A Noiva Predestinada do Dragão - Capítulo 241

241: NOTÍCIAS INESPERADAS – PARTE 1 241: NOTÍCIAS INESPERADAS – PARTE 1 Hildie encarou o Duque Thayer. Ela podia ver que ele estava ficando ansioso. “Então você saberia se ela estivesse em seu ciclo menstrual. Você já viu sangue depois que consumaram o ato?”

Ele balançou a cabeça e respondeu com uma única palavra.

“Não.”

O Duque observou enquanto ela continuava a examinar Faye e a tomar seu pulso.

Assim que terminou o exame, ela se sentou em uma cadeira, apertando a ponte do nariz e soltando um suspiro pesado. Sua expressão tinha uma mistura de perplexidade e preocupação.

O Duque estava ficando impaciente e se perguntava o que uma garota jovem como esta poderia saber de qualquer forma.

‘Ela não era apenas uma criada? Uma serva para o Barron. Por que Merrick havia confiado em trazê-la até aqui, e como ela poderia saber o que estava fazendo Faye adoecer?’
A coisa toda era enlouquecedora, e Sterling queria uma resposta sobre a condição de Faye.

Ele finalmente se dirigiu a Hildie em um tom cortante, “Então, o que você descobriu? O que há de errado com minha esposa?”

Enquanto ela ponderava se estava certo divulgar sua descoberta. Ela sentiu uma pontada de culpa. Hildie brincava nervosamente com a bainha de seu avental branco. Essas eram notícias que normalmente seriam compartilhadas entre um casal casado.

Entretanto, sob as circunstâncias em que se encontravam, Hildie sentiu que não tinha outra escolha.

Merrick estava em um canto do quarto observando a discussão. Ele tinha um leve sorriso nos lábios e um pequeno brilho nos olhos enquanto esperava Hildie falar.

“Sua Graça…” Hildie deu um suspiro fundo, sentindo seu coração trovejar sob suas costelas. Querendo fugir do quarto em vez de dizer ao Duque o que ela sabia. Ela engoliu seco enquanto seus olhos se fixavam nos olhos rubi do Duque, que pareciam repletos de irritação.

“Ela não foi envenenada—nem está doente, ou em seu ciclo menstrual. Como dizendo. Esta é a melhor aparência que já vi minha senhora ter em toda sua vida. Ela está, na verdade, em uma saúde excelente.”

O Duque olhou feio para Hildie. Suas palavras eram lentas e muito articuladas. “Então—o—que—é?”

Ao ouvir a maneira como ele perguntou, Hildie sabia que não podia mais enrolar. Ela tinha que dizer a ele o que sabia.

Ela disse com uma vozinha.

“Você vai ser pai…”

As palavras que ela transmitiu não se registraram com ele de imediato. Ele ainda ficou lá parado, com o semblante carregado, e Hildie perguntou-se se deveria ter apenas ficado calada e fingido ignorância. Mas então ela notou seus olhos piscando rapidamente.

“Pai,” ele respirou, seus olhos se voltando para Faye, que dormia sossegadamente na cama. “Pai,” ele disse as palavras novamente, sua expressão mudando para uma de total choque com a notícia.

Merrick observou a reação do Duque e sorriu sorrateiramente. Sua intuição estava certa. Ele estava grato por Hildie estar lá.

Sterling pausou para recuperar o fôlego. Sua testa agora estava molhada de suor e seu corpo inteiro começou a tremer. Ele sentia como se as palavras de Hildie tivessem sugado o ar de seus pulmões. Sua cabeça estava girando enquanto seu coração fazia cambalhotas no peito.

Ele voltou-se para olhar para Merrick, que sorria como um gato de Cheshire. “Pai, você ouviu o que ela disse? Eu vou ser pai…” ele exclamou alegremente.

Ele virou a cabeça de volta para Faye e a observou atentamente. Com mãos trêmulas, ele cuidadosamente a cobriu de volta com a colcha.

Aos poucos, seus nervos se acalmaram conforme ele era tomado por um alívio de que sua pequena borboleta não estava doente ou envenenada, e ele parou de tremer. A expressão dura em seu rosto de mais cedo se desfez. Ele sentiu seu corpo relaxar, e seus sentidos voltaram ao normal.

O corpo de Sterling caiu no chão. Seu rosto estava suave e sereno enquanto ele olhava para o espaço, e Hildie entendeu que ele estava em choque com a notícia.

“Você está bem, Sua Graça?” ela perguntou. “Posso buscar alguma coisa para você? Talvez um copo de água?”

Sterling fez um gesto com a mão. “Não, mas vocês dois poderiam se retirar, por favor?”

Seu pomo de adão se mexeu quando ele engoliu, tentando controlar a mistura de emoções, incerto sobre como lidar com tudo isso.

Hildie fez uma reverência e começou a ir em direção à porta, “Como desejar, Sua Graça,” Ela foi seguida por Merrick, que estava tentando conter sua empolgação ao ouvir a notícia emocionante.

Quando a porta se fechou, Sterling esticou os dedos e brincou com um fio do lindo cabelo loiro de Faye.

Ele murmurou baixinho, “Obrigado…” era como uma oração de agradecimento saindo de seus lábios. “Obrigado… Muito obrigado, querida borboleta. Eu não consigo começar a dizer o quanto sou grato por esse presente inesperado…”

Com os olhos cheios de lágrimas, Sterling acariciou delicadamente os cabelos de sua amada esposa para trás de seu rosto, seus dedos infinitamente delicados, deslizando sobre suas bochechas coradas. Ele acariciou seu braço, ainda em choque com a notícia…Ela seria a mãe de seu filho.

Faye havia mantido sua palavra com ele…

O som das palavras dela ecoou em sua cabeça um milhão de vezes. Da noite em que fizeram amor pela primeira vez, quando tinham voltado para Everton.

“Por favor, me encha com sua semente,” ela disse, seu tom quase suplicante, “e eu lhe apresentarei um herdeiro.”

Ele beijou o rosto dela, e um suspiro baixo e abafado escapou de seus lábios enquanto ele observava Faye dormir, ansioso para que ela abrisse os olhos para que ele pudesse compartilhar a notícia especial com ela também.

Mais uma vez, ele pôs sua cabeça em seu peito para poder ouvir seu coração e colocou a mão sobre sua barriga plana. Que logo cresceria arredondada com uma vida linda por dentro.

Ao fechar os olhos para descansar, ele sentiu a mão de Faye cobrir a dele—sobre sua barriga.

Tudo estava certo no mundo, e ele continuaria a fazer assim por Faye e seu filho não nascido.

——
Merrick e Hildie permaneceram no silêncio imponente do corredor, olhando para seus pés. Logo, o som de passos rápidos aproximando-se pôde ser ouvido. Era o Frei Tillis, com o Papa e o reitor de Inreus.

O Papa foi o primeiro a se dirigir a Merrick, olhando com desdém para Hildie, que estava ao lado do cavaleiro imponente. “Que notícias da Santa? Ela está bem?”

Merrick, não gostando do tom ou atitude do Papa, deu um passo para trás e agarrou Hildie pela mão, colocando-a na frente dele. Ele disse, “Vá em frente, Hildie, diga a eles o que você sabe.”

Ela pôde sentir a mão firme de Merrick de reafirmação em seu ombro, e ela sabia que isso era um jogo de poder. Merrick estava mostrando sua dominância sobre a situação.

Hildie entendeu exatamente o que Merrick queria dela.

Ela deu ao Papa um olhar severo e declarou, “A Duquesa está muito bem. Se desejam saber mais sobre sua condição… Eu sugiro que falem com o marido dela.”

O Papa tentou empurrar Merrick para entrar na enfermaria, mas o alto cavaleiro permaneceu firme, não cedendo diante da porta.

A voz autoritária de Merrick ecoou pelo ambiente silencioso, fazendo o Papa saltar de surpresa. A tensão entre eles era palpável enquanto o Papa abandonava seus esforços inúteis para passar pelo vice-comandante.

“Eu não posso conceder-lhe entrada – eles estão ambos descansando,” afirmou o vice-comandante com firmeza. O Papa sentiu uma onda de frustração invadi-lo, mas manteve sua compostura. “Eu ficaria honrado em entregar-lhe uma mensagem em nome de Sua Graça assim que ele despertar,” ofereceu o vice-comandante respeitosamente. Sabendo que isso iria irritar ainda mais o Papa.

O Papa inflou o peito, ainda tentando manter a aparência na frente dos outros clérigos que estavam com ele.

Ele disse, sua voz tingida de irritação, “Então eu posso ser encontrado em meus aposentos. Eu espero ser notificado assim que puder falar com o Duque Thayer.”

Uma expressão azeda se espalhou pelo rosto dele.

O Papa virou-se e se afastou marchando enquanto o reitor e o Frei Tillis se esforçavam para acompanhá-lo. Seus passos esmaeceram à medida que se afastavam.

Hildie sentiu a tensão diminuir quando viu os clérigos partirem. Ela olhou para cima para Merrick, que lhe deu uma piscadela amigável. “Você lidou bem com isso sem revelar nada.”

Ela balançou a cabeça para o cavaleiro imponente. “Eu não pretendia contar nada que eles não precisavam saber. Não é meu lugar contar algo assim. Quando o Duque e a Duquesa estiverem prontos, eles irão contar.”

——
O Papa estava enfurecido conforme caminhavam pelos corredores. As crianças no mosteiro todas pararam o que estavam fazendo e caíram em silêncio, fazendo uma reverência respeitosa ao Papa e seu séquito de dois enquanto eles passavam.

Ele virou-se para olhar por cima do ombro para o reitor de Inreus. “Eu quero uma espiã posta sobre aquela atrevida malcriada e sobre aquele cavaleiro que a fez me dirigir,” ele instruiu. “Quem é ela?”

O reitor lançou um olhar desconfortável para o Frei Tillis. Ele não gostou quando este Papa foi eleito, e não tinha intenções de ajudar o homem com nenhum de seus esquemas. Especialmente não quando se tratava do Duque Thayer.

O reitor manteve-se em silêncio pois não conhecia a moça, mas foi Frei Tillis quem finalmente respondeu.

“Ela veio com os cavaleiros quando viajaram para cá vindo de Grandshope Parrish,” ele explicou. “Ela tem sido uma bênção-nos ajudando no berçário. É tudo que posso lhe dizer sobre ela.”