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A Noiva Predestinada do Dragão - Capítulo 392

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392: INFILTRADOR – PARTE 2 392: INFILTRADOR – PARTE 2 Andre não ficou para ver mais e começou a se retirar das masmorras logo atrás do Duque.

Eles precisavam sair antes de serem pegos. Ambos queriam seguir o homem para ver o que mais ele faria.

Mais importante, estavam curiosos sobre a carta que Sasha tinha deslizado para ele pelas grades da sua cela.

Andre passou pelas salas destinadas à tortura e outra destinada a interrogatórios enquanto fazia seu caminho para fora da masmorra. O ar ficava frio e mais puro a cada passo que davam em direção à saída.

Ele conseguia respirar mais facilmente e não sentia como se fosse esvaziar seu estômago nas botas.

Ambos emergiram do ventre da masmorra e correram para se esconder. Andre se enfiou em um canto escuro e inconspícuo.

O homem estranho teria que contornar a entrada da masmorra para vê-lo ali parado.

Isso mantinha Andre escondido, mas ainda assim lhe dava uma visão completa da parte traseira da fortaleza e das masmorras, permitindo que ele rastreasse o estranho à espreita.

Ao levantar os olhos, sua visão se adaptou ao escuro e ele viu o Duque, seu comandante, escondido atrás de um nicho perto de uma das torres dos arqueiros.

Seus olhares se encontraram, e Andre pôde ver o brilho assassino nos olhos carmesins do Duque. Ele tinha um sorriso dentuço nos lábios e sua expressão era a de um predador, pronto para atacar sua presa e dilacerá-la.

Era um olhar enlouquecido que ele havia visto seu comandante adotar muitas vezes no campo de batalha, um olhar sanguinário e cruel que gelava o sangue de Andre sempre que o testemunhava.

Isso significava que o Duque estava prestes a derramar o primeiro sangue.

Andre viu as mãos do Duque sob a fraca luz filtrada do luar com seu sinal silencioso, dizendo-lhe para não capturar o homem estranho.

Andre deu um aceno silencioso a Sterling, deixando-o saber que entendia a ordem. Ele recuou para as sombras escuras de seu esconderijo, observando e esperando pelo que viria a seguir.

Ele notou o Duque se pressionar contra a parede e desaparecer misteriosamente, camuflando-se como se fosse parte das paredes de pedra da fortaleza.

O som de passos firmes foi ouvido subindo as escadas. Andre prendeu a respiração enquanto o homem aparecia da entrada escura da masmorra, inspirando um suspiro profundo, sem dúvida tentando limpar seus pulmões do cheiro ácido e sujo da prisão.

Andre o observava e pensava por dentro. “Melhor se acostumar com o cheiro, idiota. Você vai passar muitos dias longos neste lugar até que seu destino seja decidido.”

O homem observou ao redor e então rapidamente desviou para a entrada da cozinha. Andre viu a nota que Sasha havia passado ainda apertada em sua mão.

Assim que Andre viu o Duque sair de seu esconderijo e sinalizar para seguir, Andre deixou a segurança de seu próprio esconderijo.

Seu coração acelerou, e seu corpo estava mais sintonizado com o ambiente. Andre adorava a perseguição silenciosa.

Eles se revezavam convergindo sobre o homem enquanto o seguiam pela fortaleza. Quanto mais seguiam o estranho, mais Andre percebia que estavam indo para o aviário, onde os corvos eram mantidos para enviar mensagens a longas distâncias.

Ele e o Duque observaram o homem entrar no pequeno espaço que abrigava as aves mensageiras treinadas. Eles tinham que se mover rapidamente e prendê-lo antes que ele pudesse enviar o pássaro ou destruir a nota.

Eles estavam ambos em lados opostos da entrada escura para o aviário. Andre não conseguia ver o homem da sua posição, mas viu pelo olhar furtivo do Duque que ele conseguia.

A adaga de Sterling estava agora em suas mãos e seus olhos cortaram para o lado por um segundo, dando um único aceno, dizendo a Andre para se mover e ajudar a derrubar o homem com a mensagem de Sasha.

As costas do homem estavam viradas para a janela. Uma brisa fria soprou através dela, bagunçando o cabelo castanho-avermelhado do homem. Ele estava distraído e ocupado mexendo na corda para amarrar a mensagem misteriosa na perna do corvo para notar o Duque e Andre se aproximando por trás dele.

Foi apenas quando ele sentiu a lâmina de aço frio da adaga de Sterling em um ponto vital em seu pescoço que ele percebeu que estava encrencado.

Andre podia ver o pulso do estranho pulsando freneticamente em seu pescoço onde a ponta da adaga afiada do Duque estava cravada na carne. Andre sabia que se Sterling aplicasse mais pressão naquele ponto, o jogo terminaria antes mesmo de começar, e o sangue jorraria de seu pescoço, e ele morreria em minutos.

Levando consigo seus segredos tão necessários.

“Quem é você?” Sterling perguntou sem hesitação. Sua voz estava surpreendentemente calma e uniforme quando Andre ouviu a pergunta sair de seus lábios.

Os olhos de Sterling ardiam com uma fúria tão intensa que Andre sentiu seu próprio corpo arrepiar.

O homem engoliu, e seu pomo de adão nervosamente balançou. Seus olhos se arregalaram mais enquanto ele sentia a pressão da adaga de Sterling aumentar.

Dessa vez, ela rompeu a pele macia em sua artéria. Andre viu uma única gota de sangue quente escorrer pelo seu pescoço, manchando de vermelho a camisa que cobria seu peito.

Uma emoção encheu Andre, e ele se aproximou mais, seu hálito quente embaçando no ar noturno. Ele sussurrou em advertência.

“Eu responderia rapidamente ao homem se fosse você, e seja verdadeiro ou o Duque tornará seus últimos dias nesta terra um inferno.”

Ele não podia fazer nada além de acenar levemente com a adaga em seu pescoço. Andre podia ver que ele estava paralisado de medo.

“Eu… Eu sou o assistente diurno do cozinheiro na cozinha. Meu nome é Kellem Baker.”

“Bem, Kellem, por que você está fora de seus aposentos após o toque de recolher?” O Duque perguntou enquanto arrancava o pequeno pedaço de papel das mãos trêmulas do homem.

“Eu, eu…” sua voz tremia, diminuindo. Kellem não completou sua frase enquanto observava Sterling desenrolar o pedaço de papel e ler o que estava escrito.

Andre viu o lábio do Duque tremer de raiva, e o arco dele levantou em um rosnado. “Você é o espião desgraçado! Ele empurrou o pedaço de pergaminho no rosto de Kellem em fúria.”

“Como você obteve isso?” O Duque gritou furioso. “Por que você está compartilhando essa informação com Sasha? E para quem você está enviando as mensagens?”

Kellem permaneceu silencioso, tremendo onde estava. O cheiro de medo emanava dele em ondas.

Sterling trouxe a adaga fina diante do rosto de Kellem, a lâmina prateada fina brilhando na fraca luz que vinha da janela, prometendo uma morte dolorosa.

“Diga-me o que você sabe, Kellem. Ou eu garantirei que você sofra a pior morte imaginável. Eu vou prolongar isso por dias se você testar minha paciência.” O Duque advertiu. Havia veneno em cada palavra que ele falava.

“Talvez eu vá esfolá-lo vivo ou melhor ainda—assá-lo lentamente em uma donzela de ferro.”

“A escolha será sua…”

Andre viu os olhos vermelhos de Sterling brilharem com o desejo de ver sangue, e ele sabia que o Duque estava falando sério sobre suas ameaças. Andre odiava tortura e esperava que o homem soubesse o quanto de perigo ele estava correndo. Ele desejava que ele se abrisse para não ter que ouvi-lo gritando por misericórdia.

“O primeiro príncipe herdeiro está recebendo as informações!!” o homem cuspiu enquanto continuava a olhar para a adaga do Duque que estava pronta para arrancar seu olho da cabeça se ele não respondesse rápido o suficiente.

Sterling deu um tapa forte nas costas da cabeça de Kellem. “Aí está a resposta que eu queria”, disse ele em um tom sereno.

“Parece que a ameaça de dor e morte soltou sua língua. Mas essa discussão está longe de acabar. Eu quero mais.”

O Duque perguntou, fazendo sua próxima pergunta a Kellem. “Por que Sasha está envolvida?”

Kellem respondeu com uma voz trêmula, “Se o príncipe herdeiro não ver a caligrafia dela no pergaminho, ele saberá que ela está morta e não poderá confiar nas informações sendo enviadas.”

“Hmm…” Sterling murmurou, acariciando seu queixo. “Ela é sua garantia e certeza de que as mensagens são genuínas.”

Kellem assentiu em reconhecimento, seus olhos nunca deixando a adaga que Sterling segurava em sua mão.

“S—sim”, ele gaguejou. “É exatamente isso, sua Graça.”

O Duque circulou ao redor de Kellem, e ele sentiu o medo se amarrar dentro de seu estômago.

“Como você obteve essa informação?” Sterling segurou a nota na frente do rosto de Kellem. Depois, passou o pedaço de pergaminho para Andre ler.

A respiração de Andre prendeu em sua garganta. “Caramba!!” Ele disse depois de decifrar o que estava rabiscado no papel. “Isso foi da nossa discussão na reunião privada na sala do conselho hoje.”

O Duque acenou para a observação de Andre. “É. Encontramos nossos espiões. Mas eu tenho muitas mais perguntas. Prepare a câmara de interrogatório.”

Ele acrescentou, “Também coloque Sasha sob constante vigilância. Você é o único autorizado a vê-la ou trazer-lhe comida. Faça com que ela seja despida e seu corpo e cela revistados também. Ela não tem mais direito a luxos ou privacidade. Independentemente de sua posição social.”

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