A Noiva Substituta da Máfia - Capítulo 50
- Home
- A Noiva Substituta da Máfia
- Capítulo 50 - 50 Presa Com Uma Fera. 50 Presa Com Uma Fera. Ponto de Vista
50: Presa Com Uma Fera. 50: Presa Com Uma Fera. Ponto de Vista da Luna
“Vamos lá, coma sua comida,” Joel disse pela centésima vez.
“Não estou com fome, tá bom? Só me deixe em paz.”
Joel era um dos homens do Marcelo, designado para me vigiar o tempo todo.
“Onde está o seu chefe? Traga-o aqui. Eu quero falar com ele, por favor.” Eu implorei a ele.
“Por quê? Você quer transar com ele?” Ele sorriu, colocando as pernas na mesa à sua frente.
Senti meu estômago revirar de nojo. “O que você acha que eu sou? Estou cansada de ficar aqui. Vocês já perceberam que eu não sou a Sol. O que ainda querem de mim?”
“Ei, eu não sou o Don Marcelo, então eu não sei, tá?” ele deu de ombros, tirando um cigarro do bolso.
Suspirei, olhando para a bandeja de comida na cama. A comida não parecia ruim, mas eu simplesmente me sentia como se quisesse passar fome hoje. Não estava com vontade de nada. Eu só queria ver o Dominick.
“Você deveria realmente comer,” Joel disse, acendendo seu cigarro. “Marcelo não vai ficar feliz se você ficar doente.”
“Não me importo,” murmurei. “Eu só quero sair daqui.”
Joel deu uma longa tragada no cigarro, soprando a fumaça no ar. “Você acha que é a única que quer que as coisas sejam diferentes? Todos nós estamos apenas fazendo nosso trabalho.”
“Seu trabalho é me manter trancada?” Eu estalei.
“Sim,” ele respondeu simplesmente. “E seu trabalho é ficar viva até Marcelo decidir o que fazer com você. Então coma sua comida.”
Virei as costas para ele, encarando a parede. Dominick, pensei, por favor me encontre. Por favor me tire daqui.
A porta de repente se abriu, e Marcelo e seus homens entraram. Joel rapidamente tirou as pernas da mesa e se levantou.
“Você voltou, chefe,” ele baixou a cabeça levemente, jogando o cigarro no chão e esmagando-o com o calcanhar.
Marcelo não respondeu. Em vez disso, ele olhou para mim, e depois moveu seu olhar para a bandeja de comida intocada. “Por que ela ainda não comeu?” ele perguntou a Joel sem desviar o olhar de mim.
“Eu tentei, chefe. Ela simplesmente recusa,” Joel respondeu, com um leve tremor na voz.
Marcelo deu passos lentos e deliberados em minha direção, seus olhos nunca deixando os meus. “Por que você não está comendo, Luna?” ele perguntou, sua voz calma mas com uma borda que enviou arrepios pela minha espinha.
“Não estou com fome,” respondi desafiadoramente, levantando meu queixo.
Ele se abaixou, pegando um pedaço de pão da bandeja e o estendendo para mim. “Coma.”
Balancei a cabeça, endurecendo minha resolução. “Não estou com fome.”
Marcelo suspirou, jogando o pão de volta na bandeja. “Você está tornando as coisas difíceis para si mesma, sabia disso?”
“Tudo que eu quero é ver o Dominick,” eu disse, minha voz trincando de desespero. “Vocês já perceberam que eu não sou a Sol. O que mais vocês precisam de mim?”
Marcelo me estudou por um momento, então se virou para Joel. “Nos deixe.”
Joel acenou rapidamente, correndo para fora do quarto com os homens do Marcelo.
Marcelo voltou seu foco para mim. “Você realmente se importa com ele, não é?”
Assenti, lágrimas se formando em meus olhos. “Sim, me importo. Por favor, me deixe ir. Eu não fiz nada para você.”
Ele se sentou na beira da cama, seu olhar suavizando um pouco. “Luna, você tem que entender algo. Isso é maior do que apenas você e o Dominick. Há coisas em jogo aqui que você nem pode começar a compreender.”
“Então me explique,” eu implorei. “Me ajude a entender por que estou sendo mantida aqui.”
Marcelo se inclinou para trás, uma expressão pensativa em seu rosto. “Talvez um dia, você entenda. Por enquanto, saiba apenas que sua segurança está em suas mãos. Coma, mantenha-se saudável, e talvez você consiga o que deseja.”
Encarei-o, meu coração batendo forte no peito. “E se eu não?”
Seus olhos escureceram. “Então você pode se encontrar em uma situação muito pior do que esta.”
Com isso, ele se levantou e caminhou até a porta, pausando antes de sair. “É melhor você terminar essa comida antes que eu volte em trinta minutos,” Marcelo ordenou antes da porta se fechar atrás dele, me deixando sozinha novamente.
Olhei para a bandeja de comida, meu estômago se contorcendo com fome e medo. Peguei o pedaço de pão que Marcelo tinha segurado para mim e dei uma pequena mordida. Eu tinha medo de irritá-lo. Quem sabe o que ele faria comigo se eu não comesse?
Consegui comer tudo antes de colocar a bandeja cuidadosamente na mesa. Meus olhos vasculharam o quarto pela milionésima vez, procurando uma maneira de escapar, mas era inútil. Que tipo de quarto não tem janela? Até o banheiro não tinha; era como uma prisão.
A porta se abriu novamente, e Marcelo entrou, olhando para a bandeja de comida vazia com aprovação. “Boa menina, eu amo quando as pessoas seguem instruções.”
Suspirei, cruzando os braços sobre o meu abdômen. “Agora que comi, o que vem a seguir?”
“Bem, eu tenho algumas notícias do seu marido….você é mesmo a esposa dele?” Ele ficou confuso por um segundo. “De qualquer forma, eu ouvi de Don Phoenix.”
“O… que… ele disse?” eu perguntei, sentindo meu coração acelerado pela ansiedade.
“O que você acha que ele disse?” Ele sorriu, dando alguns passos em minha direção. “Faça um palpite.”
“Eu não… sei,” eu gaguejei, me sentindo desconfortável com ele tão perto.
“Bem, ele disse que não dá a mínima para você.”
“O quê?” Franzi a testa para ele. “Dominick nunca diria isso.”
Ele começou a rir de mim. “Você me pegou, me pegou mesmo…ele não disse isso.”
“Ele está vindo… por mim, certo?”
“Ele viria, mas ele não sabe onde você está….” Ele fingiu fazer bico, usando seus dedos para acariciar minha bochecha suavemente.
Virei meu rosto com raiva. “Não me toque.”
“Ou o quê?” Ele desafiou, e honestamente, eu não tinha resposta para isso. “Foi o que pensei. De qualquer forma, Dominick acha que eu matei seus pais e te sequestrei. Ele está implorando pela sua libertação e até admitiu que você não é a Sol.”
“O que você disse a ele?” eu queria saber.
“Eu disse a ele que só vou te libertar se ele trouxer o dispositivo para mim…” ele sorriu. “E além disso, você não é tão ruim. Não me importo de te manter.”
Balancei a cabeça, horrorizada. “Eu não quero ficar aqui… eu não quero ficar aqui com você.” Eu dei um passo para trás, mas ele envolveu seus braços ao redor da minha cintura e me puxou para mais perto dele.
“Desculpe, mas eu não sinto o mesmo que você. Na verdade, eu quero você…” Seus olhos cheios de luxúria viajaram até meus lábios. “Eu quero experimentar esses lábios suculentos.”
“Me solte!” eu gritei, tentando empurrá-lo, mas seu aperto se apertou.
A expressão de Marcelo escureceu. “Não lute comigo, Luna. Só vai piorar as coisas para você.”
Eu lutei contra ele, desesperada para me libertar. “Dominick virá me buscar. Ele virá!”
Ele riu de maneira sombria. “Vamos ver se ele pode me impedir agora.”