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Capítulo 439: O SOLDADO DESAPARECIDO

O fogo crepitava suavemente na lareira, mas Jasmine mal sentia seu calor.

Ela estava sentada à mesa comprida de jantar, cercada por murmúrios e tilintar de talheres, mas seu foco estava a milhares de milhas de distância. Sua mão descansava sobre seu estômago, o polegar traçando um círculo lento sobre a curva. Uma tranquila garantia para si mesma tanto quanto para a vida dentro dela.

Ainda nenhuma notícia. Nenhuma novidade. Nenhum sinal de Xaden. Seu peito doía com um medo quieto e persistente.

A cadeira ao lado dela arranhou. Anna sentou-se com um floreio de suas longas mangas, como se fosse a senhora da casa.

Jasmine não olhou para ela.

“Meu Deus, você está pálida,” Anna disse docemente, alcançando um copo de vinho. “Como você está se sentindo, Jasmine? E o bebê?”

“O bebê está bem,” Jasmine respondeu friamente, sem se dar ao trabalho de encontrar seu olhar.

“Oh, é bom saber,” Anna disse, com aquele sorriso insincero que usava como perfume — sufocante e falso. “Todos nós ficamos tão preocupados depois do seu… acidente.”

Nanny Nia, sentada ao outro lado de Jasmine, soltou um pequeno bufar.

Anna virou a cabeça bruscamente. “Havia algo engraçado, serva?”

Nanny Nia reclinou-se, cruzando os braços sobre o peito. “Foi Alfa Xaden que me deu este assento. E enquanto essa cadeira continuar vazia, falarei como quiser.”

Algumas pessoas mais adiante na mesa ficaram em silêncio. Jasmine sentiu a tensão ondular como uma rachadura no vidro.

O sorriso de Anna se apertou, seus dedos se contraindo ligeiramente ao redor do caule de seu copo. “Bem, alguém deveria lembrar você de cuidar da sua língua.”

Nanny Nia ergueu uma sobrancelha. “E alguém deveria lembrar você de não fingir preocupação quando nunca a teve.”

Jasmine fitou seu prato, coração acelerado — não pela discussão, mas pelo medo crescente que havia se acumulado durante todo o dia. Ela se forçou a respirar.

Lily, sentada do outro lado da mesa, interrompeu com uma voz suave. “Jasmine, você está quieta. Como você está se sentindo?”

Jasmine ergueu o olhar e conseguiu um sorriso forçado. “Estou bem.”

Mas ela não estava.

Cada hora que passava sem notícias das patrulhas entalhava mais um sulco de medo em seus ossos. Xaden deveria ter voltado há dias. Mesmo que ferido, mesmo que atrasado, alguém deveria ter mandado notícias.

Ela se virou para Erik, que mal havia tocado sua comida. “Você ouviu alguma coisa?” ela perguntou, voz baixa. “Sobre Xaden?”

Erik olhou para ela e, em seguida, rapidamente desviou o olhar.

“Logo haverá notícias,” ele disse. “Ele é um guerreiro. Ele estará de volta antes que você perceba.”

Suas palavras eram suaves demais, praticadas demais. E o pior de tudo — não soavam como verdade.

O estômago de Jasmine se revirou.

Ela não disse mais nada depois disso. Brincou com a comida mas não comeu. O barulho da sala se desvanecia em um zumbido distante.

Então veio a interrupção.

“Erik.” A voz profunda de Uther atrás dele.

Erik enrijeceu ligeiramente antes de se levantar. “Com licença.”

O olhar de Jasmine o seguiu enquanto ele se afastava com o tio de Xaden — o homem que estava circulando o poder como um abutre por semanas. Toda vez que ela via Uther, sua pele arrepiava. Havia algo escuro atrás de seus olhos, uma sombra que ela não conseguia nomear, mas que podia sentir.

“Acho que vou descansar,” ela disse, levantando-se cuidadosamente.

“Vou caminhar com você,” Nanny Nia ofereceu.

Jasmine balançou a cabeça. “Não. Eu… Eu só quero um momento sozinha.”

Ela deixou o salão silenciosamente, cabeça baixa, mãos trêmulas. Mas ela não se dirigiu para seus quartos.

Ela seguiu.

Os corredores de pedra sussurravam com ar frio enquanto ela descia o corredor lateral, seguindo Erik e Uther à distância. Ela ouviu suas vozes antes de vê-los — discutindo, afiadas, como lobos rosnando sobre uma carcaça.

“…você não trouxe um único pedaço de prova de que ele está vivo,” Uther estalou. “E a alcateia está ficando nervosa.”

“Você quer o assento dele,” Erik rosnou. “É só isso que é.”

“Eu quero estabilidade,” Uther retrucou. “E suas garantias vazias não são suficientes. Você disse à garota no jantar que haveria notícias. Mas você não sabe nada, sabe?”

Jasmine parou fria atrás da pilastra.

“Você nem sabe onde ele está.”

O silêncio que se seguiu foi ensurdecedor.

Então Erik, voz baixa e raivosa, disse, “Ele não está morto. Eu saberia. Todos nós saberíamos.”

“Continue dizendo isso a si mesmo,” Uther respondeu. “Mas suas mentiras vão se desfazer. E quando acontecer, não será apenas a garota que perderá a cabeça. Será toda a alcateia.”

Seus passos se afastaram, e Jasmine permaneceu congelada atrás da pedra. Seu pulso martelava em seus ouvidos.

Erik tinha mentido para ela.

Ele não sabia. Ninguém sabia.

E agora, a única pessoa em quem ela confiava havia sumido, e as pessoas que restaram estavam se destruindo.

Lágrimas arderam em seus olhos, mas ela piscou para afastá-las. Ela colocou a mão sobre o estômago novamente e inspirou profundamente.

“Eu vou te encontrar,” ela sussurrou para a criança. “Não importa o que aconteça… Eu o encontrarei.”

~~~~~~~~~

A lua pairava alta e pálida sobre as árvores, lançando longas faixas prateadas pelo chão. A mansão estava quieta agora, envolta no tipo de silêncio que só vem após a meia-noite — quando a maioria se entregou ao sono ou aos segredos.

Anna deslizou pela porta lateral em sua capa de noite, seus movimentos silenciosos e propositais. O frio beliscava sua pele enquanto ela rastejava pelo caminho do jardim em direção à antiga casa de armazenamento perto dos estábulos ocidentais — o local de encontro. Um fino facho de luz de lanterna brilhava pela porta entreaberta. Ela a abriu e encontrou Lisa já dentro, andando de um lado para o outro.

Lily estava sentada em uma caixa, retorcendo as mãos, seu rosto pálido ainda mais pálido à luz fraca.

“Bem?” Anna perguntou, fechando a porta atrás de si. “Algum sinal dele?”

A expressão de Lisa era afiada, seu maxilar tenso. “Nada. Nem um sussurro. É como se o corpo tivesse desaparecido.”

Lily soltou um suspiro trêmulo. “Ninguém disse nada. Nem mesmo os guardas. Você pensaria que alguém teria notado até agora…”

Anna cruzou os braços. “É isso que está me incomodando.”

Lisa deu-lhe um olhar. “Você acha que eu não sei disso? Eu armei tudo. Eu vi ele se enforcar. Eu me certifiquei de que o pescoço dele quebrasse da maneira certa. E agora—” ela parou, o peito subindo e descendo rápido, “—agora não há nada.”

Anna a estudou. “Você tem certeza de que ele estava morto?”

O rosto de Lisa se contorceu. “Sim. Eu não sou idiota.”

O silêncio caiu novamente, espesso e tenso. Lá fora, uma coruja piou em algum lugar nas árvores.

“Então, o que isso significa?” Lily perguntou, sua voz mal acima de um sussurro. “Que alguém o moveu? Que alguém viu?”

Lisa sentou-se pesadamente em um barril. “Se alguém nos viu, já teria dito algo. A não ser que…”

Os olhos de Anna se estreitaram. “A não ser que estejam esperando.”

Lily olhou para cima, alarmada. “Esperando o quê?”

Anna não respondeu. Ela já estava pensando dois passos à frente. A situação havia passado de arriscada para volátil. Eles haviam matado Rudy. Lisa havia garantido que fosse silencioso, que parecesse suicídio — um final triste e trágico para um homem que bebia demais e guardava muitos segredos. Deveria ter passado sem mais do que uma ondulação.

Em vez disso, era um buraco negro engolindo seus planos por inteiro.

Lisa se levantou novamente, seu tom ficando mais frio. “Deveríamos ter descartado o corpo nós mesmas. Eu sabia disso.”

“Você o matou sozinha,” Lily estalou, surpreendendo ambas. “Você não nos perguntou antes.”

Lisa virou-se para ela, os olhos brilhando. “E se eu tivesse? Você teria ficado lá torcendo as mãos do jeito que está agora. Eu fiz o que precisava ser feito. Ele nos viu. Ele ia contar.”

Anna levantou a mão. “Chega.”

Elas ficaram em silêncio de imediato.

Anna andou até o outro lado da sala e encostou-se na parede, os olhos distantes. “Ninguém perguntou sobre ele. Nenhuma busca. Nenhuma menção no jantar. Nada.”

“Isso é bom, certo?” Lily perguntou. “Talvez eles não tenham notado ainda.”

Anna balançou a cabeça devagar. “Ou talvez alguém já saiba. E eles estão observando.”

Lisa cruzou os braços. “Você acha que Jasmine—”

“Não,” Anna disse friamente. “Ela está muito distraída. Ela está preocupada com Xaden e mal consegue se manter junta. Mas Erik…”

Ela parou, franzindo o cenho.

Lily engoliu em seco. “Você acha que ele sabe?”

“Se ele ainda não sabe, saberá em breve. Ele e Rudy eram próximos,” Anna murmurou. “Mais próximos do que percebemos.”

Lisa zombou. “Ele ainda era um cavalariço.”

“Sim,” Anna disse, virando-se para encará-las. “Mas um leal. Rudy estava fazendo perguntas antes de morrer. Sobre o cavalo. Sobre o dia em que Jasmine caiu.”

Lily cobriu a boca. “Você acha que ele descobriu?”

Anna encontrou o olhar dela, olhos escuros firmes. “Acho que ele estava muito perto. É por isso que Lisa o matou.”

Lisa não negou.

Houve um momento de quietude novamente. Então Lily perguntou, “O que fazemos se alguém encontrar o corpo?”

“Esperamos que ainda pareça suicídio,” Lisa murmurou.

Anna exalou lentamente. “Não. Se eles encontrarem agora — dias depois, escondido — isso levantará mais suspeitas. E se houver sequer uma marca que não se alinhe com um enforcamento…”

Ela deixou a frase no ar, inacabada.

Lisa começou a andar de novo. “Então estamos perdidas.”

Anna entrou no caminho dela. “Não estamos perdidas. Apenas precisamos ficar calmas. Não dizer nada. Agir normalmente.”

“Agir normalmente?” Lisa sibilou. “Há um homem morto desaparecido e não sabemos onde diabos ele está!”

“Mantenha sua voz baixa!” Anna estalou.

Lily tremeu onde estava sentada. “Não consigo dormir. Fico pensando que ele vai aparecer na minha porta.”

A voz de Anna se tornou cortante. “Então crie coragem. Não podemos nos dar ao luxo de desmoronar agora.”

Lisa encarou-a. “Fácil para você dizer. Você não amarrou a corda. Você não sentiu o peso dele cair.”

“E você deveria ter garantido que parecesse limpo,” Anna sibilou. “Você prometeu.”

“Eu fiz,” Lisa latiu. “Mas talvez alguém tenha chegado antes de nós. Ou talvez alguém tenha movido o corpo. Ou—”

“Ou talvez ele não tenha morrido,” Lily sussurrou, seus olhos arregalados e vidrados.

Ambas as mulheres viraram-se para ela bruscamente.

“Ele está morto,” Lisa disse. “Não seja estúpida.”

“Mas… e se não estivesse? E se ele—”

“Chega!” Anna disse. “Não importa como ou por que o corpo está desaparecido. Tudo o que importa é o que fazemos agora.”

Lisa deu um passo à frente. “Então? Qual é o seu plano, oh líder sábia?”

Os lábios de Anna se curvaram em um sorriso apertado e praticado. “Nós esperamos. Nós ouvimos. Nós observamos.”

Ela se virou para a porta, sua capa farfalhando suavemente. “E se alguém começar a fazer perguntas — especialmente Erik — nós garantimos que encontrem as respostas que queremos que eles encontrem.”

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