendo Madeline olhá-lo alarmada. 
James estava pedindo uma sentença de morte, e Madeline seria a próxima, “Abra a porta!” 
“Eu vou, assim que terminar de falar com você”, disse ele a ela. 
“Podemos fazer isso lá fora. Por favor”, ela implorou porque podia sentir o estresse tomando conta dela. 
“Ele não vai nos deixar ter uma conversa.”

“Ele vai matar você e eu se nos encontrar aqui assim”, disse ela, olhando-o fixamente. 
“Me diga, por que você recusou admitir que escreveu a carta para mim. Está com medo do Rei?” perguntou James. 
Madeline sentiu-se nervosa, e ela continuou olhando para a porta e depois para James. Calhoun era louco, mas James estava mais louco ainda por pensar que eles poderiam ter uma conversa ali!

Ela fechou os olhos, entreabrindo os lábios para dizer, “Eu não escrevi aquela carta.” 
“O quê?” perguntou James surpreso. 
“Naquele dia, eu não tive chance de esclarecer isso. Por favor, destranque a porta e vá embora, James. Lady Catherine é uma boa mulher. Ela te ama, e ela vai te fazer feliz.” Madeline não sabia o que dizer porque Calhoun tinha declarado na frente de todos que ela ia ser sua esposa. E ali, James estava com Lady Catherine.

James franziu as sobrancelhas, “Você não está falando sério.”

“Estou”, ela assentiu com a cabeça. Madeline queria sua liberdade, mas isso não significava que ela arriscaria a vida de James por isso. 
“Se você acha que há algo entre Lady Catherine e eu, não há nada”, garantiu James, “Eu-”
A porta se abriu e Calhoun entrou na sala, mesmo James tendo trancado a porta anteriormente.