A Noiva Predestinada do Dragão - Capítulo 363
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363: UM TOM MAIS CLARO DE PÁLIDO – PARTE 1 363: UM TOM MAIS CLARO DE PÁLIDO – PARTE 1 “Não!” resmungou a velha bruxa irritada. “Puxar as pontas da flecha para trás, saindo do corpo, está causando dano e vazando mais veneno mortal em seu sangue.”
“Empurrar a ponta envenenada para frente resultará em menos dano. Uma vez que ela sair do corpo, eu lavarei a erva de lobo da ferida. Seu lobo cuidará do resto.”
“Mas devemos nos apressar,” explicou a bruxa. “Posso sentir que o espírito de seu lobo está desvanecendo e enfraquecendo.”
“Primeiro, temos que quebrar as penas da flecha,” instruiu a velha, olhando para Angus, já que ele era a pessoa mais forte na sala.
“Mostre-me onde,” ele resmungou impacientemente para a bruxa. Ela apontou seu dedo ossudo para a área na flecha que queria removida.
Angus a quebrou com facilidade, deixando apenas a madeira enquanto descartava as penas no chão.
Surpreendentemente, o movimento da flecha em seu peito não perturbou Carter ou o acordou de seu sono. Finola, a sereia, havia feito um trabalho superior ao colocá-lo em transe de dormir.
A bruxa moveu sua mão em círculo e instruiu os homens com sua voz rouca, “Virem-no de lado, segurem-no firme e não o deixem se mover.”
“Eu vou empurrar a flecha para dentro e terminaremos, exceto pela limpeza e tratamento da ferida.”
Entretanto, Carter não permaneceu quieto por muito tempo. A bruxa colocou suas mãos envelhecidas e murchas na ponta da flecha e usou seu peso corporal para empurrá-la pelo resto do caminho através do corpo tremendo de Carter.
Enquanto ela empurrava com toda sua força, Carter rosnou e ofegou. Ela o sentiu ranger os dentes para ela enquanto os homens lutavam para mantê-lo imóvel.
Eventualmente, ele soltou um uivo ensurdecedor à medida que a cabeça da flecha protraiu pelas costas de seu ombro. Quando a bruxa terminou, o resto da flecha saiu com facilidade.
Então ele relaxou, seu corpo ficou mole, e ele desabou.
O Beta estava prestes a colocar Carter para descansar pacificamente na cama quando ele começou a tossir.
George percebeu que Carter estava suando excessivamente, pálido, e havia sangue em seus lábios, escorrendo pelo queixo.
“Alpha, acho que há um problema.”
Ouvindo o que George havia dito, a bruxa segurou o queixo de Carter e aproximou seu rosto do dele, cheirando seu hálito com seu nariz torto. O cheiro era fétido com sangue, e ela podia sentir um forte odor de erva de lobo.
“Vai demorar mais para ele se curar do que eu esperava. Ele recebeu uma dose letal concentrada do veneno e a prata está dificultando sua cura. Ele está sangrando pelos pulmões.”
“Onde está sua companheira?” ela perguntou, levantando seu rosto enrugado para Angus. “Se ela estivesse aqui, seu amor e a presença de seu lobo poderiam acelerar sua cura.”
Angus suspirou e baixou a cabeça enquanto respondia às preocupações da bruxa.
“Ela foi separada do resto da matilha no caos com os cavaleiros. Carter intencionalmente pegou a flecha por ela para salvar a vida de sua companheira.”
Carter gemeu de dor e chamou por sua companheira.
“Dahlia…” ele respirou com uma voz rouca.
Quando ouviu a voz de Carter chamando por sua companheira, Angus percebeu que idiota arrogante ele tinha sido no rio.
Não havia como Dahlia, a companheira de Carter, traí-lo e dormir com outro homem, pelo menos não voluntariamente. O vínculo deles era o mais forte que ele já havia sentido.
Outro suspiro profundo escapou de seu nariz. Ele já havia colocado sua matilha em tanto perigo, e ele não queria pedir para eles novamente.
Angus não tinha alternativa. Ele devia isso a Carter e Dahlia pelo que tinha feito no rio. Ele encontraria a companheira de Carter por conta própria.
“George…?”
George respondeu, “Sim, Alpha?”
“Estou levando um buscador e o guerreiro mais forte. Temos que encontrar a garota. Você agora está encarregado da matilha.”
Ele deu um tapa confiante no ombro de seu beta. “Se algo acontecer, encontrem qualquer meio possível para deixar este lugar, mas não provoquem mais os cavaleiros. Tivemos sorte de escapar da morte por enquanto.”
George assentiu compreensivamente. “Cuidarei de tudo, Alpha. Pode ir sem se preocupar.”
“Que a Deusa Leto proteja você e nossos guerreiros em sua jornada.”
O Alpha devolveu seu aceno e sinalizou ao buscador e ao guerreiro para segui-lo enquanto saíam da cabana.
George caminhou até a janela da cabana e observou enquanto Alpha Angus e os guerreiros desapareciam na vastidão branca da floresta de Halan.
No fundo de seu coração, ele estava preocupado com o que estava por vir, mas manteve suas ansiedades enterradas, não querendo convidar pensamentos negativos ou qualquer problema desnecessário.
“DAHLIA!!”
Carter gritou o nome de sua companheira, fazendo todos na cabana pularem de seus assentos.
George fez contato visual com Finola e indicou Carter com seu queixo. Ele instruiu a jovem garota.
“Mantenha-o imóvel, para que ele não se machuque.”
Ela mais uma vez tomou seu lugar na cabeceira da cama. O colchão afundou enquanto ela descansava a cabeça de Carter em seu colo.
“Mmmm…” Carter gemeu como se o movimento doesse.
“Shhh…” ela disse, acalmando-o gentilmente. “Vou tirar sua dor. Me beije, Carter, e tudo irá passar.”
Os outros membros da matilha na cabana franziram a testa ao ouvir Finola pedindo para Carter beijá-la.
Ele estava ligado à sua companheira destinada e deveria estar resistindo ao seu pedido, mas ao invés disso, ele estava tão fraco que estava caindo em sua armadilha enquanto ela lançava deceptivamente o feitiço de sua sereia.
“George…! Pare isso…” disse sua companheira. Ela era a mulher que havia tentado remover a flecha antes de encontrarem a bruxa.
Ele virou a cabeça da janela e estreitou os olhos para Finola. “O que você está fazendo?” ele perguntou, sua voz carregada de ira.
Finola encarou de volta com ferocidade em seus olhos dourados. “O que você me pediu para fazer, e o que importa o que eu faço? Desde que ele esteja descansando confortavelmente.”
“Ele é casado e você poderia danificar o vínculo!” George rosnou, mostrando suas presas.
Finola sorriu para o beta. Ela sabia exatamente o que poderia acontecer porque já havia feito isso antes com George em um momento de fraqueza. Mas era seu segredo guardar. Então, ela não discutiu com ele.
“Estou apenas lançando um encantamento para mantê-lo quieto. Será nosso segredo. Ninguém precisa descobrir.”
George franziu a testa, entendendo seu significado. Ela poderia facilmente derramar os feijões sobre o que aconteceu entre eles, expondo seu próprio segredo.
Ele olhou nervosamente para os outros membros da matilha na sala e disse firmemente, “Não falem disso com ninguém! Incluindo o Alpha.”
Os outros permaneceram de boca fechada, sem sequer acenar com a cabeça para seu aviso.
“George!!”
“O que você está dizendo mesmo?” sua esposa rosnou, furiosa com o que ele estava permitindo que acontecesse.
O beta girou e lançou-se sobre sua esposa, prendendo-a com seu olhar furioso.
“Penny, não me teste,” ele disse. “Estou no comando e fazendo o que acredito ser o melhor.” Ele usou sua voz de beta para controlá-la e exigir seu respeito.
A garganta de Penny balançou dolorosamente enquanto ela engolia sua saliva seca, sabendo que havia irritado George e que ele tinha todo o direito de discipliná-la por sua desobediência e por ir contra sua palavra.
“…Mas,”
George se aproximou e segurou o rosto de sua companheira em sua mão, batendo sua cabeça contra a parede da cabana. “Nem—mais—uma—palavra,” ele enunciou irritado, “ou você pagará as consequências por isso.”
Finola sorriu feliz, assistindo ao acalorado debate entre os dois companheiros.
Penny baixou o olhar e apertou os lábios, sabendo que George não hesitaria em fazer o que disse.
Ele empurrou o rosto dela para longe dele, e sua companheira deslizou pela parede, derrotada, para se sentar no chão. Ela enterrou a cabeça em seu colo e fungou.
George não era mais o mesmo desde que foi ferido em batalha. Era como se algo dentro dele tivesse quebrado, e quando isso aconteceu, seu vínculo também. Nos anos que estiveram juntos, ele nunca a havia tratado tão duramente.
Enquanto todos assistiam incrédulos, eles ouviram mais uma vez a voz rouca de Carter chamando por sua companheira. Eles podiam dizer que ele estava ficando mais fraco, e isso os preocupava, pois significava que ele não estava se curando.
George lançou um olhar ardente para Finola. “O que você está esperando? Lance o encanto.”
Finola sorriu sedutoramente para George, “como você desejar, beta.”
Ele virou as costas para a garota, incapaz de suportar a visão dela segurando outro homem. Isso fazia seu sangue ferver, e ele não conseguia entender por quê. Ele só havia sentido isso com sua companheira, e agora essa garota o irritava.
Finola voltou sua atenção para Carter, que estava torcendo as mãos nos lençóis e franzindo a testa em dor intensa.
Ela se inclinou e beijou sua testa. Quem observasse poderia ver suas intenções para esse homem.