A Noiva Substituta da Máfia - Capítulo 52
- Home
- A Noiva Substituta da Máfia
- Capítulo 52 - 52 Allighton. 52 Allighton. Ponto de Vista da Luna
52: Allighton. 52: Allighton. Ponto de Vista da Luna
Eu vinha tentando me manter calma aqui dentro, mas estava rapidamente perdendo a cabeça. Deve haver alguma maneira de sair daqui de alguma forma. Tem que haver. A porta de repente se abriu, fazendo meu coração quase voar para fora do peito. Suspirei de alívio quando vi que era apenas o Joel.
Depois do que aconteceu há alguns dias com o Marcelo, eu ficava paranoica toda vez que o via. Embora ele não tivesse me tocado ou qualquer coisa assim, eu não conseguia tirar o medo de que ele pudesse mudar de ideia e tentar se forçar sobre mim.
“Você não parece muito bem”, Joel sorriu ironicamente, jogando-se preguiçosamente no sofá. Ele era tão idiota na maior parte do tempo, talvez—só talvez—eu pudesse tentar manipulá-lo.
“Estou tão cansada, Joel”, gritei, agitando dramaticamente as mãos no ar. “Estou cansada de ficar aqui e ver estas paredes, dia após dia.”
“Mas você não tem escolha. São ordens do chefe”, ele apontou, rindo.
“Eu sei, mas eu só preciso de um pouco de ar fresco, Joel.” Caminhei até ele e sentei ao seu lado. “Me ajuda, por favor. Só me deixa sair lá fora uma vez.”
“Não sei se é uma boa ideia”, ele disse, limpando a garganta com desconforto. “O chefe não vai gostar.”
“Por favor, Joel, por favor. Eu sei que você se preocupa comigo”, fiz meu melhor olhar de cachorrinho pidão.
“Tudo bem”, ele sussurrou. “Mas você tem que esperar aqui enquanto eu vou verificar se o caminho está livre.”
Assenti ansiosamente. “Não tenha pressa.”
Joel se levantou e saiu do quarto, deixando a porta entreaberta. Meu coração disparou com uma mistura de esperança e medo. Essa era a minha chance. Se eu conseguisse apenas sair, talvez pudesse encontrar uma maneira de escapar.
Caminhei de um lado para o outro no quarto, torcendo as mãos. Segundos pareciam horas enquanto eu esperava o Joel voltar. Quando ele finalmente retornou, sua expressão era cautelosa, mas esperançosa.
“Vamos”, disse ele baixinho. “Mas temos que ser rápidos.”
Segui-o para fora do quarto, com o pulso acelerando. Joel me guiou por um corredor estreito e por uma porta lateral para o ar livre. A brisa fresca bateu em meu rosto, e eu senti um sentido momentâneo de liberdade.
“Fique perto”, Joel avisou, olhando ao redor nervosamente. “Não temos muito tempo.”
Caminhamos um pequeno trecho até uma área jardinada. Não era muito, mas era do lado de fora. Respirei fundo, saboreando o ar fresco. Pela primeira vez em dias, senti-me viva.
“Obrigada, Joel”, disse sinceramente. “Eu realmente precisava disso.”
“Não tem de quê”, ele respondeu, ainda olhando ao redor ansiosamente. “Só não me arranje problemas.”
“Eu não vou arranjar”, prometi, embora minha mente já estivesse tramando ideias. Se eu conseguisse apenas me afastar do Joel, talvez pudesse escapar de vez.
“Tudo bem, precisamos voltar”, Joel disse depois de alguns minutos. “O chefe vai notar se você ficar fora por muito tempo.”
Relutantemente, o segui de volta para dentro. Enquanto caminhávamos, eu observava cautelosamente a área, tentando notar quaisquer características distintas. Eu vi uma escrita na parede: “Distribuição de Água Chester, Allighton, Nova York.” Esse prédio ficava em Allighton, mas eu precisava do endereço exato.
Joel me guiou de volta para o interior, e eu me forcei a permanecer calma. Cada detalhe importava, e quanto mais eu observava, melhores eram minhas chances de escapar. As palavras “Distribuição de Água Chester” ecoavam em minha mente. Isso parecia ser uma pista potencial que poderia me ajudar.
De volta no quarto, sentei-me na cama, repassando tudo na minha mente. Eu tinha uma localização—Allighton, Nova York. Mas como eu poderia obter informações mais precisas? Eu precisava encontrar uma maneira de comunicar isso ao Dominick.
A porta se fechou atrás do Joel, deixando-me sozinha novamente. Olhei ao redor do quarto, procurando por algo que pudesse ser útil. As paredes estavam nuas e a mobília era escassa. Eu tinha que pensar de forma criativa.
Aproximei-me da pequena mesa no canto e abri a gaveta. Dentro, encontrei alguns pedaços de papel e um lápis. Perfeito. Eu rapidamente rabisquei “Distribuição de Água Chester, Allighton, Nova York” em um dos pedaços. Não queria esquecer.
Sentei-me de volta na cama, ouvindo o som de passos se aproximando. Escondi rapidamente o bilhete no bolso justo quando a porta se abriu. Era o Joel de novo, parecendo mais nervoso do que antes.
“Você está bem?” ele perguntou, com os olhos percorrendo o quarto.
“Sim”, respondi, tentando parecer despretensiosa. “Só pensando.”
“Bom. Só lembre-se, não faça nada estúpido”, ele advertiu antes de fechar a porta atrás dele.
Quando ele se foi, soltei um suspiro aliviado e levantei-me. Meus olhos continuaram a vasculhar o quarto em busca de algo útil. De repente, eu vi o celular do Joel no sofá. Ele havia esquecido lá. Peguei apressadamente o celular e estava prestes a ligar para o Dominick quando ouvi passos se aproximando novamente. O pânico me invadiu enquanto eu rapidamente desliguei o celular e o coloquei debaixo da cama.
A porta se abriu e o Marcelo entrou, com os olhos se estreitando enquanto olhava ao redor do quarto com suspeita. “O que está acontecendo?” ele perguntou, sua voz impregnada de suspeita. “Por que você está no chão? Está escondendo algo?”
Engoli em seco, tentando manter minha voz firme. “Eu… deixei cair meu brinco”, menti, segurando um pequeno brinco que eu tinha rapidamente removido.
Os olhos do Marcelo se estreitaram ainda mais, mas ele não se moveu. “Levante-se”, ele ordenou.
Levantei lentamente, limpei minha roupa e tentei parecer despreocupada. “Viu? Só um brinco”, disse, forçando um sorriso.
Ele se aproximou, seu olhar nunca deixando o meu rosto. “Você está agindo de maneira estranha”, ele disse. “Se eu descobrir que você está mentindo…”
“Eu não estou mentindo”, interrompi, esperando soar convincente. “Só estou cansada de ficar trancada aqui.”
Marcelo me estudou por um longo momento e então finalmente recuou. “Tudo bem”, ele disse antes de se virar para o Joel, que acabara de entrar, “Eu quero que você procure debaixo da cama e me diga se vê algo lá.”
Estou ferrada.