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Capítulo 438: UMA COBRA

A porta mal havia se fechado antes que Nanny Nia soltasse um baixo rosnado irritado do fundo de sua garganta.

“Ela te odeia,” Nia murmurou enquanto caminhava pela beirada do quarto. “E eu não me importo com o quão doce ela tenta soar, ou com quantas vezes ela usa renda e perfume para mascarar—ela te odeia.”

Jasmine recostou-se contra seus travesseiros, olhos fechados, mãos descansando sobre o suave inchaço de seu estômago.

“Nia,” ela murmurou. “Por favor.”

“Eu estou falando sério,” Nia continuou, suas botas batendo suavemente contra o chão de madeira. “Você viu o jeito que ela olhou ao redor do quarto como se estivesse vasculhando o lugar. Como se estivesse apenas esperando encontrar uma brecha. Algo para cutucar.”

Jasmine abriu os olhos lentamente. “Ela sempre olha daquele jeito.”

“E esse é o problema,” Nia retrucou. “Por que ela está aqui mesmo? Depois de tudo, depois de todos os rumores e o jeito que ela ronda Erik como se estivesse marcando seu território. Que razão ela tem para de repente se importar como você ou o bebê estão se saindo?”

“Eu disse que não quero falar sobre isso,” Jasmine disse, sua voz mais firme desta vez.

Nia ficou quieta, mas seus braços permaneceram cruzados firmemente sobre seu peito. O silêncio entre elas era denso, cheio de coisas não ditas.

Marie, que havia permanecido imóvel junto à prateleira do canto enquanto organizava conjuntos de ervas secas e talismãs, finalmente virou-se para a cama.

“Sua presença fede,” ela disse suavemente, como se falasse com ninguém e todos ao mesmo tempo. “Mas a podridão sempre sobe à superfície antes de ser varrida.”

“Nanny Nia tem razão,” ela adicionou enquanto caminhava em direção a Jasmine com uma graça tranquila. “Alguns lobos vestem seda para disfarçar suas garras.”

“Eu não preciso de proteção,” Jasmine sussurrou. “Não dela. Não mais.”

Marie sorriu suavemente. “Você não precisa de proteção. Mas você precisa da verdade.”

Jasmine olhou para ela, as sobrancelhas ligeiramente franzidas.

Marie lentamente sentou na beirada da cama e colocou uma mão gentilmente sobre o estômago de Jasmine. Seus dedos, quentes e imóveis, pareciam pulsar com algo invisível—alguma corrente silenciosa que Jasmine não conseguir nomear.

“A criança é forte,” Marie murmurou, sua voz mudando, como se algo mais antigo tivesse tomado conta dela. “Mais saudável que a maioria. O coração bate limpo. Firme. A alma…” Suas sobrancelhas se moveram ligeiramente. “A alma está… intacta. Intocada pela maldição.”

Jasmine piscou. “Que maldição?”

Marie não respondeu imediatamente.

Em vez disso, ela sorriu e inclinou a cabeça. “Gostaria de saber?” ela perguntou, os olhos brilhando suavemente à luz das velas. “Se o bebê vai se transformar… ou permanecer não transformado como você?”

O quarto ficou imóvel.

Jasmine hesitou, então gentilmente passou a palma sobre seu estômago. Ela pensou sobre todas as noites que ficava acordada pensando se seu filho sofreria os mesmos medos, a mesma solidão. Se eles chorariam sob a lua, incapazes de responder ao uivo que sobe em seu sangue.

“Eu aceitarei o bebê de qualquer forma,” ela disse finalmente, sua voz suave mas firme. “Transformado ou não. É meu.”

Marie assentiu, as bordas de sua boca curvando-se em algo próximo à aprovação. “Bom. Você vai precisar dessa determinação.”

Ela se levantou então e guardou suas coisas em uma bolsa. “Vamos sair por um momento. Deixar você descansar.”

Sem pedir, Nia a seguiu, lançando um último olhar para Jasmine antes da porta se fechar atrás delas.

⸻

Fora da Porta

Marie se encostou na parede de pedra, braços cruzados, seu olhar distante enquanto ouvia o vento passando pelo corredor. Nia estava ao seu lado, ainda tensa, ainda fervendo de raiva contida.

“Ela está calma demais sobre isso,” Nia murmurou. “Como se não percebesse que está em um covil de cobras.”

“Ela percebe,” Marie disse. “Mas está tentando não enxergar.”

“Ela teve muitos sustos ultimamente,” Nia sussurrou, sua mandíbula tensa. “Primeiro o chá que quase a fez desmaiar uma lua atrás. Depois a febre estranha. E agora a sela escorregando?” Ela balançou a cabeça. “Isso não foi apenas azar.”

Marie se virou para olhar para ela, afiada e silenciosa. “Você acha que tudo está conectado?”

“Eu sei que está,” Nia sibilou. “Ela nunca ficou doente desse jeito antes de Anna começar a rondar. Nunca teve tonturas. E aquela sela—alguém mexeu nela, eu sei que mexeram. Jasmine não é tola em cima de um cavalo.”

Os olhos de Marie escureceram.

“Eu pedi para Erik manter Kire por perto,” Nia adicionou. “Mas até ele tem estado distraído. E agora com o que aconteceu.”

“O que exatamente aconteceu?” Marie interrompeu, sua voz baixa.

“Eu ainda não tenho provas,” Nia disse. “Mas ele estava agitado. Nervoso no dia em que Jasmine caiu. Eu acho que ele sabia de algo.”

~~~~~~~~~~~~

O corredor estava quieto, os sons distantes de cavalos e vento sussurrando através das vigas de madeira da propriedade enquanto Erik avançava com propósito em direção aos aposentos de Nanny Nia. Sua mandíbula estava firme, mãos cerradas ao lado do corpo. A imagem do corpo sem vida de Rudy o assombrava—olhos arregalados, boca aberta, sangue coagulado sob as unhas do garoto. Não havia paz no silêncio.

E então, como se convocada pelo pior momento possível, ela apareceu.

“Erik,” Anna chamou, aparecendo em seu caminho como uma armadilha perfeitamente posicionada.

Ele parou abruptamente, sua expressão escurecendo no momento em que a viu. “Saia do caminho.”

Mas Anna não se moveu. Vestida com um vestido fluido azul-claro, seu cabelo preso com grampos dourados e flores, ela tinha a aparência de alguém que nunca teve sujeira debaixo das unhas em um dia de sua vida. “Você tem me evitado.”

Ele zombou, balançando a cabeça. “Talvez eu não goste de mentirosos.”

Seus lábios se curvaram no sorriso familiar, ensaiado. “Eu sempre só tentei te ajudar.”

“Você me chamou de seu companheiro na frente da alcateia,” ele rosnou, sua voz baixa, mas carregada de fúria. “Você sabe que tipo de caos isso causou?”

“Você não negou,” ela disse, tentando manter a voz estável, mas ele podia ouvir a tensão nela.

“Porque eu não queria te humilhar na frente de todos. Mas não confunda misericórdia com consentimento.”

Anna inclinou a cabeça, seus olhos suavizando, tentando desempenhar um papel para o qual há muito tinha perdido o roteiro. “Você costumava se importar comigo.”

“Eu costumava achar que você era diferente,” Erik rosnou. “Eu estava errado.”

Houve uma pausa.

Então, suavemente, ela perguntou, “Como está Jasmine?”

Ele a encarou, inescrutável, e então deu uma risada seca e balançou a cabeça. “Não. Eu te conheço, Anna. Melhor do que ninguém. Você não se importa com ela.”

“Eu me importo,” ela sussurrou.

“Não, você não se importa,” ele disse, se aproximando agora. “Você a vê como um obstáculo. Sempre viu. Então, se você está procurando alguém para enganar com suas mentiras, escolha outro lobo.”

Ela abriu a boca novamente, mas Erik já estava passando por ela, maxilar cerrado. O peso em seu peito ameaçava sufocá-lo. Não havia mais tempo para os jogos dela. Não quando as pessoas estavam morrendo.

Ele encontrou Nanny Nia e Marie lá fora, perto dos degraus do jardim, sentadas no banco de pedra sob as vinhas ondulantes. Marie estava tomando um estranho chá, seus olhos brilhando levemente com mágica, enquanto Nanny Nia trabalhava em um cesto de raízes secas.

Elas olharam para cima quando ele se aproximou.

“Erik,” Nia disse imediatamente, a preocupação já se formando em sua testa. “O que houve?”

Ele não perdeu tempo. “É Rudy.”

Marie se endireitou, seu interesse aguçado. “O que tem o garoto do estábulo?”

“Ele está morto,” Erik disse secamente. “Nós o encontramos na noite passada. Pendurado no celeiro.”

Nanny Nia deixou cair a raiz que estava segurando. “O quê?”

“Fiona e eu o encontramos. Seu corpo estava pendurado como se fosse suicídio, mas…” Erik desviou o olhar por um momento, tentando estabilizar sua voz. “Havia sangue. Uma nota ao lado da mão dele. ‘Ela sabe de tudo.’

Marie inclinou-se para frente. “Você tem certeza de que não foi suicídio?”

“Nenhuma chance,” Erik disse. “Ele estava com medo. Ele sabia de algo, e alguém garantiu que ele não falasse.”

O rosto de Nanny Nia tornou-se uma pedra. “Jasmine o conhecia bem?”

“Ele trabalhava nos estábulos. Quieto. Mas acho que ele viu algo. Talvez na noite em que Jasmine caiu.”

Marie trocou um olhar com Nia. “Isso está conectado. Deve estar.”

“Eu enterrei o corpo,” Erik admitiu, passando a mão pelo cabelo. “Eu não sabia em quem podia confiar. Achei que se o assassino acreditasse que não o tínhamos encontrado ainda, eles começariam a escorregar.”

Nanny Nia assentiu lentamente. “Inteligente.”

“Eu quero descobrir quem fez isso,” Erik disse. “Quero proteger Jasmine. E acho que vocês já têm suspeitas.”

Nanny Nia olhou para a crista distante, seus olhos pesados. “Eu tenho suspeitas há semanas. Acidentes se acumulando. A sela de Jasmine quebrando. A forma como a comida sempre a deixava doente. A queda.”

“Você acha que ela foi envenenada?” Marie perguntou.

“Sim,” Nia disse sombriamente. “E acredito que quem está por trás disso ainda está observando. Esperando.”

Os punhos de Erik se cerraram. “Anna está envolvida. Tenho certeza. Só não posso provar ainda.”

Nia assentiu. “Então, observamos. Cuidadosamente. Não deixamos Jasmine fora de nossa vista.”

Marie pareceu pensativa. “Ela está carregando mais do que apenas uma criança. Se alguém está tentando eliminá-la, é porque essa criança representa uma ameaça para alguém.”

“Ela nem sabe de quem ter medo,” Erik disse suavemente. “Isso é o que torna tudo pior.”

Houve um silêncio então – pesado e compartilhado.

“Nós vamos protegê-la,” Nanny Nia disse, a voz como ferro. “Não importa o que aconteça.”

Erik assentiu uma vez. “Bom. Porque algo me diz que isso não vai parar até que façamos parar.”

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