A Noiva Substituta da Máfia - Capítulo 59
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59: Ponto de Ruptura. 59: Ponto de Ruptura. Ponto de Vista da Luna
Levantei-me abruptamente da cama assim que Joel entrou tempestivamente, ofegante.
“Vamos, temos que sair daqui imediatamente,” ele disse com urgência.
“Sério?” Meu rosto se iluminou de esperança. “Mas como…”
“Não temos tempo a perder,” disse ele, agarrando minha mão. “Temos que sair antes que o Marcelo chegue.”
Assenti e o segui para fora, o coração batendo forte no peito. Eu esperava que conseguíssemos sair em segurança. Eu estava morrendo de saudades do Dominick. Ele estava me fazendo muita falta.
Apressamo-nos pelos corredores, dando saltos largos. Joel segurava minha mão firmemente, puxando-me enquanto navegávamos pelos passagens escuras.
“Quão longe temos que ir?” perguntei, tentando manter minha voz firme.
“Nada longe,” respondeu Joel, escaneando os arredores. “Há um carro esperando por nós lá fora.”
Chegamos à saída e saímos para o ar fresco da noite. O som de passos ao longe enviou um arrepio pela minha espinha. Os homens do Marcelo estavam por perto.
“Lá!” Joel apontou para um carro preto estacionado nas proximidades. “Entre!”
Corremos para o carro, e ele abriu a porta para mim. Deslizei para o banco do passageiro, o coração ainda acelerado. Joel pulou para o assento do motorista e deu a partida no carro.
Enquanto nos afastávamos da casa segura, não pude deixar de olhar para trás, meio à espera de ver os homens do Marcelo emergindo das sombras. Mas a estrada atrás de nós permanecia deserta, pelo menos por enquanto.
“Logo estaremos seguros,” Joel me tranquilizou, com os olhos fixos na estrada. “Aguenta firme.”
“Eu espero que sim,” murmurei, agarrando-me ao assento. “Não vejo a hora de ver o Dominick.”
“Vamos te levar até ele,” prometeu Joel. “Mas temos que ser inteligentes quanto a isso. O Marcelo não vai desistir fácil.”
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Ponto de Vista de Dominick
Chegamos ao endereço, um grande armazém, bastante escondido da vista — perfeito para um sequestro, obviamente.
Quando descemos do carro, um homem emergiu da entrada, postura rígida. “Don Phoenix”, ele cumprimentou com uma leve reverência. “Seja bem-vindo. Por favor, siga-me; nosso chefe está esperando por você.”
Olhei para os meus homens, dando-lhes um sinal com os olhos para ficarem alerta. Eles assentiram discretamente, entendendo o comando não dito. Estávamos entrando em território inimigo, e qualquer descuido poderia ser fatal.
“Vamos,” disse eu, indicando para meus homens seguirem o homem.
Lá dentro, o armazém era escuro, com caixotes e equipamentos espalhados. O som dos nossos passos ecoava no silêncio enquanto andávamos pelo espaço. Nosso guia nos levou por um corredor estreito e para uma grande área aberta. No centro da sala estava Marcelo, cercado por seus homens. Ele olhou para cima quando nos aproximamos, um sorriso malicioso nos lábios.
“Don Phoenix,” Marcelo cumprimentou, abrindo os braços. “Que bom que você pôde se juntar a nós.”
“Corta essa, Marcelo,” disse eu asperamente. “Onde ela está?”
O sorriso de Marcelo se alargou. “Direto ao ponto, como sempre. Admiro isso em você.”
“Chega de cortesias,” eu estalei. “Onde está a Luna?”
Marcelo fez um gesto para uma cadeira no meio da sala. “Sente-se. Temos muito a discutir.”
Hesitei, depois acenei para os meus homens permanecerem atentos. Caminhei até a cadeira e sentei, sem tirar os olhos de Marcelo. Ele se encostou em um caixote, cruzando os braços.
“Você sabe por que está aqui,” ele começou. “O dispositivo. Entregue-o, e podemos evitar desagrados.”
Lancei um olhar para um dos homens dele, que estava logo atrás de mim, pronto para o que viesse. “E se eu recusar?”
A expressão de Marcelo endureceu. “Aí as coisas ficam feias. Para você e para a Luna.”
Meu maxilar se apertou. “Você está cometendo um grande erro, Marcelo.”
“Não, Dominick. O erro foi seu, pensar que você poderia ficar com o dispositivo e sair ileso.”
Inspirei profundamente, tentando manter a calma. “Você me subestima.”
Marcelo riu. “Eu nunca subestimo meus inimigos. É por isso que ainda estou de pé.”
“Então, onde ela está?” perguntei impacientemente. “Onde está a Luna?”
“Paciência, Dominick.”
“Chega!” Bati as mãos na mesa, meus nós dos dedos embranquecendo com a força. “Onde diabos está a Luna? Eu quero vê-la.”
“Certo, certo,” disse Marcelo, levantando as mãos em um gesto apaziguador. “Vou trazê-la agora. Tudo o que você precisa fazer é me dizer onde está o dispositivo.”
Encarei-o, com a raiva mal contida. “Você acha que pode brincar comigo? Mostre-me a Luna primeiro.”
Marcelo sorriu, um brilho predatório nos olhos. “A confiança é uma via de mão dupla, Dominick. Você me dá algo, eu te dou algo.”
Respirei fundo, tentando acalmar os nervos. “Certo,” eu disse de dentes cerrados. “Mas se eu não vê-la, você não recebe nada.”
Marcelo assentiu, aparentemente satisfeito com minha resposta. Ele fez um sinal para um dos seus homens, que desapareceu em uma sala ao lado.
De repente, uma agitação começou lá fora, seguida pelo som agudo de tiros reverberando pelo ar.
Alarmado, levantei-me. “O que está acontecendo?” perguntei a Marcelo, que parecia tão confuso quanto eu.
Um dos homens dele entrou correndo, ofegante. “O ex-Don da Máfia da Dinastia Phoenix está aqui, e ele está procurando pelo Don Phoenix.”
“Meu pai está aqui?” perguntei, erguendo uma sobrancelha.
Marcelo cerrava os dentes com raiva. “O que está acontecendo aqui, Dominick? Isso não estava no nosso acordo.”
Suspirei, balançando a cabeça. “Isso também não fazia parte dos meus planos.”
Foi então que meu pai entrou, cercado por seus próprios homens. “Olá, olá,” sua voz alta ressoou no frio. “Espero não estar atrasado, hein?”
“Que diabos você está fazendo aqui, Pai?” eu exigi saber.
“O que você acha?” ele deu de ombros despretensiosamente. “Estou aqui para te impedir de fazer a coisa mais estúpida de todas.”
Os olhos de Marcelo faiscaram com uma mistura de raiva e frustração. “Dominick, você o trouxe aqui?”
“Não,” eu respondi firmemente. “Não fazia ideia de que ele viria.”
Meu pai aproximou-se, com um olhar duro e determinado. “Dominick, esta não é a maneira de lidar com as coisas. Você sabe disso.”
“Estou tentando proteger a Luna,” rebati. “Essa é a única maneira.”
“E você acha que entregar o maldito dispositivo ao Marcelo é a resposta?” ele desafiou.
Marcelo interrompeu, perdendo a paciência. “Chega desse drama familiar. O dispositivo agora é meu.”
Os olhos do meu pai tornaram-se frios. “Você não vai pegar esse dispositivo, Marcelo.”
Os homens do Marcelo se prepararam para sacar suas armas, mas os homens do meu pai foram mais rápidos, apontando suas armas em resposta. A tensão na sala se elevou a um ponto crítico.
“Todo mundo, abaixe as malditas armas!” eu gritei, colocando-me entre os dois grupos. “Não precisamos de mais derramamento de sangue.”
Marcelo zombou. “Esta é sua última chance, Dominick. Entregue o dispositivo.”
Meu pai colocou uma mão firme no meu ombro. “Dominick, me escute. Marcelo está te usando. Esse dispositivo possui mais poder do que você imagina. Se ele cair nas mãos dele, causará caos.”