A Noiva Predestinada do Dragão - Capítulo 262
- Home
- A Noiva Predestinada do Dragão
- Capítulo 262 - 262 LEMBRE-SE QUE VOCÊ DEVE MORRER - PARTE 2 262 LEMBRE-SE
262: LEMBRE-SE QUE VOCÊ DEVE MORRER – PARTE 2 262: LEMBRE-SE QUE VOCÊ DEVE MORRER – PARTE 2 Faye perguntou ao marido de forma brincalhona, “Por que você fica provando toda a minha comida? Está preocupado que esteja envenenada?”
Foi quando ela notou o sorriso desaparecer do rosto de Sterling, deixando-o com uma expressão sombria. Ele pressionou os lábios em uma linha apertada, como se recusasse a dar-lhe uma resposta.
Ela tinha ido longe demais com a provocação. No momento em que Faye fez sua pergunta, ela pôde dizer pela mudança imediata na linguagem corporal dele que não precisava esperar por uma resposta.
Ela já entendeu—era sim.
Faye cuidadosamente pegou a xícara de chá das mãos de Sterling, e ela tilintou no pires quando suas mãos tremeram com a realização do que estava acontecendo.
Seu marido estava colocando sua própria vida em risco mortal para proteger a dela.
Ao sorver cuidadosamente seu chá quente, ele já não tinha gosto doce. Em vez disso, deixou um gosto amargo em sua boca.
Ela murmurou, olhando fixamente para o vapor ondulante subindo de sua xícara de chá.
“Tem que haver um jeito melhor…”
——
Enquanto Sasha esperava que Lena parasse de andar de um lado para o outro diante da janela da varanda. Ela notou que seus pulsos estavam cobertos de estranhos hematomas.
Como se tivesse sido contida contra sua vontade. Desde seu retorno de Inreus, sua atitude e comportamento haviam se tornado estranhos. Desaparecendo no meio da noite por horas, voltando ao amanhecer completamente exausta.
Ela parecia cansada e estava sempre irritada. Suas explosões estavam se tornando cada vez mais violentas e descontroladas. Mais do que seus acessos habituais.
Assim, Sasha deduziu que havia mais acontecendo com Lady Lena do que aparentava.
Sasha disse em um tom paciente e persuasivo, dando tapinhas ao lado da cama. “Lena, sente-se comigo. Me diga o que está errado. Consigo perceber que algo está te incomodando.”
Lena se virou para Sasha e rosnou, “Não há nada errado, e cuide da sua vida e da sua língua. Entendeu?” Ela encarou a criada com olhos cheios de fúria. “Saia. Deixe-me ter um pouco de privacidade. Preciso de silêncio para pensar.”
Sasha reverenciosamente fez uma mesura e saiu do quarto do terceiro andar. Ela ouviu o trinco da porta trancando assim que a fechou.
A criada suspirou e olhou por cima do ombro para a porta, deixando sua senhora sozinha em tal estado perturbado, perguntando-se se era a coisa certa a fazer.
No entanto, Sasha também sabia que o temperamento de Lena poderia ser implacável, e ela não hesitaria em puni-la se desobedecesse uma ordem direta.
Ela caminhou até a escada e começou a descer, observando todos andando pelo castelo no início da manhã, preparando-se para o dia.
Sasha olhou para o lado e viu Mielle e Hildie entrando no quarto do Duque com comida para ele e sua esposa.
Continuou seu caminho até onde os criados se encontravam na cozinha para tomar café da manhã com as empregadas e a equipe do castelo, já que tinha sido mandada embora do quarto que compartilhava com Lena.
Num canto escuro e sombrio, no segundo andar, Andre jazia escondido na escuridão, observando com suspeita enquanto Sasha descia as escadas.
Ele podia ver que algo estava incomodando a jovem criada, pelo olhar perturbado no rosto dela.
“O que será que a deixou tão abalada?” Ele sussurrou para Tobias, enquanto a pequena forma deste também emergia do mesmo canto escuro à luz do dia que despontava pelas janelas do castelo.
O garotinho deu de ombros e manteve a mesma expressão vazia de Andre enquanto observavam Sasha desaparecer nos aposentos dos criados.
Andre olhou para Tobias. Ele perguntou, com o garotinho olhando de volta para ele. “Está com fome?”
“Sempre…” Tobias respondeu, seus olhos brilhando, “Eu e a comida deliciosa da fortaleza combinamos perfeitamente.”
Andre não pôde deixar de rir da resposta de Tobias, “HAHAHA! Certo então… mas você vai ter que trabalhar pela sua refeição.”
Tobias esperou ansiosamente pelas instruções de Andre. “Siga Sasha e ouça as conversas dela. Relate tudo o que vir e ouvir para mim. Acha que consegue fazer isso sem ser pego?”
O jovem escudeiro assentiu. “Sim senhor, eu consigo.”
“Então tá, vá em frente…” disse Andre ao menino de cabelos loiros com um leve riso. “Vá tomar café da manhã.”
Andre ouviu a porta do quarto do Duque se abrir enquanto Tobias saía alegremente correndo do segundo andar. Viu Hildie e Mielle saindo do quarto, ambas parecendo ter recebido uma bronca severa.
Mielle olhou para a beirada da varanda e observou o garotinho que seguia Andre como um filhote perdido. Ele estava correndo em direção à sala de jantar dos criados. Um sorriso afetuoso curvou seus lábios para cima.
Andre notou o jeito como ela olhou para o garotinho com um toque de nostalgia cintilando em seus olhos.
“Ele é uma gracinha.” Ela disse em uma voz tímida para Andre. “Ele me lembra o meu irmãozinho.”
Um olhar de dor cruzou seu rosto enquanto ela falava. “Fomos separados quando nossos pais morreram, e depois, soube que ele morreu da praga.” Ela disse, com uma nota de tristeza na voz. “Acho que ele teria a idade daquele garotinho agora se ainda estivesse vivo.”
“Meus pêsames,” disse Andre. “Não sabia que você tinha passado por uma tragédia assim no passado.” Ele se aproximou de Mielle e colocou o braço em volta de seu ombro para confortá-la. Abraçou-a suavemente, trazendo-a para seu esconderijo.
“Você está bem? Pode ver que você parece um pouco abalada desde que veio do quarto do Duque.” Ele inquiriu, “Há algo com que eu possa ajudar?”
“Não no momento,” veio a resposta de Mielle à sua pergunta. “Não é realmente o Duque que é o problema. É a Dama. Consigo ver que ela está chateada e frustrada com as exigências do Duque.”
Andre beijou carinhosamente Mielle no topo da cabeça. Ele murmurou. “Mmm… Entendo…”