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A Noiva Indesejada do Alfa - Capítulo 534

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Capítulo 534: Sem Mais Suspeitas

Auburn acordou com o som dos sinos tocando nos terrenos do castelo. A princípio, ela esqueceu onde estava.

O veludo macio sob suas palmas, os lençóis bordados roçando contra sua pele e o dossel acima dela, tudo isso parecia a vida de outra pessoa.

Ela havia crescido em esteiras de palha e cobertores gastos; esta câmara era de Scarlett, o quarto da princesa perdida, e agora havia sido entregue a ela como se pertencesse.

Mas não pertencia. Nunca pertenceria.

Seu coração acelerou enquanto ela se sentava, pressionando uma mão contra o peito.

A Prova de Sangue ainda estava vívida em sua mente: o silêncio quando nada aconteceu, o medo sufocante, e então o súbito brilho da magia de Cereja.

Ela estava a momentos de ser marcada como impostora e executada na frente de toda a corte. Sua morte teria sido rápida, impiedosa, esquecida.

Em vez disso, ela saiu viva. Não apenas viva? coroada por sussurros, chamada de Princesa Auburn.

O título pairava em sua cabeça, tanto intoxicante quanto sufocante.

A porta rangeu ao abrir, e Cereja entrou sem bater. Auburn enrijeceu instintivamente. A presença da mulher mais velha preencheu a sala como fumaça sufocante, inevitável.

“Você está pálida,” observou Cereja, seus olhos estreitando-se enquanto se aproximava da cama. “Qual é o problema? Os cetins te assustaram?”

Auburn forçou um sorriso fraco. “Ainda parece… irreal.”

Cereja sentou-se na beira da cama, seu cabelo carmesim brilhando à luz da manhã. Ela estendeu a mão, passando um fio do cabelo vermelho de Auburn entre os dedos. “Deve parecer irreal. Isso porque não é seu. Nada disso é.” Sua voz baixou. “Você não é mais Amara. Você é Auburn. Filha de Scarlett. Cada olhar, cada passo, cada palavra deve escorrer o sangue que você não tem. Você entende?”

A garganta de Auburn apertou. Ela assentiu rapidamente.

O aperto de Cereja em seu cabelo apertou até Auburn se contorcer. “Se vacilar, você morre. Se me trair, vai desejar ter morrido antes.”

As palavras gelaram os ossos de Auburn. Ela abaixou o olhar, sua voz mal acima de um sussurro. “Não vou te trair.”

“Bom,” disse Cereja suavemente, soltando seu cabelo. “Porque Rosa já está encantada por você. Rolando vai demorar mais, mas uma vez que o luto dele amolecer, você será a criança dourada desta corte. E quando isso acontecer, cada decisão que eles tomarem passará por você, por nós.”

Auburn engoliu em seco. Por nós. Não ela. Nunca ela. Ela era apenas um peão no jogo de Cereja.

No meio da manhã, o castelo estava agitado. A notícia da Prova se espalhava como fogo em grama seca. Criados sussurravam nos corredores, guardas murmuravam atrás dos capacetes e cortesãos debatiam em círculos sussurrados. Alguns juravam que era um milagre – que a filha de Scarlett havia verdadeiramente retornado. Outros murmuravam que era um truque, um estratagema desesperado.

O conselho foi convocado para o Grande Salão. Auburn não foi convidada, mas Cereja foi, deixando-a sozinha para percorrer o comprimento de sua câmara. Seus ouvidos se esforçavam para captar cada eco, cada passo que passava. Ela odiava a espera – fazia-a sentir-se como uma presa encurralada em uma armadilha.

Enquanto isso, na câmara do conselho, a tensão era espessa. Rolando estava à cabeceira da mesa, seu rosto severo. Rosa sentou-se ao lado dele, seus olhos ainda inchados de chorar, suas mãos entrelaçadas firmemente como se temesse que Auburn pudesse desaparecer se as soltasse.

“Não vou esconder minhas dúvidas,” rolou Rolando. Sua voz soava baixa, cansada mas autoritária. “A garota passou na Prova, sim. Mas o brilho foi fraco. Fraco. Não o incêndio que esperávamos de um verdadeiro herdeiro.”

Rosa estremeceu. “Você viu com seus próprios olhos. Estava lá. Ela carrega o sangue de Scarlett, Rolando. Eu sinto isso nos meus ossos.”

“Sentir não é prova,” ele rebateu. “E prova é o que devemos ao nosso povo. Se ela é realmente nossa, eu me ajoelharei ao seu lado. Mas se não for…” Seu olhar endureceu. “Não podemos nos dar ao luxo de outro impostor.”

Hildegard falou, sua voz afiada. “Concordo com Sua Majestade. Foi muito conveniente. Muito repentino. E me perdoem, mas a garota aparece no exato dia em que Cereja retorna? Isso é coincidência ou conluio?”

Todos os olhares se voltaram para Cereja. Ela fingiu um olhar ferido, mão no peito. “Você me fere, Hildegard. Você nunca gostou de mim, e agora envenena o ar com suspeitas quando Rosa finalmente tem algo para viver. Por que você sempre tem que estar no caminho da alegria dela?”

O maxilar de Hildegard se contraiu. “Porque alegria sem verdade é veneno em si.”

“Chega,” Rosa gritou, batendo a palma contra a mesa. Sua voz tremia de fúria. “Não ouvirei mais uma palavra contra minha neta. Se você não pode ver Scarlett no rosto dela, no espírito dela, então seus olhos estão nublados de amargura.”

A câmara caiu em um silêncio desconfortável. Rolando apertou o nariz. Cereja recostou-se, um leve sorriso curvando seus lábios. Ela havia desempenhado bem seu papel, aparecendo leal, defendendo Rosa e fazendo Hildegard parecer uma inimiga ciumenta.

Em outro lugar no castelo, Belle invadiu as câmaras de Coral, seus punhos cerrados. Sua habitual postura graciosa estava rachada de raiva.

“Mãe!” ela sibilou. “Você vê o que está acontecendo? Aquela garota, essa Auburn, roubou tudo. Vovó olha para ela do jeito que costumava olhar para mim.”

Coral pousou seu bordado, seus olhos cansados suavizando. “Belle, você ainda é neta dela. Nada muda isso.”

“Não seja ingênua!” Belle cuspiu. “Tudo muda. Você não vê? Eu era a próxima na linha. Agora, agora eu sou nada.” Sua voz se quebrou, mas ela rapidamente mascarou com veneno. “Não vou deixar ela tomar o que é meu. Ninguém rouba de mim e vive.”

Coral estendeu a mão para ela, mas Belle se afastou, seu rosto endurecido com determinação.

À noite, Auburn ouviu sussurros sobre o desaparecimento da Candy. Criadas no corredor especulavam em tons abafados.

“Dizem que ela fugiu do castelo com vergonha.”

“Não, não… ela irritou a Rainha, é por isso que ela desapareceu.”

“Ou pior… talvez a chegada da garota tenha algo a ver com isso.”

As palavras feriram a consciência de Auburn. Ela conhecia a verdade. Candy não havia fugido. Candy não havia irritado Rosa. Candy estava morta, sua cabeça decepada pela magia de Cereja, seu sangue manchando as pedras. Auburn tinha assistido acontecer. Ela tinha ficado em silêncio, temerosa demais para impedir.

Naquela noite, Hildegard se aproximou de Rosa em particular. “Isso não te incomoda, minha Rainha, que Candy desapareça justamente quando essa garota aparece? Que a história dela se encaixe perfeitamente, como se tivesse sido escrita por alguém?”

Rosa virou o rosto, sua expressão dolorida. “Você é cruel, Hildegard. Eu desejei a criança de Scarlett por anos, e agora ela está aqui. Precisa trazer sombras para minha luz?”

Os lábios de Hildegard se afinaram. Ela não disse mais nada, mas sua desconfiança aprofundou.

Quando Cereja voltou para a câmara de Auburn, encontrou a garota olhando para o espelho, traçando seu cabelo vermelho com dedos trêmulos.

“Eles estão sussurrando sobre Candy,” Auburn disse roucamente. “Eles vão suspeitar….”

“Eles não vão suspeitar de nada,” Cereja a cortou. “Rosa vai te proteger, e as dúvidas de Rolando vão suavizar. Mas você deve fazer sua parte.”

“Minha parte?”

Cereja se inclinou, seu hálito roçando o ouvido de Auburn. “Você deve conquistá-los. Devagar. Doce. Faça-os ver Scarlett em seu sorriso, em sua dor, em seu amor por Rosa. Você não é apenas Auburn, você é o futuro pelo qual eles estão famintos. Se você tropeçar, você morre. Se você tiver sucesso…” Seus lábios se curvaram. “Você se sentará mais alto que qualquer um neste reino, e através de você, eu também.”

Auburn fechou os olhos, medo e emoção lutando em seu peito.

Dois dias depois, Rolando anunciou que Auburn seria formalmente apresentada ao povo. A proclamação se espalhou como fogo. Alguns celebraram o retorno de uma princesa. Outros sussurraram sobre engano. A cidade fervilhava de expectativa.

Em sua câmara naquela noite, Auburn sonhou com Candy. Ela viu sua cabeça decepada, os lábios se movendo, sussurrando a mesma palavra repetidamente: “Impostora. Impostora. Impostora.” Ela acordou encharcada de suor, seu coração batendo forte.

Do outro lado do castelo, Belle estava na varanda, olhando para o céu noturno. Sua voz era baixa, venenosa. “Eu vou expô-la, ou vou destruí-la.”

Mais tarde naquela noite, Rosa estava sozinha em seu solar privado, suas mãos firmemente entrelaçadas em seu colo. O fogo crepitava na lareira, mas sua mente não estava calma. Ela continuava revivendo as palavras afiadas que trocou com Hildegard.

“Você é cruel, Hildegard,” ela havia gritado. “Você prefere me despir da esperança do que me deixar acreditar!”

Sua garganta ainda ardia com a memória. Por anos, Hildegard tinha sido seu alicerce, sua confidente desde a infância. Mas agora, parecia que um muro havia sido erguido entre elas.

A porta abriu suavemente, e Cereja entrou. Ela caminhava com aquela graça cuidadosa, os cabelos vermelhos reluzindo, lábios curvados no mais tênue sorriso.

“Você parece perturbada, irmã,” Cereja disse gentilmente.

Rosa suspirou, virando-se para o fogo. “Eu briguei com Hildegard. Foi feio. Ela me acusou novamente, disse que Auburn não é de Scarlett. Ela disse que o brilho era fraco demais para ser verdade. Eu… eu reagi. Mais do que deveria.”

Sua voz falhou, seus olhos úmidos. “Você acha que fui dura demais com ela? Ela tem estado comigo desde que éramos crianças, Cereja. Ela nunca me falou com tanta frieza antes.”

Cereja se aproximou, descansando sua mão no ombro de Rosa. “Você não foi dura demais. Você só defendeu o que é seu. Hildegard sempre se agarrou demais, sempre se colocou entre você e seu coração. Ela não entende a perda como você.”

As sobrancelhas de Rosa se franziram. “Ainda assim, ela tem sido minha mais verdadeira companheira.”

“Companheiros ficam ciumentos quando não são mais o centro das atenções,” murmurou Cereja, seu tom suave. “E ela está ciumenta agora. Ela teme ser substituída. Você fez bem em colocá-la em seu lugar. Para o melhor, realmente. Se ela não pode estar ao seu lado, então está contra você.”

Rosa olhou para suas mãos entrelaçadas. “Você realmente pensa assim?”

Cereja inclinou a cabeça, seu sorriso apenas afiado o suficiente para brilhar. “Eu sei que sim. Você tem sua neta de volta. Isso é tudo que importa. Não deixe que a amargura de Hildegard envenene a alegria que você esperou tanto.”

Rosa exalou trêmula, se apoiando no braço de sua irmã. “Talvez você tenha razão. Talvez tenha sido para o melhor.”

A mão de Cereja acariciou seu cabelo como uma mãe consolando uma criança, mas seus olhos brilhavam friamente sobre a cabeça de Rosa.

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