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- A Noiva Substituta da Máfia
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98: Por que Você está Bravo? 98: Por que Você está Bravo? Ponto de Vista da Luna
A tensão no ar persistia mesmo quando chegávamos à mansão. Dominick bateu a porta do carro com força e nem sequer olhou para trás. Suas botas ressoavam contra o chão polido enquanto ele subia as escadas a passos largos. Estava furioso, e eu não podia culpá-lo — não depois do que acabara de acontecer.
Eu permaneci junto à entrada, com Sol me seguindo, seus passos hesitantes. Pelo canto do olho, vi Nina se aproximando, seu rosto se iluminando assim que me viu.
“Senhorita Luna, você está —” Sua voz falhou, olhos desviando para Sol como se tivesse visto um fantasma. “Você está aqui.”
Sol nada disse, desviando o olhar para o chão, como se evitasse o peso do olhar de Nina.
“É, Nina,” interrompi, oferecendo-lhe um pequeno sorriso. “Eu vou subir. Te vejo mais tarde.”
Antes que ela pudesse responder, virei e fiz sinal para que Sol me seguisse. A escadaria parecia não ter fim, o silêncio entre nós amplificando o som de cada rangido sob nossos pés. Quando chegamos ao quarto destinado a Sol, eu abri a porta e a incentivei a entrar.
Assim que ela entrou, Sol exalou agudamente, os ombros relaxando em alívio. “Não acredito que saí daquele inferno,” murmurou, os olhos percorrendo o quarto. Ela se virou para mim e sentou-se na cama. “Então, sobre o que você quer falar?”
“Sobre tudo,” comecei, me dirigindo ao pequeno sofá perto da janela e tomando assento. “Preciso falar com você sobre o Tio Angelo, em primeiro lugar.”
Ela franziu a testa, mas não interrompeu.
“Tivemos uma reunião recentemente… a Máfia Grande.” Minha voz estava firme, mas a lembrança daquela confrontação ainda me apertava o peito. “Eu mencionei a questão dele ter assassinado nossos pais, mas ele negou tudo.”
“Claro que negou.” Sol debochou. “Aquele desgraçado está trabalhando com Roy. Eles vêm tramando isso por meses para dominar as Máfias Grande e da Dinastia Fênix e uni-las.”
“Eu sei disso,” admiti.
Seus olhos escureceram enquanto ela se inclinava para a frente. “Luna, eles estão planejando começar uma guerra logo. Eu acho que é mês que vem.”
Meu estômago afundou. “Tão cedo assim?” As palavras saíram mais ásperas do que eu pretendia, mas não pude esconder minha surpresa. “Precisamos agir rápido. Precisamos assumir o controle da Máfia Grande, mas eu não sei como. Angelo cravou suas garras nela profundamente.”
Sol assentiu, a frustração evidente em sua voz. “Precisamos ir direto para os anciãos. Achar provas, mostrar a eles o que o Tio Angelo está armando. Mas…” Sua hesitação pesou no ar. “Não tenho certeza se eles confiarão em mim.”
“Eu também não tenho certeza,” confessei sinceramente. “Mas é um risco que precisamos correr. Não podemos simplesmente ficar aqui sem fazer nada.” Levantando do assento, dei uma olhada ao redor do quarto. “Vou dizer para a Maria trazer algo para você comer.”
Mal havia alcançado a porta quando a voz dela me deteve. “Luna, espera.”
Virei-me, a mão ainda na maçaneta da porta. “O que foi?”
Sol havia se erguido, sua expressão amolecendo pela primeira vez. “Só queria dizer que sinto muito. Por tudo que fiz. Pela maneira como tratei você todos esses anos. Eu realmente —”
“Sol.” Minha voz cortou a dela. “Pedir desculpas não vai apagar todos aqueles anos ou como você me tratou. Não saí apenas por causa do Pai ou da Máfia. Saí por sua causa. Porque eu estava cansada dos insultos constantes, da maneira como você me desprezava. Saí porque eu queria te dar o que você queria — eu fora do quadro.”
Seu rosto desmoronou. “Luna, eu —”
Ergui uma mão, interrompendo-a. “Olha, estou feliz que você voltou ao juízo, mas preciso de tempo. Só me dê um tempo, tá bom?”
Antes que ela pudesse responder, virei e saí, fechando a porta atrás de mim. Meu peito estava pesado, mas reprimi a emoção, indo em busca de Dominick. Havia questões mais importantes para lidar agora do que meus sentimentos.
Respirei fundo, me estabilizando antes de abrir a porta. O quarto estava silencioso, mas eu podia ouvir o som leve da água pingando do banheiro. Dominick não estava à vista, mas não demorou muito para que ele saísse, uma toalha pendurada baixo em seus quadris, gotículas de água aderindo a seu peito esculpido. Minha garganta secou enquanto meus olhos percorriam cada linha de músculo de seu torso. Deus, ele estava bom demais. Bom demais mesmo.
“Você está aqui,” ele murmurou, seu tom neutro, rosto inexpressivo. Isso me desconcertou. Dominick nunca perdia a chance de flertar, especialmente em momentos assim. Mas ele ainda estava emburrado, claramente.
Ele não esperou uma resposta, indo direto para o armário se vestir. Típico. Contive a vontade de revirar os olhos, virando-me em direção ao banheiro para um banho rápido. Quando saí, toalha enrolada firmemente ao redor de mim, Dominick estava sentado na cama, mexendo no celular como se fosse a coisa mais interessante do mundo.
Decidi que não ia deixar ele me ignorar. Não hoje.
“Vejo que está todo arrumado,” comentei casualmente, observando sua camiseta marrom e jeans. Ele estava absurdamente bonito, mesmo em algo tão simples.
“Sim… tenho algumas entregas chegando,” ele respondeu sem desviar o olhar para mim.
Ele estava falando sério?
Ah, eu faria questão de que ele me notasse.
Avancei em sua direção, arrancando o celular de suas mãos. Ele olhou para cima, surpreso.
“O que você está fazendo?”
“Você está me ignorando,” declarei objetivamente. “Essa foi a única maneira de chamar sua atenção.”
Dominick suspirou, lançando um olhar para mim. “Bom, agora você tem. Então, o que é?”
“Você está bravo?”
Ele não respondeu, mas a maneira como desviou o olhar me disse tudo que eu precisava saber.
“Escuta,” comecei, “eu sei que você odeia a Sol. Ela merece, sem dúvidas. Mas você não achou mesmo que eu a abandonaria, né? Eu não podia.”
Ele passou a mão pelos cabelos, a frustração evidente. “E eu entendo isso. Entendo mesmo. Só que… eu não consigo evitar, Luna.”
“Então deixe eu compensar você,” sussurrei, minha voz baixa e sedutora.
Antes que ele pudesse reagir, deixei a toalha cair, ficando completamente nua diante dele. A forma como seus olhos escureceram, como percorreram meu corpo… era exatamente a reação que eu queria.
Com um sorriso malicioso, eu o montei, acomodando-me em seu colo. Dominick gemeu, suas mãos instintivamente agarrando minha cintura. Peguei uma de suas mãos, guiando-a ao meu peito. Seu toque enviou um arrepio pela minha espinha, e eu gemi à medida que seus dedos roçavam meus mamilos endurecidos.
“Droga… você está me enlouquecendo,” ele rouquejou antes de esmagar seus lábios contra os meus em um beijo ardente. Suas mãos percorriam meu corpo, me puxando para mais perto, e então seus dedos encontraram o caminho entre minhas coxas. When he slipped one inside my wet fold, minha cabeça caiu para trás, um grito alto escapando de mim.
Mas, como sempre, o universo tinha outros planos. Uma batida forte na porta estilhaçou o momento.
Dominick rosnou de frustração. “Quem é?”
“É o Alen, chefe. É urgente,” veio a resposta abafada.
Dominick xingou em voz baixa, se afastando relutantemente. Saí de seu colo, ainda tentando recuperar o fôlego.
“Você está bem?” ele perguntou, dando um beijo em meu pescoço.
Assenti com um pequeno sorriso. “Vai. Cuida disso.”
Ele suspirou, pegou o celular e saiu do quarto. Assim que a porta se fechou, soltei um suspiro exasperado. Droga, Alen e seu timing impecável. Me enrolei na toalha e me vesti, o zumbido do momento desaparecendo à medida que a realidade retornava.
Quando Dominick voltou, a expressão sombria em seu rosto me fez estremecer.
“O que aconteceu?”
“É o Roy,” ele disse friamente. “Ele acaba de declarar guerra.”
Franzi a testa. “Não entendo.”
“Ele explodiu um dos meus clubes. Matou meus homens. Todos que estavam dentro.”
O peso de suas palavras me atingiu. “Como assim?”
A mandíbula de Dominick se apertou, seus olhos ardendo de raiva. “Isso significa sangue, Luna. Ele quer sangue.”