A Noiva Substituta da Máfia - Capítulo 95
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95: Confrontando Roy. 95: Confrontando Roy. Ponto de Vista de Dominick
Mal entramos pela porta da frente e já desabamos no sofá, exaustos. Luna relaxou a respiração e repousou a cabeça suavemente em meu ombro. Um suspiro silencioso de alívio escapou de seus lábios.
“Isso foi intenso”, ela murmurou. “Muito obrigada por me salvar.”
Não pude evitar uma risada, balançando a cabeça. “Salvar você? Eu não fiz muito, Luna. Você se manteve firme. Você foi incrível.”
E eu estava falando a verdade da porra.
“Mesmo?” Seus lábios formaram um pequeno sorriso, mas seus olhos refletiam um pensamento mais profundo.
“Você foi.” Recostei-me no sofá, deixando a tensão do dia se dissipar dos meus músculos. “Estou orgulhoso de você, Luna. Você foi demais lá dentro, querida.”
A forma como o rosto dela se iluminou com as minhas palavras foi o suficiente para tornar o cansaço válido. Ela sorriu tão radiante que não consegui me conter. Inclinando-me, plantei um beijo suave em seus lábios.
Suas bochechas coraram de um rosa delicado, e uma pequena risada tímida escapou dela. Nunca deixava de me divertir o quanto ela ainda ficava envergonhada, mesmo após tudo pelo que passamos. Nós já tínhamos nos beijado incontáveis vezes, e ainda assim, cada vez parecia ser a primeira para ela. Diabos, nós até já tínhamos transado, mas aquela inocência tímida ainda persistia.
“Você é adorável quando está constrangida”, eu zombei, afastando uma mecha de cabelo do seu rosto.
Sua vergonha intensificou-se, mas seu humor rapidamente mudou conforme a realidade do nosso peso se impôs sobre ela novamente. “O que você acha que o Tio Angelo vai aprontar?”
“Provavelmente vai direto para o Roy e começar a traçar planos para nos eliminar”, eu respondi, meio brincando.
Mas justo quando eu estava prestes a continuar, Luna se endireitou subitamente, com os olhos arregalados de urgência. “Sol!” ela exclamou. “Eu esqueci totalmente dela! Temos que ir vê-la e contar tudo o que está acontecendo.”
Suspirei, sem vontade de me levantar do sofá tão cedo. “Não acho que ela realmente se importe.”
“Dominick!” O tom de Luna era agudo, implorante. “Não diga isso. Ela ainda é minha irmã.”
Levantei-me, esfregando as têmporas. “Você sabe como ela é, Luna. Sol é… imprevisível.”
“Eu sei,” Luna disse suavemente, agora andando de um lado para o outro enquanto a preocupação invadia sua voz. “Mas ela é minha irmã, e ela precisa de mim. Você tem que me ajudar.”
Suspirei. “Tudo bem. Você sabe que eu nunca consigo dizer não para você.”
Seu rosto clareou instantaneamente, e antes que eu percebesse, ela estava puxando meu braço, me levantando. “Obrigada!” ela gritou com empolgação, praticamente pulando nas pontas dos pés. “Vamos, vamos.”
“Agora?” arqueei uma sobrancelha, gemendo enquanto meus músculos cansados protestavam. “Nós acabamos de chegar.”
“Não temos tempo”, ela insistiu, me puxando em direção à porta. “Vamos!”
Não havia como discutir com ela quando estava assim. Com um último suspiro, deixei que ela me arrastasse para fora da mansão.
Assim que chegamos na Mansão do Roy, a preocupação de Luna se tornou aparente. Ela olhou para mim, a voz mal saindo acima de um sussurro. “Você tem certeza de que não devíamos ter trazido seus homens conosco?”
Dei a ela um sorriso tranquilizador, embora pudesse sentir sua inquietação. “Não se preocupe, vai ficar tudo bem. Roy não ousaria tentar nada.”
Ela hesitou, lançando outro olhar para a mansão. “Tudo bem, então.”
“É arriscado demais para ele nos machucar abertamente”, expliquei. “Fazer isso atrairia a ira dos anciãos, e poderia realmente começar uma guerra.”
“Bem,” ela murmurou, a voz tensa, “não é isso que ele realmente quer?”
Não pude evitar uma risada. “Não se preocupe, querida. Eu vou te proteger.”
Descemos do carro e nos aproximamos da entrada. Os guardas, vestidos de ternos pretos e expressões severas, se separaram silenciosamente, abrindo caminho para entrarmos. Sua presença só reforçava a tensão, mas eu permaneci calmo. Roy sempre gostou de jogar jogos de poder, mas ele não seria tolo o suficiente para nos atacar agora — não enquanto ele ainda tinha uma máscara para usar.
Enquanto caminhávamos pelo corredor de entrada, o cheiro familiar de couro caro e colônia me atingiu.
“Dom, meu filho!” Uma voz retumbante ecoou pelos corredores de mármore, e logo em seguida, Roy surgiu de um dos cômodos com um sorriso largo e pouco convincente. “Estive morrendo de saudades de ver você.”
Balancei a cabeça, pouco impressionado com seu teatro. “Roy”, reconheci com um aceno de cabeça, mantendo Luna perto do meu lado.
Seu olhar se voltou para Luna, seu sorriso apenas alargando ao observá-la. “E Luna, minha querida. Que surpresa agradável. A que devo a honra?”
Luna se retesou ao meu lado, mas eu apertei levemente a mão dela.
“Precisamos conversar,” disse com firmeza. “E você sabe exatamente sobre o quê.”
Ele deu uma risada, seus olhos se estreitando levemente como se pesasse suas opções. “Claro, claro. Mas entrem, sentem. Vamos tomar uma bebida primeiro — sem pressa para entrar em assuntos tão pesados.”
“Chega de gentilezas, Roy,” eu retruquei. “Não viemos aqui para jogos.”
Por um breve momento, o sorriso vacilou, e um lampejo de irritação cruzou seu rosto. Mas Roy era um mestre em esconder suas emoções, e logo o sorriso voltou.
“Então direto ao ponto,” ele disse, nos convidando a segui-lo para uma sala de estar suntuosa. “Eu sempre admirei isso em você, Dom. Sem enrolações.”
Conforme caminhávamos mais profundamente pela mansão, pude sentir a tensão de Luna aumentar. Ela manteve-se em silêncio mas alerta, seus olhos varrendo a sala em busca de sinais de perigo.
“Então vamos ouvir,” Roy disse enquanto se sentava, cruzando uma perna sobre a outra. Seu sorriso nunca vacilava, mas eu conhecia o homem muito bem para confiar nele. Ele estava sempre jogando um jogo longo. “O que você tem para mim, filho?”
“Pode parar de me chamar de ‘filho’?”
Roy franziu a testa, seu rosto formando rugas de confusão. “O que você quer dizer? Sou seu pai.”
Apertei os maxilares, recusando-me a deixá-lo me afetar. “Não, você não é.”
O ambiente pareceu mais frio enquanto sua expressão passava de confusão para algo mais sombrio, seu sorriso sumindo completamente. “Escute, Dominick, eu sei que você ainda está bravo pelo que eu… fiz com a Elle, e por algumas outras coisas.” Ele esfregou as têmporas como se estivesse lidando com uma dor de cabeça. “Mas eu ainda sou seu pai. Você não pode me deserdar só por alguns erros.”
Uma risada amarga escapou dos meus lábios, mais cortante do que qualquer coisa que eu poderia ter dito em palavras. “Não, Roy. Você não é meu pai. E eu nem mesmo preciso te deserdar, porque você nunca foi meu pai.”
Seus olhos se estreitaram, suspeita e inquietação faiscando em seu olhar. “O que diabos você está falando?”
“Você pode parar de fingir, Roy. Eu sei que você não é meu verdadeiro pai.”
Ele pulou da cadeira como se o chão embaixo dele tivesse virado fogo. “Como?” Ele rosnou. “Como diabos você descobriu?”