A Noiva Predestinada do Dragão - Capítulo 394
- Home
- A Noiva Predestinada do Dragão
- Capítulo 394 - 394 TERCEIRO GRAU - PARTE 2 394 TERCEIRO GRAU - PARTE 2
394: TERCEIRO GRAU – PARTE 2 394: TERCEIRO GRAU – PARTE 2 .
Escolha da Música: Don’t Keep Driving; The Paper Kites
.
Andre pegou Mielle pelo braço e a levou pelos degraus até o primeiro andar. Eles saíram da fortaleza pela entrada do jardim.
Ele arrancou uma lanterna da parede no caminho para fora. Ele tinha algo importante que queria compartilhar com Mielle. Andre estava empolgado porque era uma visão tão rara e era com ela que ele conseguia viver isso.
Não acontecia com frequência, mas quando acontecia, era uma visão de tirar o fôlego. Os heléboros estavam florescendo na neve do inverno. Também chamados de rosa de Natal. Ele nunca tinha visto tantos abertos em um lugar só de uma vez.
Os tons rosados das flores contra o pano de fundo branco imaculado da neve eram de tirar o fôlego, e lembravam Andre de como as bochechas de Mielle ficavam coradas quando ele a beijou naquela noite.
Enquanto caminhavam pelo jardim, ele viu ela inclinar a cabeça para olhá-lo. Andre perguntava-se como ele era tão abençoado por ter esse anjo inocente em sua vida.
Seus olhos azuis claros o deixavam sem fôlego. Cada vez que ele encontrava aquele olhar, Andre sentia como se estivesse se afogando em um mar azul.
“Linda,” ele sussurrou enquanto os olhos dela permaneciam trancados nos dele. Um leve rubor rosa tingiu suas bochechas, e seu olhar desviou. Ele notou que ela tinha um lado dolorosamente tímido, tornando impossível para ela aceitar um elogio sobre sua beleza.
Ele passou o braço ao redor de Mielle enquanto caminhavam em silêncio para mais fundo no jardim morto, coberto de geada e neve levada pelo vento.
Andre levantou a lanterna acima deles, e as primeiras flores de heléboros apareceram na neve. Ele ouviu Mielle dar um grito abafado quando ela também os notou.
“Flores!” ela exclamou em alegria. “Andre, são lindas…”
“Não tão lindas quanto você.” ela o ouviu sussurrar ao lado de sua orelha enquanto ela admirava os heléboros.
O hálito fresco dele, a proximidade do seu corpo quente com o dela, e o cheiro masculino que era só dele…
Isso estava confundindo a mente dela de modo que ela não conseguia pensar em nada além do beijo que ele havia dado em seus lábios naquela noite.
Eles já haviam se beijado antes, mas esse foi diferente. Foi o beijo mais apaixonado que ela já teve com ele. Na maioria das vezes, eles ficavam nervosos demais um com o outro para aproveitarem completamente.
O olhar de Andre permaneceu fixo em Mielle enquanto ele observava seus dedos delicados acariciando seus lábios macios e flexíveis. O som da respiração deles preencheu a madrugada, misturando-se ao som fraco do vento de inverno e da neve caindo.
Um arrepio de antecipação percorreu seu corpo, sabendo que as ações dela refletiam seus próprios pensamentos sobre o ardente beijo de mais cedo. Ele desejava beijá-la novamente naquele momento.
Mas isso teria que esperar. Ela já estava caminhando pela neve, colhendo um punhado das vibrantes flores granada e brancas.
Ele sorriu enquanto ela o olhava de volta com um sorriso maroto. Andre não queria nada mais do que envolvê-la em seus braços, fugir com ela para um lugar secreto e fazer coisas que só havia vislumbrado em seus sonhos.
Ele engoliu em seco quando percebeu que suas calças estavam apertadas novamente com desejo.
O uivo alto e triste de um lobo ao longe quebrou o transe de Andre. Mielle correu assustada do canteiro de heléboros de volta para o lado dele em busca de proteção.
Os olhos dela se arregalaram, como pratos, enquanto ela perguntava com uma voz trêmula de medo, “O que foi isso?” Um segundo uivo reverberou pela floresta, quebrando a tranquilidade que estavam desfrutando.
O coração de Mielle batia em seu peito. Cada batida enviava sangue correndo para seus ouvidos, e um calafrio percorria sua espinha, fazendo-a tremer incontrolavelmente.
Ele disse, “São lobos. Acho que devemos ir embora.”
A cabeça de Mielle balançou em concordância. Ela concordou com a ideia dele. “Não vou discutir com isso.”
Ela agarrou a mão de Andre com uma força de ferro. “Estou pronta para ir.”
Ele apenas deu um aceno, e eles deixaram o jardim da mesma maneira que entraram. Seu cavalo estava esperando por eles nos portões da fortaleza.
Ele levantou Mielle pela sua cintura diminuta para sentar no cavalo imponente. Então Andre seguiu, colocando seu pé direito no estribo e balançando a perna esquerda sobre o lado da sela para tomar seu lugar atrás dela.
Mielle encostou suas costas na frente de Andre e relaxou em seu calor. Ela sentiu as coxas poderosas de Andre se estenderem e flexionarem atrás dela enquanto ele cutucava os flancos do cavalo, sinalizando para ele se mover.
A voz dele ecoou sobre sua cabeça. “Vamos, Josephus!”
Mielle sentiu algo quente e formigante no fundo de seu estômago. Ela amava o modo como o corpo dele se movia atrás dela. Ela queria ficar em sua sombra e sentir seu abraço poderoso, seu toque mantendo-a segura e seu coração conectado com o dele.
O caminho de volta para seu chalé nas matas foi um silêncio e pareceu passar muito rápido.
Ele envolveu seus braços ao redor dela e a tirou do cavalo sem esforço, descendo juntos. Ela correu para a porta da acolhedora casinha nas matas escondidas.
O calor do interior a envolveu quando ela empurrou a porta. Um fogo já estava ardendo na lareira. Ela se apressou para encontrar um vaso para suas flores na cozinha.
Mielle ouviu o balde de água tilintar e Andre tirando água do poço. Ele estava um passo à frente dela, sabendo que ela precisaria de água para o vaso.
“Ele é sempre tão atencioso,” Mielle pensou, enquanto olhava para o buquê de flores no balcão da cozinha.
Vento e neve invadiram a casinha quando Andre entrou com o balde de água. Ele colocou no balcão. Sacudindo seu corpo para livrar-se do pesado casaco de couro e das luvas que usava, colocando-as ordenadamente perto do fogo para secar.
Ele afastou sua franja espessa do rosto e lançou um olhar para ver Mielle felizmente arranjando o buquê de heléboros em uma jarra que encontrou na prateleira. Não havia vaso, e ele sabia que teria que servir.
Enquanto ela colocava a última flor no recipiente, Andre caminhou até a cozinha e ficou atrás dela.
Ele se inclinou ao lado de seu rosto e respirou em seu ouvido, “Deixe-me ajudar você a colocar a água. O balde está pesado.”
Mielle segurou a jarra e empurrou as flores para o lado. Enquanto Andre cuidadosamente esvaziava a água do pesado balde no vaso, tomando cuidado para não derramar nenhuma água fria em suas mãos.
Quando ele terminou, ele colocou sua mão sobre a dela, olhando para o lindo buquê que ela havia arranjado. Mas não era o buquê que estava em sua mente. Era Mielle, e o pensamento de seus lábios nos dele, suas mãos deslizando sobre seu peito enquanto o beijo se aprofundava.
“Deus, você vai ser minha perdição,” ele gemeu, fechando os olhos e beijando o topo de sua cabeça, inalando o cheiro fresco do shampoo de seu cabelo.
Mielle virou seu corpo em seu abraço, suas costas para o balcão da cozinha. Ela olhou para cima e colocou sua mão em sua bochecha áspera.
O ambiente estava silencioso, exceto pela respiração deles e pelas palavras que saíram de seus lábios.
“Então, o que você está esperando?” ela perguntou.
Andre alcançou atrás de sua cabeça e tirou os grampos de seu cabelo loiro dourado que o mantinha preso em um coque arrumado. Seu fôlego falhou um pouco enquanto ele observava os fios sedosos caírem e se derramarem pelas suas costas até os quadris.
Ele amava o comprimento do cabelo loiro claro dela e como ele se sentia naquela noite quando trançava seus dedos através dele para controlar o beijo deles. Ele ansiava por fazer isso novamente.
“Bem? Você vai beijá-la já ou vai ficar parado a noite toda fazendo olhos pra ela?” Perguntou Tobias.
Ele estava sentado no primeiro degrau para o sótão, observando-os. Era lá que ele dormiria pelos próximos dias enquanto tirava sua merecida folga das cocheiras após sua vitória na competição de espadas.
Mielle lançou um olhar furioso para seu irmão mais novo por cima do ombro musculoso de Andre. Andre sentiu seu rosto quente e queimando como fogo por ter sido pego por Tobias prestes a beijar sua irmã.
Mielle pegou uma esponja fria e molhada do balde de lavar e arremessou na cabeça de Tobias.
“Você deveria se meter menos!!” ela gritou para seu irmãozinho, que riu quando se abaixou. A esponja se esmagou na parede atrás dele, errando-o por um quilômetro.
“Sua pontaria ainda é horrível, Mielle,” ele provocou. “Você não acertaria o lado de um estábulo a dois metros de você.”
Andre virou sua cabeça bruscamente e rosnou para Tobias. “Tem um monte de feno no estábulo com seu nome nele se você não fechar essa boca. É lá que você vai dormir. Agora some!!”
Num piscar de olhos, Tobias desapareceu no sótão sem mais um pio.
Mielle bufou, irritada. “Eu juro, esse garoto é um problema!”
Ele não poderia concordar mais com a opinião de Mielle sobre seu irmãozinho.
Andre soltou um suspiro exasperado; “Você não faz ideia…”