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Capítulo 448: O ENCONTRO

A respiração de Marro saía em curtos e afiados arfares enquanto ele se lançava pelo matagal, arranhões decorando seus braços e pernas como marcas de guerra.

O sol do meio-dia filtrava-se pelo dossel acima, quente e dourado, mas não oferecia conforto. Não para ele. Não para um garoto que não tinha casa, nem família, e nenhum futuro para onde correr.

Ele tropeçou em uma raiz, recuperou-se, e continuou correndo.

Ele não sabia para onde estava indo, apenas que precisava continuar se movendo.

Se parasse, as memórias o alcançariam. E elas o afogariam.

Ele tinha visto toda a sua família morta.

Ele lamentou o fato de que nunca mais teria uma família normal.

Era tudo culpa dele.

O Caçador Alfa havia chegado como uma sombra com presas.

Um monstro vestido de lobo. Ele rasgou através de sua casa, através de sua alcateia, através de tudo.

E Marro, com apenas onze anos, havia entendido o que aquilo significava.

Agora que ele havia perdido tudo, ele entendia melhor.

Agora ele era apenas um fantasma nas árvores.

Sozinho.

Faminto.

Aterrorizado.

Mas ainda se movendo.

Porque em algum lugar lá fora, alguém tinha que ajudar.

Alguém tinha que se importar.

~~~~~~~~~~~~~~

A floresta havia se adensado quando Jasmine parou para descansar. Ela desceu das costas de Kire, suas botas afundando no solo lodoso enquanto ela esfregava a barriga inchada. O bebê havia começado a chutar novamente. Ela sussurrou um pedido de desculpas suave.

“Eu sei,” ela murmurou, passando a palma sobre a curva de seu estômago. “Isto é imprudente. Mas eu preciso encontrá-lo.”

Kire soltou um leve rosnar de concordância, cutucando seu lado com o nariz. Jasmine olhou para o dossel.

O sol já havia passado do auge, e o tempo escapava por entre seus dedos.

A cada minuto que Xaden permanecia desaparecido, sentia-se como uma faca em seu peito.

Eles não conseguiram rastrear o cheiro dele. Era como se a floresta o tivesse engolido inteiro.

Mas os atacantes… seu cheiro havia persistido. E Jasmine, teimosa como sempre, decidiu segui-lo.

Ela subiu de volta nas costas de Kire, agarrando-se firmemente enquanto o lobo corria pelas árvores.

Eles seguiram a trilha desvanecente, fraca, mas ainda lá. Ainda real.

Então, do nada, Kire parou abruptamente, garras cravando-se na terra.

Uma figura pequena havia tropeçado em seu caminho.

Jasmine ofegou e puxou a pele de Kire para se equilibrar.

O garoto, magro e sujo, não mais que dez ou onze anos, ficou parado como um cervo pego no farol.

Seus olhos castanhos selvagens travaram nos dela. Então ele se virou e disparou.

“Espere!” Jasmine chamou. “Está tudo bem, nós não vamos te machucar!”

O garoto não parou. Seus membros tremiam, as pernas se movendo com pânico.

Mas ele estava lento pela fome, e Jasmine podia ver como seus joelhos cedia levemente a cada passo.

Kire não perseguiu. Jasmine deslizou para baixo e aproximou-se lentamente, tomando cuidado para não assustá-lo ainda mais.

“Oi,” ela disse suavemente, agachando-se e abrindo a pequena bolsa de couro em sua cintura. “Você está com fome?”

O garoto hesitou, seus olhos estreitando-se. Ele parecia que iria correr novamente.

“Eu tenho comida,” ela disse, puxando uma tira de carne seca. “Você pode ficar com ela. Eu não estou pedindo nada em troca.”

Ele hesitou por mais um momento. Então, cautelosamente, ele se aproximou.

Ele agarrou a carne da mão dela, os olhos ainda desconfiados, e deu uma pequena mordida.

“Obrigado,” ele murmurou, mastigando como alguém que não comia há dias.

“De nada,” Jasmine disse gentilmente. “Você não precisa ter medo de mim.”

O garoto olhou para cima, mastigando mais devagar agora. “Você não é um deles?”

Jasmine franziu a testa. “Um deles quem?”

Ele não respondeu.

Ela não insistiu. Ela acenou com a cabeça em direção ao caminho. “Pode seguir o seu caminho. Fique seguro.”

Ele deu um pequeno aceno e se virou.

Mas assim que fez isso, as orelhas de Kire se levantaram, e ele soltou um rosnado baixo e focado.

Os olhos de Jasmine se viraram abruptamente para o lobo, enquanto ele avançava com propósito, nariz baixo no chão, seguindo algo.

“Kire?” ela chamou. “O que foi?”

O garoto se virou, confuso, enquanto o grande lobo de repente disparava em sua direção.

“Não!” gritou Jasmine. “Espere… Kire!”

O garoto gritou e tentou correr, mas suas pernas cederam. Ele desabou no chão, cobrindo a cabeça enquanto Kire avançava.

E parou.

Não houve ataque. Nenhuma mordida.

Nem sangue.

Em vez disso, Kire cheirou a camisa do garoto, farejou intensamente, e então alcançou a bolsa rasgada do garoto com um empurrão experiente.

Ele puxou algo pequeno, envolto em couro.

Uma pulseira.

Jasmine arfou.

Ela correu para frente, ajoelhando ao lado de Kire e pegando o objeto com mãos trêmulas. Seus olhos se arregalaram.

O material era couro de lobo, marcado com uma insígnia entalhada que ela conhecia muito bem, a marca de Xaden.

Levemente rasgada na borda, manchada com algo escuro. Sangue, talvez.

Ela tocou gentilmente a insígnia marcada e teve relances de memória.

Ela levou ao lábios e fechou os olhos.

Ela olhou para o garoto, sua voz sem fôlego. “Onde você conseguiu isto?”

O garoto se fechou instantaneamente, olhos movendo-se ao redor, em pânico.

“Eu não vou te machucar,” Jasmine disse novamente.

Ela colocou uma mão sobre seu ventre, sua voz tremendo. “Por favor. Eu juro pelo meu bebê que ainda não nasceu. Estou apenas tentando ajudar. Preciso encontrar o homem que possui isto.”

Os olhos do garoto caíram em sua barriga, e ele piscou lentamente.

“Ele está em perigo,” Jasmine sussurrou. “Por favor. Você poderia me ajudar a salvá-lo.”

Por um momento, nada.

Então, em uma voz baixa, o garoto disse, “Meu amigo me deu.”

O fôlego de Jasmine se interrompeu. “Seu amigo?”

O garoto olhou para seus pés. “Ele estava machucado. Muito machucado. Eu o ajudei.”

Lágrimas arderam nos olhos de Jasmine. “Ele… ele está vivo?”

O garoto assentiu, lentamente. “Ele estava quando eu o deixei.”

O alívio quase fez seus joelhos cederem. Ela estendeu a mão e tocou gentilmente o ombro do garoto.

“Qual é o seu nome?”

“…Marro.”

“Marro,” ela sussurrou. “Você pode me levar até ele?”

Ele desviou o olhar. “Eu não sei se ele ainda está lá. Eu não queria que eles me seguissem. Se o fizerem, vão matá-lo também. Como fizeram com minha família.”

Jasmine o encarou, seu coração se partindo em pedaços.

Este garoto havia perdido tudo, ela podia ver em seus olhos, mas ainda assim ele havia protegido Xaden.

Ainda se importava.

“Marro,” ela disse, a voz embargada. “Você é o garoto mais corajoso que já conheci.”

Ele não sorriu, mas algo em seus olhos suavizou.

Jasmine olhou para o céu. O sol estava começando a se inclinar. O tempo estava escorregando novamente.

Mas agora… agora ela tinha esperança.

E ela não ia desistir.

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