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A Noiva Indesejada do Alfa - Capítulo 473

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Capítulo 473: O Caminho de Anna

O quarto da Anna estava escuro, iluminado apenas pelo piscar fraco da luz de velas.

O suave brilho laranja dançava contra as paredes entalhadas, lançando longas sombras que balançavam como fantasmas. Seu reflexo no espelho estava borrado e exausto—delineador manchado como hematomas, bochechas ruborizadas com a dor da humilhação. O peso da noite pendia sobre ela como uma segunda pele.

Ela estava sentada imóvel, passando um pano no rosto com movimentos lentos e deliberados, como se estivesse apagando a memória do olhar de desgosto de Erik… a condescendência de Fiona… as acusações veladas da Nanny Nia.

Mas pior de tudo—o silêncio de Xaden.

Aquele silêncio havia rachado algo dentro dela.

Ele não a defendeu. Nem mesmo um olhar.

Sempre foi assim. Jasmine chorava, Jasmine tropeçava, e todos corriam. Ela mentia, e o mundo acreditava nela. Ela respirava, e os Alfas se ajoelhavam.

E Anna?

Anna estava sempre apenas lá—sorrindo, perfeita, e totalmente invisível.

Mas não mais.

Uma leve batida na porta a tirou de seus pensamentos.

Ela não se virou. “Entre,” ela chamou secamente, já imaginando quem era.

A porta rangeu ao se abrir e fechou novamente com um clique suave. Ela viu seu reflexo antes de sua voz.

“Noite adorável,” murmurou Uther, seu tom oleoso de familiaridade enquanto ele entrava no quarto.

Anna colocou o pano de lado e se virou lentamente para ele, seus lábios comprimidos em uma linha estreita. “Você disse que encontrou uma maneira de se livrar de Jasmine.”

Ela não perdeu tempo. “Quero ouvir.”

O sorriso de Uther era fino. “E você vai. Mas primeiro—eu preciso da sua palavra. O que eu te digo não sai deste quarto. Sem sussurros, sem dicas, nem mesmo para suas sombras.”

Ela lhe lançou um olhar carrancudo, cada centímetro da mimada e privilegiada criança que fora criada para ser. “Você sabe que eu não direi uma palavra.”

“Diga isso de qualquer maneira,” ele pressionou, voz quieta mas firme.

Ela exalou bruscamente e revirou os olhos, “Tudo bem. Eu juro que não vou contar a ninguém.”

Sua voz carregava a impaciência de alguém acostumado a conseguir o que queria.

Mas algo na quietude de Uther a tornou um pouco mais sóbria. Ele estava sempre calmo. Sempre calculista. E quando ele estava assim—ela sabia que ele tinha algo real.

Ele acenou lentamente, sua expressão ilegível, antes de voltar para a porta. Ele girou a chave na fechadura—um clique de finalização—e então moveu-se novamente em direção a ela com passos pesados e deliberados.

Ele se serviu de uma bebida do decantador na mesa ao lado dela e tomou um gole lento antes de finalmente dizer, “Jasmine ainda está viva.”

Anna congelou.

Sua testa franziu, boca se entreabrindo. “…Como você sabe disso?”

Ele levantou o copo levemente. “Um passarinho me contou.”

“O quê?” Sua voz se aguçou, e agora ela se levantou, quase derrubando a cadeira atrás dela. “O que você quer dizer com ela está viva?”

“Ela está viva,” ele repetiu, saboreando cada palavra como um vinho fino. “Sendo mantida em cativeiro no território do Caçador Alfa. O mesmo Alfa que liderou a emboscada contra Xaden.”

O rosto de Anna ficou sem cor, depois inflamou de raiva.

“O quê?! Aquela desgraçada ainda está respirando?”

Uther riu suavemente. “Sim, ela é.”

Anna marchou em direção à lareira e apoiou as mãos no peitoril, olhando fixamente para as brasas como se elas pudessem oferecer respostas. “Por que você não me contou antes?” ela exigiu.

“Acabei de confirmar.” Ele disse isso tão simplesmente, como se não tivesse acabado de destruir o mundo dela. “Tenho alguém—alguém próximo ao Caçador. Dizem que Jasmine está sendo mantida na torre leste. Ela está trancada, sim, mas segura. Ele está protegendo-a.”

“Protegendo-a?” A voz dela estava estridente agora. “O Alfa que tentou matar meu irmão agora está guardando-a como se ela fosse alguma coisa preciosa?”

Ele assentiu. “Ele até rebaixou um de sua própria alcateia por tocar nela. Tirou-lhe a patente. Transformou-o em nada.”

Anna girou, agora andando de um lado para o outro. Suas unhas cravaram-se nas palmas das mãos. “Claro. Claro que ela encontraria um jeito de fazer até ele se apaixonar por ela. Ela sempre faz. Todos fazem. Xaden, Erik, agora esse bruto. O que ela tem? O que ela tem que faz os homens se tornarem tolos?”

Uther a observou, deixando-a desabafar. Então, com voz baixa, ele disse, “Essa garota é perigosa de mais de uma maneira. Mas ela também é útil. Você não mata uma ameaça como ela. Você a utiliza.”

Anna parou, a respiração ofegante. “Utiliza-la?”

“Ela está próxima do Caçador Alfa,” Uther explicou. “Emocionalmente. Talvez mais. Isso nos dá uma vantagem. Eu disse que tenho alguém por dentro. Podemos encontrá-lo, pagá-lo, fazer com que ele olhe para o outro lado. Com o plano certo… poderíamos fazer parecer que Jasmine estava por trás de tudo. Que ela orquestrou seu próprio desaparecimento. Que ela ajudou a planejar o ataque à Lua Crescente.”

Os olhos de Anna brilharam. “Você quer incriminá-la.”

“Eu quero arruiná-la,” Uther corrigiu. “Não apenas destruir seu corpo. Destruir seu nome. Seu legado. Torná-la intocável.”

Anna riu—um som curto e agudo. “Ela já é odiada. Se fizermos isso direito… o conselho nunca a deixará voltar. O povo nunca a perdoará. E Xaden—”

A expressão dela endureceu. “Xaden nunca olhará para ela da mesma forma.”

“Ela será uma traidora,” Uther disse simplesmente. “Não uma vítima. Não uma cativa. Uma traidora.”

O coração de Anna batia como trovão em seus ouvidos.

Era isso.

O momento que ela estava esperando.

Ela se virou lentamente em direção ao tio, seu rosto calmo novamente, olhos mais frios que o gelo. “Quero conhecer seu informante.”

Uther levantou uma sobrancelha. “Agora?”

“Sim.” Ela não piscou. “Se vou fazer isso, preciso de detalhes. Quero saber a disposição dos terrenos do Caçador. Quero saber quem a guarda. Quero saber o que ela come, quando ela dorme, onde ela esconde suas coisas. Eu preciso de brechas.”

“Você está pensando como uma estrategista agora,” Uther disse, satisfeito. “Mas seja avisada. Esse informante—ele não é… educado. E ele tem suas próprias razões para odiar Jasmine.”

“Ótimo,” Anna disse. “Vamos nos dar muito bem.”

Uther a estudou, então finalmente assentiu lentamente. “Vou providenciar isso.”

“Faça logo,” Anna disse, retornando à sua penteadeira. “Já esperei tempo suficiente. Se vamos atacar, tem que ser limpo. Sem erros. Sem espaço para simpatia.”

Ela pegou seu pincel e o passou pelo cabelo em movimentos suaves e uniformes.

No espelho, os olhos dela encontraram seu próprio reflexo.

Friamente determinada. Bonita de uma maneira quase cruel.

Isso não havia acabado.

Era apenas o começo.

E desta vez — Jasmine não sobreviveria.

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