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A Noiva Indesejada do Alfa - Capítulo 503

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Capítulo 503: Sussurros na Floresta

A floresta estava carregada de silêncio. Não o silêncio natural da noite, mas uma quietude sufocante que fazia até mesmo as folhas parecerem relutantes em se mexer.

As botas de Uther afundavam na terra úmida enquanto ele avançava mais fundo, seu coração martelando apesar da máscara de calma em seu rosto.

As sombras grudavam nele, espessas como alcatrão, até que o tênue prateado do luar fosse completamente engolido.

Ele parou quando chegou à clareira, o lugar que ninguém ousava aventurar-se, nem mesmo os lobos da alcateia.

Era onde as árvores cresciam retorcidas, seus galhos dobrados como mãos com garras, e o ar cheirava levemente a cinzas, embora nenhum fogo jamais o tivesse tocado.

Era também um lugar onde apenas ele tinha sido designado a aventurar-se.

Puxando uma respiração trêmula, ele sussurrou o nome dela.

“Princesa Cereja.”

Houve um silêncio parado por cerca de cinco minutos, logo ele começou a se preocupar se ela havia sequer recebido o chamado.

Então a floresta respondeu.

Primeiro com um gemido grave e gutural, como madeira estalando. O chão parecia pulsar sob suas botas. Então o ar cintilou, e da escuridão entre as árvores, ela apareceu.

Cereja não andava tanto quanto deslizava, seu vestido escuro sussurrando contra a terra, seu rosto pálido iluminado por um brilho de outro mundo. Seu cabelo, preto como breu, rejeitado pela coroa, emoldurava traços afiados que pareciam esculpidos em mármore.

Seus olhos capturavam o mais leve reflexo de carmesim, a marca de suas artes proibidas.

“Você ousa me chamar aqui, Uther?” ela perguntou, sua voz baixa, melódica, ainda que carregando um peso que pressionava contra seu peito. “Espero que valha a pena me perturbar.”

Uther inclinou a cabeça rapidamente, suor umedecendo sua testa. “Perdoe-me minha senhora. Trago notícias. Eram da maior importância.”

Seus lábios se curvaram, embora não em diversão. “Fale, então. Rápido.”

Uther ergueu o olhar, engolindo em seco. “Jasmine… perdeu a criança.”

Por um momento, silêncio. Então a expressão de Cereja cintilou, não satisfação, mas algo mais sombrio.

Suas sobrancelhas franziram, seus lábios afinaram. “A criança… se foi?”

“Sim,” Uther disse rapidamente, alívio e temor se entrelaçando em sua garganta. “Ela mesma a enterrou. O herdeiro do Alfa… se foi para sempre.”

Mas em vez de triunfo, o rosto de Cereja endureceu.

Então ela sorriu de forma tão cruel que parecia um monstro.

Ela se aproximou, e as sombras pareciam segui-la, envolvendo-se em torno de sua forma como fumaça. “E ainda assim você parece inquieto. Há mais, não é?”

A garganta de Uther trabalhou. “Xaden não a expulsou. Ele escolheu… perdoá-la.”

Os olhos de Cereja se arregalaram, uma faísca vermelha se acendendo em suas profundezas. “Perdoar?” ela sibilou, a palavra era veneno em sua língua. “Como você pôde deixar isso acontecer, Uther? Você me garantiu que ele iria lidar com ela. E você deixou ele perdoar?”

“Eu tentei!” Uther caiu sobre um joelho, sua voz tremendo. “Eu murmurei as palavras certas, alimentei os rumores, até Anna se envolveu. Montamos todo o palco para que ela planejasse o assassinato dele. Mas Xaden silenciou todos. Ele ainda assim escolheu ela. Ele…” Ele hesitou, sabendo que as próximas palavras poderiam bem merecer sua ira.

O rosto de Cereja se contorceu em crueldade.

“Há mais.” Ele afirmou. “Recebemos outra carta de convite da Rainha.”

O rosto de Cereja ficou mortalmente imóvel, como se esculpido de gelo.

Então suas mãos se cerraram, e o ar na clareira se espessou, carregado com sua magia. As árvores gemeram como se se curvassem à sua fúria.

“Sim, a Rainha inicialmente o convidou para uma visita antes do sequestro.” Uther explicou.

“Eu não sou estúpido, Uther. Claro que me lembro.” Cereja sibilou, seus olhos se estreitando. “Por que ela insiste em trazer a garota suja aqui!”

Uther ousou olhar para cima. “Você teme que a Rainha perceba?”

Os olhos de Cereja se fixaram nele, e por um momento ele pensou que ela poderia arrancar seu coração ali onde ele estava ajoelhado. Mas então ela se afastou, caminhando pela clareira, seu vestido arrastando fios escuros de névoa em seu rastro.

“Minha irmã…” Cereja disse lentamente, quase para si mesma. “A mulher pode ser cega em política, mas não em sangue. Se ela olhar para Jasmine de novo ou ficar tempo demais com ela. Só os deuses sabem o que acontecerá. Especialmente agora que ela sabe que tem uma neta viva. Se ela sentir isso – ela vai saber. Ela vai saber que Jasmine é sua neta. E tudo que EU CONSTRUÍ… tudo pelo qual trabalhei…”

Sua voz se quebrou em um chiado agudo e a floresta pareceu estremecer.

“Não,” ela disse finalmente, seu tom de ferro novamente. “Isso não pode acontecer. Eu não permitirei.”

Uther lambeu os lábios nervosamente. “O que você fará, minha senhora?”

Cereja ficou imóvel, de costas para ele, suas mãos pálidas se levantando ligeiramente como se extraíssem força das próprias sombras. O chão tremeu levemente sob seus joelhos.

“O que for necessário,” ela murmurou. “Se Jasmine pisar neste lugar, a compaixão da minha irmã nos destruirá a todos. Eu lidarei com ela antes que esse dia chegue.”

Ela se virou então, seu rosto compostamente mais uma vez, embora seus olhos queimassem com fogo escuro. “Você continuará vigiando, Uther. Cada sussurro, cada plano que Xaden fizer, você trará para mim. Se ela deixar a alcateia, se ela sequer respirar perto do palácio, eu saberei. Você entende?”

“Sim, minha senhora,” disse Uther, abaixando ainda mais. Seu coração acelerou, sabendo que um deslize de língua poderia custar-lhe a vida.

Cereja se inclinou, sua voz seda e veneno ao mesmo tempo. “Reze, Uther, para não me falhar novamente. A linhagem de Jasmine não pode ser revelada. Não agora. Nunca. Ou as consequências serão terríveis para você.”

E então, tão repentinamente como apareceu, ela se foi. A clareira escureceu, o peso de sua presença se dissipando na noite. A floresta exalou, mas a respiração de Uther veio superficial, seu peito apertado de pavor.

Ele permaneceu ajoelhado muito tempo depois que ela desapareceu, suor frio em suas costas.

Porque mesmo que ela tivesse ido, sua promessa pairava no ar, mais pesada do que qualquer ameaça.

Cereja lidaria com Jasmine.

E quando ela se movesse… o próprio mundo poderia tremer.

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