A Noiva Predestinada do Dragão - Capítulo 331

331: O PRESENTE – PARTE 2 331: O PRESENTE – PARTE 2 Os olhos de Faye se arregalaram, e ela se surpreendeu quando ele pediu sua opinião sobre o assunto. “Então, o que você acha? Devemos dar ao novo barão e sua noiva nossa sabedoria?”

Faye só conseguiu acenar em concordância. Sterling lhe deu um sorriso sarcástico com uma piscadela. Então, voltou sua atenção novamente para o novo barão e baronesa.

“Ser um líder, seja de militares ou cidadãos, é certamente um ato de equilíbrio fino, Alpha Carter, e levará tempo para aprender. Isso não virá de uma noite para o outra. Mas através de tentativa e erro.”

“Há apenas um punhado de coisas que você precisa saber para gerenciar suas terras.” Seus olhos percorreram os rostos de Carter e Dália enquanto explicava. “A primeira é governar com paciência e justiça e tratar aqueles ao seu redor com o respeito que merecem, mas seja firme em suas decisões e ações finais.”

“Além disso, nunca se torne ganancioso.” O Duque colocou o braço sobre os ombros de Faye e olhou para ela ao seu lado. Seu rosto tinha uma expressão grave.

“Eu conheço Faye. Minha esposa testemunhou em primeira mão como esse pecado pode derrubar uma pessoa no poder. No momento em que você ceder à ganância por dinheiro, ou cobiçar o que não é seu, certamente será sua ruína.”

“Ambos se lembrem, sempre que a tentação de ser ganancioso cruzar suas mentes, pensem no barão anterior e como isso o destruiu e a toda a sua família.”

“Tenho certeza de que será motivação suficiente para mantê-los no caminho reto e estreito.”

“Por último… não importa a pessoa ou sua posição na vida, trate-a com gentileza e respeito. Você descobrirá que um pouco de compaixão irá longe a seu favor, e as pessoas estarão mais dispostas a segui-lo como líder.”

“Essas são as únicas coisas de que você precisa para ser uma boa e justa autoridade para as pessoas em suas terras.”

O Duque deu aos recém-casados um sorriso tranquilizador. “Tenho plena fé em vocês e em suas habilidades de liderança, ou então eu não concederia este presente a vocês.”

Carter e Dália fizeram uma reverência agradecida ao Duque e à Duquesa, agradecendo-lhes. “Obrigado pelos presentes adoráveis e por apoiarem nosso casamento. Seguiremos seu conselho e prometemos não decepcioná-los”, disse Carter.

Dália pegou Faye de surpresa e estendeu a mão para agarrar ambas as mãos dela em sua excessiva empolgação do momento.

“Duquesa, vo-você será minha amiga?”

Faye não respondeu imediatamente, e seus olhos miraram para cima através de suas madeixas platinadas como se estivessem se referindo ao Duque, pela resposta. Ela olhou para ele com uma expressão maravilhada.

“Bem…,” disse Dália, interrompendo sua frase, soando um pouco desapontada. Ela soltou as mãos de Faye, voltando ao seu lugar ao lado de Carter. Percebendo que ela pode ter agido com demasiada desespero e ultrapassado seus limites.

Sterling observou a interação entre as mulheres, pensando que Dália seria uma amiga e influência maravilhosa para sua esposa, embora ela não precisasse de sua permissão para fazer amizades. Ele acenou com a cabeça em aprovação para Faye, e no instante em que fez isso, um lampejo de empolgação cruzou seu rosto.

Ela avançou e envolveu Dália em um abraço entusiasmado. Então recuou, segurando-a a uma distância de um braço. “Eu adoraria ser sua amiga!” ela disse com um sorriso genuíno.

Todos riram, embora meio nervosos, da reação de Faye e da resposta à pergunta de Dália. Isso era tudo território desconhecido para cada um deles.

——
O resto do jantar e da recepção de casamento estavam preenchidos com muita risada e frivolidade.

Os demais convidados deram desejos pessoais de felicidades e presentes aos noivos.

O primeiro depois do Duque foi Merrick e sua esposa, Regina.

“Aqui, isto é para vocês.” Regina entregou um pergaminho enrolado para Dália amarrado com uma fita dourada.

Dália olhou para o papel e então olhou por cima do ombro para Carter, que estava observando atentamente com um sorriso maroto.

“Vai lá,” ele incentivou, acenando com a cabeça na direção do pergaminho enrolado. “Abra e vamos ver o presente que o Alfa e a Luna Garvin nos deram.”

Dália pegou delicadamente a fita sedosa, sentindo sua textura lisa contra seus dedos. Com um puxão suave, ela observou enquanto ela graciosamente se desenrolava, revelando o tesouro escondido dentro.

O pergaminho, novo e nítido, estendia-se diante dela e de Carter, suas bordas enrolando levemente. O cheiro suave de tinta fresca permanecia no ar enquanto ela o desenrolava mais, ansiosa para compartilhar o precioso presente com seu marido.

Dentro, havia um projeto arquitetônico, um desenho detalhado com alturas e dimensões para uma nova casa.

Merrick observou enquanto lágrimas se formavam nos olhos dos recém-casados. Carter levantou seu olhar para encontrar o de Alpha Merrick, “Isto é demais…” ele disse, engasgando-se com suas palavras, sem poder dizer mais nada.

“Não é apenas de nós,” Merrick declarou. “Este presente vem de todos os membros da Matilha Rio Lua. É nossa esperança de podermos nos aliar a vocês assim que vocês estabelecerem sua matilha em Gandshope.”

“Desde que a mansão Wintershold foi queimada até o chão, todos nós sabíamos que vocês precisariam de uma casa que fosse digna de um barão. Então a matilha se uniu para doar todo o tempo e os suprimentos para construir sua nova casa. A construção já começou,” disse Merrick. “Esperamos que seja do agrado de vocês.”

Carter, ainda muito impressionado com o presente, apenas acenou com a cabeça, fazendo tudo que pôde para conter suas lágrimas frente ao incrivelmente generoso presente de casamento.

Ele engoliu em seco, seu pomo de adão se movendo na garganta. “Obrigado,” ele murmurou para Merrick, “eu não estava de forma alguma esperando isso.”

“Ah…! Não agradeça tão rápido. Você pode se arrepender um dia.” Merrick acrescentou, “Formar uma aliança nem sempre é algo simples. Pode vir com alguns sacrifícios pesados.”

Regina, irritada com seu marido por trazer à tona algo sombrio, deu uma cotovelada nas costelas de Merrick, fazendo-o arfar. Ele foi rápido em mudar de assunto. “Mas vamos esperar que não enfrentemos nada disso em nosso futuro. Por hoje, vamos nos concentrar apenas em fazer tempos felizes.”

Dália não perdeu a cotovelada nas costelas que Luna Regina deu, e ela riu. A Sra. Garvin piscou para ela. “Às vezes temos que dar a eles um lembrete firme para deixar os negócios no conselho.”

Carter também riu e sorriu para a Luna de Merrick. “Agora, não vá ensinar minha Luna nenhum de seus modos perversos.” Ele brincou, fazendo o pequeno grupo reunido ao redor rir.

“Do que todos estão rindo aí?” Andre perguntou, curioso. Ele já tinha bebido várias canecas de cerveja e estava se sentindo relaxado com um sorriso tolo estampado no rosto. Mielle estava em seu braço enquanto ele caminhava até dar seu presente em seguida.

Merrick se inclinou para trás em sua cadeira, esfregando as costelas doloridas. “Oh, apenas a Sra. ensinando a nova Luna como manter seu Alfa na linha,” Merrick brincou com uma gargalhada. Fazendo todos à mesa rirem.

Andre puxou uma cadeira para Mielle e depois uma para si mesmo. Ele olhou para o casal feliz, ansioso pelo dia em que seria a vez dele e de Mielle comemorarem suas núpcias.

“E você, Andre? Que presente você tem para os noivos?” Regina perguntou, tirando Andre de seus pensamentos.

“Mmm…, Ah, Si—sim,” ele disse nervosamente. “Sobre isso, eu não consegui trazê-lo até aqui. É o meu celeiro? Ele explicou esfregando a parte de trás do pescoço.”

“No seu celeiro?” Perguntou Carter, rolando os olhos, brincando em um gracejo. “Por favor, me diga que você não nos comprou uma vaca.”

“HAHAHAHA!!! Não!,” gargalhou Andre, “não é um presente vivo. É mobília para sua nova casa.” Ele segurou a mão da jovem empregada na dele. “Mielle e eu estamos trabalhando nisso há algum tempo.”

“Não está terminado, vejam, já que seu casamento foi tão rápido. No entanto, estará pronto uma vez Merrick e seus amigos terminarem de construir sua casa.”

O corpo de Dália tremia na mesa enquanto ela ouvia o bate-papo. Ela escondeu suas mãos trêmulas em seu colo onde ninguém pudesse ver. Nunca em sua vida inteira ela havia sido tratada tão gentilmente, muito menos por pessoas que nem a conheciam.

Ela manteve seus olhos para baixo e focados no projeto da nova casa, esperando que ninguém notasse que ela estava chorando.

Mas já era tarde demais. Suas lágrimas gordas espirraram no pergaminho diante dela, molhando e borrando a tinta azul.

[Atenção Alpha, nossa companheira está chorando,] Gideon alertou Carter.

Carter parou de falar com Andre e foi o primeiro a responder à mudança de humor de Dália. Ele sentiu seu coração afundar vendo sua bela Luna mordendo o lábio inferior para abafar seus soluços enquanto as lágrimas derramavam sobre o pergaminho.

“Ei…” ele acariciou delicadamente o cabelo dela, “o que aconteceu com você? Está tudo bem?”

Todos à mesa ficaram em silêncio enquanto observavam Carter tentar acalmar sua noiva, imaginando o que teria causado o repentino choro.

A Sra. Garvin olhou ao redor da mesa para Merrick, Andre e Mielle, seus olhos sugerindo, “Devemos dar espaço a eles,” ela disse, levantando-se da cadeira. “Vamos nos preparar para a troca de presentes com as crianças.”