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Capítulo 437: UMA VISITA

A luz do sol derramava-se através das cortinas de veludo da câmara de Anna, dourando o chão com uma luz dourada que não condizia com a inquietação em seu peito.

Ela não havia dormido.

Nem um momento de paz. Ela passou as horas entre a meia-noite e o amanhecer olhando para o dossel acima da cama, contando batidas do coração como se elas pudessem abafar a pergunta que queimava no fundo de seu cérebro:

Onde está o corpo de Rudy?

Ele estava lá. Pendurado perfeitamente. Um pequeno e arrumado suicídio.

Agora ele havia sumido.

Uma batida aguda soou na porta.

“Entre,” disse Anna, mantendo a voz tão composta como sempre.

Duas de suas camareiras entraram cautelosamente—Sela, a mais velha, com tranças grisalhas e olhos afiados, e Mirra, a jovem inquieta que sempre parecia a um pedido de desculpas das lágrimas. Elas carregavam uma bandeja de prata e o vestido azul claro que Anna usara apenas uma vez antes.

Ela as observou em silêncio enquanto entravam. Elas esperavam frieza. Ordens severas. Não conversa.

Anna sentou-se mais ereta, dobrando as mãos no colo. “Como estão as coisas na alcateia esta manhã?”

Elas congelaram.

Sela piscou. Mirra olhou para ela como se esperasse uma confirmação de que havia ouvido corretamente.

Anna sorriu levemente. “Bem?”

Sela limpou a garganta. “Calma, minha senhora. Pacífica. Os guerreiros voltaram da patrulha sem incidentes. Nada incomum a relatar.”

“E Jasmine?” Anna perguntou, alisando uma ruga nos lençóis com um dedo longo e pálido.

“Ela está acordada,” respondeu Sela. “O curandeiro diz que o bebê está ileso. Ela esteve com Nanny Nia durante toda a manhã.”

Anna permitiu que suas sobrancelhas se juntassem delicadamente, os lábios se entreabrindo em uma falsa consternação. “Essa pobre menina,” murmurou ela. “Que queda terrível. Realmente devo encontrar tempo para visitá-la.”

Nenhuma das criadas respondeu.

Anna não esperava que respondessem.

“É só isso?” ela perguntou levemente, olhando para elas.

“Sim, minha senhora,” disse Mirra rapidamente, abaixando a cabeça.

“Bom. Vou cavalgar esta manhã. Para os estábulos, por favor. Quero algo rápido.”

As criadas assentiram e começaram a preparar seu vestido.

Anna levantou-se da cama como um fantasma deslizando pela seda, deixando que suas mãos a vestissem enquanto sua mente vagava. Ela manteve o rosto composto, elegante. Distante.

Mas por dentro, algo se contorcia e debatia.

Se ninguém havia mencionado Rudy… se ninguém sequer havia notado seu corpo pendurado como uma fruta podre no celeiro… então alguém havia chegado lá primeiro.

Alguém o havia movido.

Ela não sabia o que a aterrorizava mais: que alguém havia encontrado o corpo e o encoberto — ou que quem fez isso não disse uma palavra.

Os estábulos estavam agitados naquela manhã com o ritmo usual — cavalariços escovando cavalos, selas sendo ajustadas, ferros de metal tilintando suavemente. O perfume de feno, madeira velha e suor pairava no ar.

Anna desceu de sua carruagem, suas saias roçando o chão de terra.

Ela sorriu para o cavalariço mais próximo — um garoto não mais velho que dezesseis anos. “Diga-me,” ela disse docemente, “o mestre do rancho está aqui?”

Ele piscou, claramente atordoado por ela falar diretamente com ele, e apontou para o celeiro principal. “Ali mesmo, Senhora Anna.”

Ela fez seu caminho pelo curral, mantendo sua expressão cuidadosamente calorosa. Controlada. Mas seus olhos percorriam cada sombra, cada canto do estábulo. Ela avistou o chefe do rancho — Gavin, um homem de ombros largos com cabelos cor de palha e rosto endurecido pelo sol — consertando uma sela.

“Bom dia, Gavin,” Anna chamou levemente.

Ele se endireitou com um grunhido. “Senhora Anna,” ele disse, acenando com a cabeça.

Ela ofereceu um sorriso agradável. “Eu estava esperando cavalgar hoje. Geralmente peço por Rudy. Ele está por aqui?”

Gavin limpou as mãos no avental. “Não o vi.”

Anna inclinou a cabeça levemente. “Oh? Ele costuma ser bem pontual.”

Gavin deu de ombros. “Talvez ele esteja doente. O rapaz estava agindo de maneira estranha desde ontem. Quieto. Nervoso.”

A espinha de Anna formigou.

“Estranho?” ela repetiu, tentando manter a curiosidade fora de seu tom.

“Nem uma palavra para ninguém depois do almoço,” continuou Gavin. “Ficava olhando por cima do ombro como se pensasse que algo estava atrás dele.”

Ele bufou. “Pode ser ressaca, pode ser culpa. Não sei do quê.”

Anna forçou uma risada. “Bem, me avise se ele aparecer. Espero que não seja nada sério.”

Gavin assentiu. “Vou chamá-lo se ele aparecer.”

Ela escolheu sua égua — uma criatura esbelta e cinza-prateada com pernas rápidas e uma marcha fácil — e cavalgaram em direção às trilhas da floresta com apenas um pensamento batendo em sua cabeça como trovão.

Alguém mais sabe.

O desaparecimento de Rudy não foi um acidente. Não foi o sucesso silencioso de um crime perfeito.

Era um assunto inacabado.

E se alguém havia movido aquele corpo… significava que fizeram isso antes do amanhecer.

Antes que ela pudesse.

Anna apertou as rédeas com mais força, o vento puxando seu cabelo.

Ela precisava saber quem chegou lá primeiro. Antes que a verdade emergisse e a arrastasse consigo.

Antes que Jasmine se lembrasse.

Antes que os lobos começassem a farejar novamente.

Antes que Lisa desmoronasse.

E que os deuses proibissem, antes que Lily falasse.

~~~~~~~~~~

Anna se movia pelo corredor como uma sombra de cetim.

Cada passo em direção aos aposentos de Jasmine ressoava com uma graça ensaiada, mas dentro de seu peito, um pulsar brando de impaciência e cálculo mantinha o ritmo. Ela havia planejado cuidadosamente a visita, um pouco tarde pela manhã para que Jasmine estivesse alerta, mas cedo o suficiente para parecer atenciosa. Cuidadosa. Como uma amiga. Como alguém que se importava.

Ela virou o último canto e foi saudada pelo cheiro pesado de ervas e fumaça de velas. É claro, Marie estava aqui. A presença da bruxa sempre se agarrava ao ar como névoa úmida. Anna manteve o rosto composto enquanto batia uma vez, depois empurrou a porta sem esperar permissão.

Lá dentro, a câmara estava tenuemente iluminada, as cortinas meio abertas. Um conjunto de velas piscantes dançava ao longo da cômoda, iluminando a borda da cama onde Jasmine estava apoiada por travesseiros. Seu rosto estava pálido, suas mãos abraçando sua barriga inchada como se estivessem se preparando contra o peso de mais do que apenas a criança dentro.

Marie estava sentada no canto, moendo algo em uma tigela com sua calma costumeiramente sinistra.

E Nanny Nia estava de pé protetoramente ao lado da cama de Jasmine como um soldado em guarda.

Todas as três mulheres viraram de uma vez.

“Oh,” Anna disse, entrando com seu sorriso mais suave. “Espero não estar interrompendo.”

“Você está,” Nia disse friamente, braços cruzados. “Mas você já está aqui.”

O sorriso de Anna quase não vacilou. Ela olhou além da mulher como se ela não existisse. “Jasmine,” ela disse carinhosamente. “Eu fiquei tão preocupada quando soube. Vim assim que pude.”

Jasmine piscou lentamente, seus olhos escuros indecifráveis. “Estou bem,” ela disse, sua voz equilibrada. “O bebê também está bem.”

“Isso é uma bênção,” Anna disse, movendo-se em direção à cama com passos delicados. “De verdade.”

Ela olhou para Marie, que a observava como um corvo empoleirado sobre um campo de batalha. “Marie,” Anna disse com um aceno.

Marie não respondeu. Voltou a moer qualquer raiz pungente que tinha na tigela, seu silêncio dizendo tudo.

Anna se virou para Nanny Nia, que ainda não havia se movido. “Posso me sentar?”

“Isso depende,” Nia disse. “Você está aqui para realmente ajudar ou apenas para farejar por aí?”

Um lampejo de irritação dançou por trás dos olhos de Anna. Ela sorriu mais amplamente para escondê-lo. “Estou aqui para verificar Jasmine. Nada mais.”

“Você não estava nos estábulos ontem, estava?” Nia perguntou, voz como uma lâmina meio sacada de sua bainha.

Anna soltou uma risada suave e arejada. “Eu vou aos estábulos com frequência, Babá. Gosto de cavalgar. Limpa a mente.”

“Deve haver muito para limpar,” Nia murmurou.

Jasmine clareou a garganta. “Nia, está tudo bem.”

Relutantemente, a mulher mais velha deu um passo para trás.

Anna aceitou o assento oferecido junto à cama e dobrou suas mãos elegantemente no colo. “Você parece cansada, Jasmine. Mas linda como sempre.”

“Obrigada,” Jasmine disse, sua voz apertada. “Já tive dias melhores.”

“Posso imaginar,” Anna disse. “Caindo assim, deve ter sido aterrorizante. E agora, com tudo o mais acontecendo na alcateia…” ela parou, deixando a isca no ar.

Mas Jasmine não a pegou. Apenas a fitou, uma mão descansando protetivamente sobre sua barriga.

Anna se inclinou um pouco à frente. “Tenho pensado em você. De verdade. Sei que tivemos… nossas diferenças. Mas nunca desejaria mal a você. Ou ao seu filho.”

Nia bufou em voz baixa.

Jasmine piscou lentamente. “Isso é generoso da sua parte.”

Houve silêncio, grosso e tenso.

Anna deixou seus olhos derivares até a lareira, até as chamas oscilantes. “Uma energia estranha no ar ultimamente, não acha?” ela murmurou. “Inquietação. Segredos. Pessoas agindo… de forma estranha.”

Marie olhou para cima da tigela. “Sim,” ela disse suavemente. “Há algo se agitando. Mas não é novo. Está apenas ficando mais difícil de esconder.”

Os olhos de Anna deslizaram em direção a ela. “Você quer dizer a tempestade que passou? Ou outra coisa?”

Marie sorriu, mas não chegou aos seus olhos. “Tempestades passam. Mas a podridão… essa permanece enterrada nas raízes.”

A espinha de Anna se arrepiou.

“Eu não sabia que estávamos sendo poéticas,” ela disse friamente.

Marie voltou ao trabalho sem responder.

Anna virou de volta para Jasmine. “Se você precisar de alguma coisa… de verdade. Estou aqui.”

“Tenho certeza de que está,” Jasmine disse.

Anna se levantou lentamente, limpando o pó imaginário de suas saias. “Bem. Não vou exagerar. Você precisa de descanso. O bebê precisa de calma.”

“Precisamos,” Nia disse prontamente. “E quanto menos drama em nossa porta, melhor.”

Anna não respondeu. Ela deu a Jasmine um último olhar prolongado, parte pena, parte aviso, e se virou em direção à porta.

Enquanto ela passava pelo salão, seu sorriso caiu como uma máscara de seu rosto. Seus olhos queimavam com uma fúria silenciosa.

Eles estavam observando-a. Todos eles.

Mas ela observaria também. Mais de perto. Mais afiadamente.

Porque algo estava se desenrolando. E se Jasmine ou aquela maldita bruxa ou aquela babá velha tentassem entrar em seu caminho.

Desejariam ter ficado no escuro.

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