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A Noiva Indesejada do Alfa - Capítulo 451

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Capítulo 451: A ESPIRAL DE ANNA

A taça de vinho quebrada ainda estava sobre os azulejos de pedra, seu conteúdo carmesim secando como sangue derramado sob o sol da tarde. As outras garotas haviam se dispersado não muito depois da partida dramática de Fiona e Nanny Nia, suas risadas engolidas por um silêncio atônito. Agora, apenas Anna permanecia, de pé em meio aos destroços como uma rainha derrotada.

Ela não se movia. Não conseguia.

Erik está apaixonado por mim.

As palavras ecoavam incessantemente, perfurando as paredes de arrogância que ela havia construído em torno do seu orgulho. Seus dedos tremiam enquanto ela apertava a borda da mesa para se apoiar. Ninguém jamais havia falado com ela daquela forma antes—nem Fiona, nem ninguém. E certamente não na frente dos outros.

Lisa havia tentado falar com ela antes de partir, oferecendo um “Você está bem?” sem entusiasmo, mas Anna a dispensou com um rígido aceno de cabeça.

Agora, sozinha com os destroços de sua ilusão, Anna sentia isso—os rachos em sua armadura. A vulnerabilidade que ela se recusava a reconhecer.

O rosto de Fiona vagueava diante de seus olhos mentais. Tão calma. Tão confiante. Tão certa.

Ela não tinha direito. Nenhum direito de roubar Erik. Nenhum direito de humilhá-la.

Anna voltou furiosamente para dentro da casa, passos pesados e desiguais. Ela bateu a porta de seu quarto atrás de si e se colocou no meio do chão, respirando com dificuldade, punhos cerrados ao lado.

O espelho acima de sua penteadeira capturou sua imagem.

Lágrimas ardiam em seus olhos, mas ela se recusava a deixá-las cair. Em vez disso, ela trincou os dentes e encarou seu reflexo.

“Ela está mentindo”, sussurrou. “Ela tem que estar.”

Mas a taça de vinho não havia se quebrado por uma mentira. A voz de Fiona não havia tremido com incerteza.

E Erik… ele estava distante. Frio até. Desde que Jasmine chegou, desde que tudo começou a se desintegrar, Anna sentia seu domínio afrouxando. Primeiro seu irmão, depois Erik. Agora, até mesmo as garotas que uma vez seguiam seu riso estavam começando a duvidar dela.

Ela chutou o banco da penteadeira com um sorriso cruel. Ele deslizou pela sala e bateu na parede.

Jasmine. Tudo isso era culpa de Jasmine.

A garota havia se insinuado na vida de Xaden, em seu coração. Ela o enfeitiçou, o distraiu, o enfraqueceu. E agora, ele estava desaparecido, sangrando em algum lugar ou morto em alguma floresta—e Anna foi deixada para trás, impotente.

Sempre foi assim. Não importa o que ela fizesse, outra pessoa conseguia o que ela queria.

Ela era a irmã do Alfa, e mesmo assim ninguém a ouvia. Ela havia avisado sobre Jasmine desde o início, mas todos achavam que ela estava com ciúmes.

Ciúmes. Como se aquela garota frágil valesse a pena invejar.

“Eu não estou com ciúmes”, Anna rosnou para o espelho. “Eu não estou.”

Mas o reflexo que a encarava dizia o contrário—cabelo bagunçado, olhos vermelhos, lábios tremendo.

Ela recuou, balançando a cabeça, e sentou-se pesadamente na cama.

O silêncio era ensurdecedor.

Memórias começaram a despertar. Erik ajudando Fiona a descer do cavalo após o treino. Os olhares silenciosos que compartilhavam quando achavam que ninguém estava olhando. A forma como Erik sempre parava quando Fiona entrava numa sala, como se não pudesse evitar.

Sempre esteve ali, ela percebeu.

Ela apenas se recusava a ver.

Um soluço subiu por sua garganta e escapou antes que ela pudesse engoli-lo.

Não era assim que deveria ser. Ela deveria ser a pessoa que todos admiravam. Ela deveria ser a que Erik admirava. Aquela em quem seu irmão confiava. Aquela que permanecia ao lado dele quando ele voltasse para a alcateia em glória.

Mas agora Jasmine havia desaparecido na floresta com Kire, Erik estava fora desempenhando o papel de herói, e Fiona—a Fiona de olhos dóceis e voz suave—havia exposto ela para todos verem.

E o pior de tudo?

Ninguém veio em sua defesa.

Nem Lisa. Nem Lily. Nem mesmo seu próprio irmão, porque ele estava ausente.

Ela cravou as unhas em suas palmas, apertando até doer, como se a dor pudesse ancorá-la. Seu peito se erguiu, fúria e vergonha como um incêndio sob sua pele. Ela sempre foi orgulhosa, sempre calculada—mas hoje, Fiona a desfez em uma frase.

“Eu não vou ser deixada de lado”, ela sussurrou. “Eu não vou.”

Sua mente corria, procurando um plano, algo—qualquer coisa—que a colocasse de volta ao topo.

Então uma semente de pensamento enraizou-se no caos.

Se Jasmine não voltasse…

Se Xaden nunca retornasse…

O quê então?

Ela poderia se tornar algo mais. Se seu irmão nunca voltasse, a alcateia precisaria de liderança. Eles precisariam de alguém forte. Alguém que entendesse de poder. Alguém com laços de sangue.

Ela se tornaria essa pessoa.

E Erik—ele viria. Ele teria que vir. Fiona era uma distração. Uma fraqueza passageira. Uma vez que Jasmine estivesse verdadeiramente ausente, e Fiona fosse tratada…

O rosto de Anna se contorceu em um sorriso cruel ao se levantar novamente.

A dor não passou, mas algo se estabeleceu sobre seu coração—uma escarcha amarga, fria e clara.

Ela caminhou até a penteadeira, arrumando o cabelo lentamente, metodicamente. Suas mãos ainda tremiam, mas ela se forçou a se acalmar. A respirar. Pintou seus lábios no mesmo carmesim de seu xale e olhou uma vez mais para si mesma no espelho.

A mulher que a encarava não estava chorando mais.

Anna virou-se e abriu a gaveta ao lado da cama. Escondida sob um manto dobrado estava uma corrente fina de prata—delicada e afiada.

Uma memória grudada nela. Um sussurro de Uther, seu tio, quando ele a mostrou pela primeira vez. “Se você precisar lembrá-los quem você é.”

Ela deslizou no bolso, só por precaução.

Lá fora, o sol se punha mais baixo, lançando sombras longas pela casa da alcateia. Um frio invadia os salões.

Anna saiu de seu quarto, seu olhar afiado e frio.

Deixe que sussurrem. Deixe que duvidem.

Ela lembraria a todos por que o sangue dos Alfas corria em suas veias.

E mesmo se aquela vadia Jasmine ousasse voltar para esta alcateia?

Ela garantiria que a garota se arrependesse de ter pisado nesta alcateia.

Morrrer fora seria melhor do que o que ela teria que enfrentar.

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