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A Noiva Indesejada do Alfa - Capítulo 475

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Capítulo 475: Eu Te Queria

A batida veio novamente. Ela não respondeu.

Jasmine sentou na beira da cama, braços cruzados firmemente sobre o peito, seu olhar afiado e imóvel na porta. Ela não tinha interesse em se vestir para um monstro. Ela não se importava com quão finos eram os talheres ou com quão grandiosos pareciam os pratos. Nada neste lugar parecia real. Ou seguro.

Mas a porta rangeu ao se abrir de qualquer jeito.

Três empregadas entraram silenciosamente, cabeças baixas como se esperassem que ela atacasse. A primeira delas — uma garota com uma longa trança e mãos trêmulas — segurava um vestido nos braços. Era de um suave bordô, com bordados dourados enrolando pelas mangas como chamas. O tipo de coisa que ela poderia ter amado uma vez, quando ainda era livre. Quando seu corpo não estava dolorido e sua bochecha não estava inchada pela bofetada de Leviathan.

Os lábios de Jasmine se apertaram em uma linha fina.

Ela não falou. Ela não precisou.

As garotas se moveram silenciosamente, eficientemente. Escovaram seu cabelo, trançaram em uma coroa frouxa. Elas passaram algo frio em sua bochecha machucada. Jasmine estremeceu, mas não disse nada. O vestido foi deslizado sobre seus braços e apertado na cintura. Colocaram chinelos em seus pés.

Ela não agradeceu. Ela nem mesmo olhou para elas.

Depois que elas saíram, Jasmine se levantou e se encarou no espelho.

Seu reflexo parecia um fantasma. Olhos ocos. Um rosto que mal reconhecia. Ela tocou sua barriga novamente, a única coisa que a ancorava à realidade. À esperança. O bebê se moveu um pouco sob sua palma.

“Você não vai ficar aqui,” sussurrou para si mesma, a voz baixa e firme. “Você não vai morrer neste lugar. Você vai sair.”

Mesmo que tivesse que derrubar a fortaleza inteira com suas próprias mãos.

⸻

O grande salão estava quente, um contraste acentuado com o frio que pairava em seu quarto. A mesa já estava posta quando ela chegou — pratos dourados, cálices altos, velas tremulantes lançando brilhos suaves em tudo. Um banquete posto diante dela como uma espécie de oferta de paz distorcida.

Ela não se sentou até ele chegar.

Caçador Alfa entrou com a confiança de um homem que acreditava que o mundo se curvava para ele. Envolto em preto novamente, um pendente escuro repousava contra seu peito. Seus olhos afiados a captaram lentamente — seus ombros rígidos, seu maxilar apertado, a contusão ainda escurecendo sua bochecha.

Ele não disse nada sobre isso.

Em vez disso, ele gesticulou para o assento à sua frente. “Por favor.”

Jasmine sentou-se. Lentamente.

Ela não tocou na comida.

Ele tocou.

Ele cortou sua carne sem olhar para cima, o som de sua faca contra o prato rompendo o silêncio.

“Imagino que você não está com fome,” ele disse finalmente.

“Não particularmente.”

“Pena. Eu pedi isso especialmente para você.”

“Da próxima vez, peça liberdade.”

Ele riu. Não se ofendeu. Não se abalou. “Ainda tão afiada. Você vai se desgastar eventualmente.”

“Prefiro morrer.”

O garfo do Caçador parou no ar, depois abaixou novamente.

Eles ficaram sentados em silêncio por um momento, as velas entre eles tremeluzindo como velhos segredos.

“Nunca pretendi que isso fosse cruel,” ele disse.

Jasmine olhou para ele como se tivesse criado chifres. “Você me sequestrou.”

“Eu te mantive viva,” ele corrigiu. “Você teria preferido que eu te deixasse morrer?”

Ela não disse nada.

Caçador colocou seus talheres de lado. “Eu entendo seu ódio. Mas o ódio obscurece o julgamento. Limita o poder. Quero te oferecer outra coisa. Controle. Um futuro.”

“Você quer dizer submissão.”

“Eu quero dizer sobrevivência. Segurança. Talvez até influência — se você for sábia o suficiente para aceitar.”

Ela balançou a cabeça. “Nada disso importa a menos que eu saiba que Xaden está bem.”

“Você já tem o brasão dele,” Caçador disse calmamente. “O cheiro dele. Ele está aqui. Ele está respirando. Isso é mais do que você teria conseguido em qualquer outro lugar.”

“Você ainda não vai me deixar vê-lo?”

“Ainda não. Mas… talvez você precise entender.”

Ele se levantou.

“Venha. Quero lhe mostrar algo.”

Jasmine hesitou, seu estômago se contorcendo. Mas eventualmente, ela se levantou.

Ela o seguiu para fora do grande salão, por um corredor sinuoso e através de um portão estreito. O caminho lá fora se abria para o pátio inferior, banhado pelo luar. Estava silencioso. Guardado, mas calmo.

Ele a conduziu além das paredes, para um pequeno campo atrás do campo de treinamento.

Lá, amarrada a um poste de madeira, estava uma égua. Uma linda égua preta com uma estrela branca na testa. Sua crina brilhava como seda sob o luar. O cavalo virou a cabeça lentamente, calmo e orgulhoso.

Jasmine encarou, prendendo a respiração. “Ela é linda.”

“Ela é tudo que me restou,” Caçador disse suavemente.

As palavras a surpreenderam.

“Ela pertencia a alguém que eu me importava. Faz muito tempo.”

Jasmine o olhou de relance. Havia algo na voz dele. Uma rachadura. Algo enterrado profundamente, meio apodrecido e cheio de tristeza.

“O que aconteceu com eles?” ela perguntou antes que pudesse se conter.

Caçador olhou para longe. “O passado está no passado.”

“Mas isso ainda te assombra.”

Ele não respondeu.

Jasmine olhou de volta para o cavalo. Por um momento, ela esqueceu onde estava. Esqueceu que este era o mesmo homem que a tinha mantido prisioneira, que tinha homens como Leviathan sob seu comando. Nesta luz, sob este céu, ele quase parecia… humano.

E então ele quebrou a ilusão.

“Eu ataquei Xaden porque eu queria você.”

Ela piscou, atordoada.

“O quê?” Seu estômago revirou. “Não. Não. Isso não é—”

E então ela pausou, sentindo-se tonta. “O que você quer dizer com que atacou Xaden por mim.”

“O que você acha?” Ele perguntou.

Jasmine deu um passo para trás. “Você está louco.”

Ele não a seguiu. Ele a deixou recuar.

“Eu não quero você,” ela sibilou. “Eu não quero sua proteção. E com certeza não quero sua piedade.”

A expressão do Caçador não mudou. “Eu não perguntei o que você queria.”

Ela o encarou, fogo e pânico batalhando em seu peito.

“Você não pode reescrever o destino só porque você quer,” ela sussurrou. “Você não pode arruinar vidas só para se sentir melhor.”

“Eu nunca disse que acreditava no destino,” ele disse calmamente.

Então ele se virou, caminhando de volta em direção ao castelo sem olhar para ela novamente.

Jasmine ficou congelada no luar, seu coração retumbando no peito.

E pela primeira vez desde que tinha sido levada, medo e confusão se entrelaçaram.

Porque alguma parte terrível dela não tinha certeza do que a assustava mais—

Que ele a queria.

Ou que parte dela… entendia o porquê.

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