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A Noiva Indesejada do Alfa - Capítulo 509

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Capítulo 509: Luto dos Pais

O silêncio na sala ficou mais espesso assim que Nanny Nia fechou a porta.

A respiração de Jasmine desacelerou, seu corpo ficou rígido como se estivesse se preparando para o impacto. Ela não olhou para ele desta vez, seus olhos voltaram-se para a janela, para o vazio.

Os passos de Xaden eram medidos, quase cuidadosos demais, como se temesse assustá-la. Ele parou a poucos passos de distância, seu alto porte lançando uma sombra sobre ela.

Por um longo momento, ele simplesmente olhou para o perfil dela, seu rosto delicado, seus olhos vazios, seus ombros frágeis.

Ela parecia como se pudesse desaparecer a qualquer momento.

“Jasmine.” Sua voz era baixa, firme, mas havia uma falha abaixo dela que ela não podia deixar de notar.

Ela não respondeu.

Ele cerrou os punhos ao lado do corpo, lutando contra a tempestade dentro de si. “Você não tem comido. Mal dorme. Pretende se deixar definhar aqui?”

Seus lábios se contraíram, não em desafio, não em concordância, apenas um leve reconhecimento de que ela o ouviu. Ainda assim, seu olhar permaneceu fixo lá fora.

Frustração explodiu dentro dele, mas o luto suavizou isso quase instantaneamente.

Ele exalou pesadamente, passando a mão pelos cabelos. “Você me odeia tanto assim?” ele perguntou finalmente, sua voz rouca. “Pelo que aconteceu? Pelo… bebê?”

Aquela palavra. Bebê. Cortou a névoa que a cercava.

Lentamente, Jasmine virou a cabeça, seus olhos apáticos encontrando os dele. “Você me deixou sangrar naquela noite até meu bebê morrer.”

Sua voz era suave, quebradiça, mas afiada o suficiente para perfurá-lo.

Xaden congelou, a culpa batendo nele como uma onda gigante.

Ele abriu a boca para explicar, mas as palavras ficaram presas em sua garganta.

O Alfa que não temia homem algum, guerra alguma, inimigo algum, estava ali, impotente diante do luto dela.

Ele engoliu duramente. “Jasmine, eu estava numa situação difícil, você não pode me culpar por te colocar lá.”

“Claro” ela respondeu simplesmente, voltando-se para a janela.

O silêncio que se seguiu foi brutal, sufocante.

Xaden se aproximou, sua mão pairando como se quisesse tocá-la, mas temesse que ela pudesse se quebrar sob seu toque. “Jasmine… Eu não sei mais o que é verdade. Sobre o Caçador. Sobre você. Sobre qualquer coisa.” Sua voz falhou, o peso de sua confusão derramando-se. “Mas eu sei que falhei com você. E sei que falhei com nosso filho.”

Seu corpo tremeu levemente com suas palavras, mas ela não disse nada.

Pela primeira vez em muito tempo, Xaden baixou a guarda.

Ele se ajoelhou ao lado da cadeira dela, sua orgulhosa figura de Alfa curvada diante dela. “Diga-me o que fazer,” ele sussurrou. “Diga-me como consertar isso. Porque eu não sei como.”

As palavras de Xaden pairaram pesadamente entre eles, o tipo de súplica que teria desfeito ela uma vez.

Mas Jasmine apenas ficou ali sentada, imóvel como uma pedra, seu olhar fixo no pálido trecho do céu além da janela.

O silêncio pressionava, mais alto que qualquer grito poderia ser.

Ela descansou as mãos no colo, flácidas e imóveis.

Ela não recuou quando ele se ajoelhou, mas também não o procurou.

Essa ausência cortou mais fundo do que qualquer rejeição, ela simplesmente não estava mais lá para ele tocar.

A garganta de Xaden trabalhou, seu peito apertado. Ele buscou no rosto dela até o menor sinal de algo que costumava estar ali, raiva, fogo, amor, qualquer coisa.

Tudo o que ele encontrou foi o vazio calmo de alguém que não tinha mais nada a oferecer.

“O que quer que seja. O que você quiser fazer. Diga. Faça. Me diga.” Ele implorou.

Ainda assim, nenhuma resposta. Apenas aquele silêncio interminável, insuportável.

Finalmente, Jasmine piscou lentamente, como se emergindo de algum lugar distante. Sua voz, quando veio, estava plana. “Não há mais nada a dizer.”

O coração de Xaden se apertou. Não há mais nada a dizer. As palavras atingiram mais forte do que uma lâmina.

Ele se levantou com rigidez, seu corpo tenso, o maxilar apertado como se estivesse se mantendo unido pela pura força de vontade.

Por um momento, ele hesitou, olhando para ela, mas ela nunca olhou para cima novamente.

O Alfa deixou a sala em silêncio, carregando consigo a dolorosa realização de que a indiferença dela machucava mais do que o ódio dela jamais poderia.

As palavras de Xaden pairaram no ar. “Eu daria qualquer coisa para ouvir você me xingar.”

Por um instante, Jasmine ficou imóvel, seu rosto voltado para o céu pálido.

Então seus lábios tremeram. Seu peito se ergueu, afiado e instável.

Quando ela virou a cabeça, seus olhos queimavam—não vazios desta vez, mas ardentes, molhados de raiva e dor que se recusavam a ser engolidas.

“Você quer que eu te xingue?” Sua voz estava frágil, afiada como vidro quebrado. “Ótimo. Eu vou te xingar.”

Ela se levantou tão de repente que ele se retraiu. “Onde você estava, Xaden? Onde você estava quando eu gritei de dor? Quando implorei por alguém, qualquer um, para me ajudar? Onde você estava quando meu corpo falhou, quando eu segurei meu filho morto em meus braços?”

Sua voz rachou, mas sua fúria apenas se intensificou. “Você não estava lá! Estava ocupado demais com política. O que as pessoas tinham a dizer sobre você. Ocupado demais para pensar em mim por uma vez! Em nós!”

Lágrimas quentes escorriam pelo rosto dela, seus punhos cerrados ao seu lado. “E agora você vem aqui, agora, dizendo que daria qualquer coisa para me ouvir te xingar? Você não merece meu silêncio, você não merece minhas maldições, você não merece a mim!”

A respiração de Xaden saiu em um tremor, seu rosto pálido, olhos arregalados como um homem atingido. Mas ela não terminou.

“Eu morri no dia que a coloquei no chão,” ela cuspiu, sua voz crua, tremendo. “E você….” seu peito arfou, “…você matou o que restava de mim quando escolheu mentiras ao invés de mim. Então não ouse vir aqui pedindo perdão, ou palavras, ou qualquer coisa. Você já tomou tudo.”

Seus joelhos se dobraram então, a fúria desmoronando em dor, e ela afundou de volta na cadeira, soluços rasgando de seu peito.

Ela se encolheu em si mesma, tremendo, quebrada de uma forma que até as paredes pareciam doer com o som.

Xaden alcançou-a, instinto lutando contra a vergonha, mas ela empurrou sua mão com tal veneno que cortou mais fundo do que garras.

“Não me toque,” ela sussurrou, balançando a cabeça. “Não agora. Nunca.”

E foi aí que Xaden entendeu completamente: seu ódio era brutal, mas sua rejeição era fatal.

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