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Capítulo 440: JORNADA

O fogo na câmara do conselho crepitava baixo, lançando sombras longas e trêmulas nas paredes de pedra. Era tarde—tarde demais para uma reunião formal—mas Uther não os havia convocado para negócios oficiais. Os três guardas mais velhos que estavam sentados à mesa já haviam servido ao pai de Xaden. Eles eram leais à alcateia, mas a lealdade podia se dobrar quando alimentada com medo suficiente, incerteza e ambição. Uther serviu-se de uma bebida da garrafa de vidro e então gesticulou para os outros. “Bebam, irmãos. A noite é longa e pesada.”Um dos anciãos, Bryn, tomou um gole cauteloso. Ele estava com a barba grisalha e se movia devagar esses dias, mas ainda era perspicaz quando importava. “Você disse que isso não era um assunto oficial, Uther. Então, por que o sigilo?”Uther recostou-se na cadeira, fazendo girar o líquido âmbar. “Porque estes são tempos incertos, velho amigo. Nosso Alfa está desaparecido. Seu sangue na trilha, nenhum sinal há dias. As pessoas estão começando a fazer perguntas.”Os homens se movimentaram, desconfortáveis. Merek, o guerreiro de ombros largos com uma cicatriz descendo pela bochecha, franziu a testa. “Nós não desistimos do nosso Alfa tão rapidamente. Equipes de busca ainda estão fora—” “E ainda assim eles retornam de mãos vazias,” Uther interrompeu suavemente. “E enquanto isso, a alcateia fica inquieta. A Futura Luna está isolada, assustada. O círculo interno está disperso. E a pergunta que ninguém quer fazer paira em cada sombra—o que acontece se Xaden não voltar?”Um silêncio frio se instalou sobre a mesa. O terceiro ancião, Callen, passou a mão sobre a boca. “Ele é um lobo forte. Ele sobreviveu a piores.”Uther assentiu solenemente. “Eu rezo para que você esteja certo. Mas a liderança exige que planejemos para cada resultado. Não podemos deixar esta alcateia cair no caos. Os rivais que cercam nossas fronteiras sentirão a fraqueza como sangue.”Bryn estreitou os olhos. “O que você está sugerindo?”Uther colocou o copo na mesa com um leve tilintar. “Um conselho temporário. Apenas até Xaden retornar—se ele retornar. As pessoas precisam de força visível. Nós damos isso a eles. Segurança. Ordem.”O maxilar de Merek se apertou. “E quem lideraria esse conselho, Uther?”Ele deu de ombros modestamente. “Eu não presumiria. Mas eu sou de sangue de Alfa. Eu já liderei homens. Mantive nossas fronteiras intactas enquanto o jovem Alfa corria selvagem pela floresta.”Callen parecia não estar convencido. “A alcateia nunca questionou a liderança de Xaden. Até agora.” “Não abertamente,” Uther disse em silêncio. “Mas não confunda silêncio com lealdade. As pessoas estão assustadas. Especialmente agora com Jasmine aqui, os rumores circulando… sobre acidentes, maldições, seu sangue humano…”Suas palavras se dissiparam como fumaça, deliberadamente deixando espaço para a suspeita proliferar.Merek bateu com a palma da mão na mesa. “Aquela garota carrega o herdeiro do Alfa!” “E o que acontece se o Alfa estiver morto?” Uther perguntou, quase gentilmente. “Que futuro esta alcateia tem sob uma garota assustada, não transformada, que nem mesmo conhece nossas leis? Somos protetores do legado. Não somos guiados por sentimentos.”Bryn encarou Uther por um longo momento. “Você tem pensado nisso há algum tempo.”Uther não negou. “Eu só pensei no que é melhor para a alcateia. Xaden é meu sangue, e eu morreria antes de traí-lo. Mas se ele realmente se foi, alguém precisa estar pronto para carregar o peso.”O silêncio esticou-se novamente.Callen finalmente falou, com a voz baixa. “Esperemos que não chegue a isso.”Uther se levantou e ajustou seu casaco escuro, a luz do fogo refletindo em seus olhos como brasas gêmeas. “Esperança é um plano pobre, Callen. Mas você está certo. Vamos esperar.”Ele os deixou ali—incertos, divididos, mas pensativos. Isso era suficiente.Mais tarde naquela noiteUther caminhou lentamente pelo salão da propriedade do Alfa, suas botas ecoando suavemente na pedra. A luz das tochas fazia seu perfil parecer esculpido em sombra e orgulho. Ele passou pela porta trancada dos registros do conselho e pausou brevemente, os dedos tocando a maçaneta fria. Em breve, as portas se abririam para ele sem questionamento.Ele continuou, acenando para um jovem guarda que se empertigou. O rapaz era mal de idade, olhos ansiosos e verde com ambição. O tipo de recruta de Uther. Fácil de moldar.De volta aos seus aposentos, Uther serviu-se de outra bebida e se sentou à sua mesa de escrever. Ele rabiscou algumas notas no pergaminho—nomes, posições, lealdades. Ele circulou um:Erik.O jovem guerreiro era um problema. Muito próximo de Jasmine. Muito vocal. Muito ousado. E ultimamente, muito curioso.Uther recostou-se e olhou para a chama trêmula da vela. Se Jasmine começasse a fazer as perguntas certas—e Erik começasse a dar as respostas certas—tudo poderia se desfazer antes que ele estivesse pronto.Não. Isso não poderia acontecer.Ele precisaria distraí-los. Dividi-los, se possível.E se Xaden retornasse… bem, os planos poderiam mudar.Mas se ele não voltasse…Uther tomou outro gole, sorriu para si mesmo e sussurrou, “Então a alcateia terá um novo Alfa.”

~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ A casa da alcateia tinha ficado mais silenciosa nos últimos dias, uma aura de tensão se instaurando em cada corredor, cada conversa sussurrada. Mas esse silêncio foi quebrado logo após o meio-dia quando as pesadas portas de madeira do salão se abriram abruptamente. Um dos batedores estava lá, ofegante e coberto de lama, seus olhos arregalados.”Alfa Erik,” ele arquejou, curvando-se apressadamente. “Nós encontramos algo.”Erik já estava de pé, sua mão agarrada à parte de trás de sua cadeira. Jasmine, sentada do outro lado da mesa ao lado da Babá Nia, congelou. Ela percebeu o tremor na voz do batedor, a selvageria em seu cheiro. Algo estava errado. Terrivelmente errado.O homem avançou mais, retirando um pedaço de pano rasgado de seu cinto. O tecido que outrora era preto estava desfiado e encharcado de sangue seco.”Nós encontramos isso na floresta. Cerca de quatro milhas ao norte, além da crista perto da curva do rio,” ele disse. “É parte do manto do Alfa Xaden.”O coração de Jasmine batia violentamente contra suas costelas.”Há mais,” o batedor continuou gravemente. “Três dos guerreiros que estavam com ele… encontramos seus corpos.”Um som escapou de Jasmine—meio suspiro, meio soluço—e suas mãos instintivamente foram até seu ventre. Babá Nia a alcançou, mas Jasmine já havia se levantado.”Não,” ela sussurrou. “Não, ele não pode estar…””Eles estavam mortos?” Erik perguntou, avançando, voz afiada com urgência.O batedor assentiu. “Sim. Massacrados. Suas gargantas foram arrancadas. Nenhum sinal do próprio Xaden.”A expressão de Erik endureceu. “Reuna sua unidade novamente. Eu quero ver o local eu mesmo. Nós partiremos dentro de uma hora.”Jasmine respirou fundo, então disse, “Eu vou com você.”Erik se virou bruscamente. “Não. Jasmine—””Eu disse que vou,” ela rebateu, embora sua voz vacilasse. “Ele é meu companheiro.”Erik olhou para a Babá Nia em busca de apoio. “Ela não pode, não em sua condição. É perigoso.”Mas a Babá Nia hesitou, vendo o fogo nos olhos de Jasmine, o feroz, maternal medo que nenhuma razão podia extinguir. Ainda assim, ela tentou. “Minha doce menina, ouça-me—se algo está lá fora capaz de matar guerreiros, pode vir atrás de você em seguida. Você deve pensar no bebê.”A mandíbula de Jasmine tremeu, mas ela ficou firme. “Estou pensando no bebê. Essa criança crescerá sabendo que eu não fiquei parada e não fiz nada enquanto seu pai sangrava sozinho na floresta.”As palavras deixaram um pesado silêncio pairando na sala.Erik soltou uma respiração lenta, finalmente assentindo. “Se você vier, fique perto de mim. Um passo fora da linha e eu a arrastarei de volta eu mesmo.”Babá Nia apertou a mandíbula mas não disse nada. Ela sabia melhor do que tentar acorrentar Jasmine quando ela já havia tomado sua decisão.A Jornada na FlorestaA floresta estava mais escura do que deveria estar. Embora o sol ainda não tivesse se posto, nuvens tinham se acumulado espessas e pesadas, lançando uma escuridão sobrenatural sobre as árvores cobertas de musgo.Jasmine cavalgava atrás de Erik, cercada por quatro guardas armados. Seu coração batia como trovão em seus ouvidos enquanto passavam entre os galhos retorcidos, mais fundo na mata. Os cheiros de pinho e terra eram intensos no ar—mas havia algo mais também, algo rico em ferro e amargo.Sangue.Eles chegaram à clareira devagar, o batedor levantando a mão enquanto se aproximavam.”É aqui que encontramos,” ele disse.Os olhos de Jasmine imediatamente se fixaram no pano manchado de sangue que havia sido colocado sobre um galho baixo. Erik deslizou de seu cavalo e se moveu em direção a ele, agachando-se perto da grama pisoteada onde o chão estava escuro com sangue seco.Um corpo havia estado aqui.Três deles, Jasmine se lembrou.Ela desmontou também, ignorando os suaves xingamentos da Babá Nia atrás dela. Suas botas se apertaram no musgo úmido enquanto ela se aproximava da clareira.Havia sinais de luta por toda parte—gravetos quebrados, marcas de garras na casca, terra revolvida. E o sangue. Deuses, havia tanto sangue.Jasmine ficou parada, cada parte de seu corpo doendo. Onde você está, Xaden?”Não há corpo aqui,” Erik murmurou. “Ele estava aqui, mas agora não está.””O que isso significa?” Jasmine perguntou roucamente.”Isso significa que ou ele escapou…” Erik disse, “ou alguém o levou.”O pensamento a gelou até o âmago.Um dos guardas se aproximou. “Sem rastros além deste ponto. O que quer que tenha acontecido… terminou aqui.”Babá Nia veio ao seu lado e tocou seu braço gentilmente. “Deveríamos ir agora. Você já viu o suficiente.”Mas Jasmine não se moveu. Seus olhos estavam fixos nos restos ensanguentados do manto de Xaden flutuando ao vento como uma bandeira moribunda. Sua mão tremeu enquanto estendia a mão para ele.”Isso não parece certo,” ela disse suavemente. “Xaden não simplesmente… desapareceria.”A boca de Erik se apertou. “Eu sei. E eu não gosto do fato de Uther estar pressionando o conselho por trás das cenas. Ele está tramando algo.”Jasmine se virou abruptamente. “Você acha que ele teve algo a ver com isso?””Eu acho que ele está aproveitando a ausência de Xaden demais,” Erik disse sombriamente. “E pessoas como ele não esperam—elas atacam quando há sangue na água.”Jasmine engoliu em seco, o temor acumulando-se em seu estômago.Atrás deles, trovão roncava à distância, baixo e ameaçador.

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