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A Noiva Indesejada do Alfa - Capítulo 517

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Capítulo 517: Pensamentos Profundos

O riso dos homens ainda flutuava fracamente pelos corredores abaixo, misturando-se com o barulho dos cálices e as bravatas ébrias, mas a atenção de Amara estava totalmente fixada na sacada onde Cereja acabara de desaparecer. Sua respiração era rápida e superficial, como se ela mesma tivesse feito parte do espetáculo acalorado, embora tivesse sido apenas uma testemunha, uma intrusa de certo modo, mas uma que Cereja havia permitido.

Permitido.

Aquele pensamento sozinho enviou um arrepio rastejando pela espinha de Amara.

Cereja sabia que ela estava lá, assistindo, ouvindo, aprendendo.

Cada gemido, cada declaração, cada explosão de temperamento entre as duas mulheres, tudo tinha sido para seu benefício, não tinha? Uma performance. Um teste.

Amara pressionou uma mão aos lábios, seu corpo vibrando com algo que ela não podia nomear.

Medo? Emoção? Desejo? Ou seria simplesmente a realização intoxicante de que tinha sido notada por Cereja, não como uma criança, não como uma das garotas sem nome de Candy, mas como alguém digna de um segredo.

Ela permaneceu no corredor sombreado, onde a luz das tochas esculpia poças douradas profundas contra a parede.

Abaixo de seus pés descalços, as pedras pareciam frias e aterradoras, um lembrete para manter a si mesma firme. Cereja era perigosa, não havia dúvida quanto a isso.

A maneira como ela falava da coroa, de sua irmã, de vingança… sua fome era sem fundo, um vazio que engolia tudo em seu caminho.

Mas Amara não era ingênua. Ela tinha visto o suficiente do mundo em seus dezessete anos para saber que aqueles que detêm o poder nunca o compartilham de bom grado.

Candy a tinha ensinado tanto, mesmo quando ela achava que estava escondendo isso por trás de perfume e sedas.

Amara encostou a cabeça na parede, fechando os olhos. Ela ainda podia ouvir as palavras de Cereja ecoando dentro dela: A coroa é tudo para mim.

Para a maioria, aquele tipo de fome seria aterrorizante. Para Amara, era familiar.

Porque ela, também, queria algo.

Não a coroa, pelo menos não ainda. Mas ela queria mais do que ser exibida nas jaulas de seda de Candy, mais do que ser leiloada para o maior lance ou guardada para os esquemas de Cereja.

Ela queria seu nome sussurrado com medo e reverência, da mesma forma que o de Cereja. Ela queria que homens e mulheres tremessem à sua presença, para abaixar suas cabeças quando ela passasse.

E se Cereja pensava que podia usá-la, então Amara usaria Cereja em troca.

Ela abriu os olhos lentamente, observando o local onde as cortinas ainda balançavam levemente pela partida de Cereja. Um sorriso brincou em seus lábios, pequeno mas afiado.

Cereja a subestimou. Todos faziam isso. Esse foi o erro deles.

~~~~~~~~~~~~~~~~

A noite se estendeu, e os sons de prazer e festa deram lugar ao zumbido silencioso dos insetos noturnos. Amara voltou para seus aposentos, embora o sono nunca tenha vindo a ela. Ela se sentou à janela, olhando para o pátio escuro abaixo, onde sombras de guardas se moviam para lá e para cá como fantasmas inquietos.

Seus pensamentos eram fogo, brilhantes e selvagens demais para serem extintos.

Candy tinha falado em vender o bordel, em dispersar as garotas, em fugir com Cereja. Amara zombou suavemente da lembrança. Como Candy poderia ser tola, mesmo depois de todos esses anos.

Amor, devoção, eram algemas disfarçadas de fitas.

Candy se deixou amarrar, e embora ela fingisse ter poder sobre suas garotas, Amara sabia a verdade: Candy era tão prisioneira quanto qualquer uma delas.

Mas Cereja era diferente.

Cereja nunca se curvaria. Ela nunca se renderia. E isso a tornava tanto uma ameaça quanto uma oportunidade.

Amara passou um dedo ao longo do peitoril, desenhando padrões invisíveis. Ela se imaginou ao lado de Cereja, não como peão, não como ferramenta, mas como igual.

Alguém que ela não poderia descartar tão facilmente. Alguém de quem ela precisava.

Como chegar lá? Essa era a questão.

Amara mordeu o lábio inferior. A resposta veio rapidamente: provar a si mesma. Mostrar a Cereja que ela era mais do que beleza e juventude. Mostrar sua astúcia. Mostrar seus dentes.

Se Cereja a queria como espiã, ela seria espiã. Se Cereja queria que ela traísse, ela trairia. Mas cada ato não serviria apenas à Cereja, serviria à Amara também. Informação era poder, e Amara a coletaria pedaço a pedaço até suas mãos estarem transbordando.

~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Uma batida suave a despertou de sua reverie. Ela se enrijeceu, olhando para a porta.

“Amara?” Era uma das garotas de Candy, sua voz estava baixa. “Você está acordada?”

Amara levantou-se e abriu um pouco a porta, seu rosto neutro. Os olhos da garota moviam-se nervosamente pelo salão.

“Candy quer te ver,” ela sussurrou. “Agora.”

O estômago de Amara revirou. Por um momento, ela se perguntou se Candy sabia que ela tinha espionado, assistindo seu enredamento privado com Cereja. Mas então ela lembrou dos olhos de Cereja, afiados, sabendo, permitindo deliberadamente.

Se Candy sabia, era porque Cereja havia escolhido que ela soubesse.

Amara seguiu a garota pelo corredor estreito, seus pés descalços silenciosos contra o piso de madeira. Elas pararam na porta da câmara de Candy, e a garota correu, deixando Amara sozinha.

Ela entrou lentamente.

Candy estava sentada diante do espelho, penteando seus cabelos com longos e medidos movimentos.

Seu rosto no reflexo parecia cansado, as mais discretas rachaduras da idade começavam a aparecer ao redor de seus olhos, apesar do rouge e pó que usava.

O quarto ainda cheirava a ela e Cereja, espesso com perfume e suor, quase sufocante.

“Sente-se,” Candy disse sem olhar para ela.

Amara obedeceu, sentando-se na beirada da cama.

Por um longo tempo, o único som foi o raspado da escova através do cabelo de Candy. Então Candy finalmente falou, sua voz baixa e inescrutável.

“Você viu.”

Amara não disse nada.

O olhar de Candy encontrou o dela no espelho, afiado como uma lâmina. “Não finja. Você estava lá. Cereja queria você lá.”

O pulso de Amara acelerou, mas ela manteve o rosto sereno. “Se é isso que Cereja desejou.”

Candy virou-se então, colocando a escova de lado. “Cereja é perigosa, Amara. Mais perigosa do que você imagina. Ela vai te usar, e quando terminar, ela vai te descartar.”

Amara inclinou a cabeça, fingindo inocência. “E você não faria o mesmo?”

Candy se contraiu, o canto da boca tremendo. Então ela suspirou, ombros caindo como se estivessem pesados por correntes invisíveis. “Você é esperta,” ela admitiu. “Esperta o suficiente para sobreviver a ela. Mas garotas espertas como você são as que acabam quebradas se não forem cuidadosas.”

Amara inclinou-se para frente, seus olhos brilhando. “Ou aquelas que acabam no topo.”

O silêncio se estendeu entre elas, espesso e pesado. Candy a estudou, talvez tentando encontrar algum vestígio da garota que ela uma vez colocou em sedas e joias, a garota que tentou proteger, ou talvez possuir.

Mas aquela garota se foi, queimada pela ambição.

Finalmente, Candy balançou a cabeça. “Se você seguir por esse caminho, não há retorno.”

Amara sorriu suavemente, levantando-se. “Eu nunca tive a intenção de voltar.”

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