A Noiva Escolhida do Rei Dragão - Capítulo 60
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60: Capítulo 60 – Controle Mental 60: Capítulo 60 – Controle Mental “Fiz uma promessa há muito tempo a mim mesma. Que não seria íntima de alguém até que me casasse com ele. Pelo bem da criança que eu poderia trazer a este mundo.”
O olhar do Rei estava fixo nela.
Olhos castanhos ardentes.
Eles a faziam se sentir à vontade..
Então ela olhou para os próprios nós dos dedos que ela estava esfregando contra a parte interna da palma esquerda.
“Quero que a criança tenha proteção e amor, e um casamento garante isso. Não quero que a criança acabe não sendo desejada e amada… como eu.”
Foi por isso que nada aconteceu entre ela e Lytio.
Ela estava esperando.
Essa foi uma decisão da qual ela não se arrependeu.
Mas com o Rei, era diferente. Os sonhos que ela tinha com o Ladrão de Noivas também não ajudavam. Por que ela não havia pensado na sua regra de longa data em todos esses sonhos? Por que ela não havia pensado nisso quando acordou? Ele era tão poderoso que a fazia perder a lógica? Seu fascínio sobre ela era tão forte?
Isso a preocupava.
Fazia com que ela quisesse contar ao Rei sobre ele ainda mais.
“Eu entendo e respeito seus desejos.” Ele ajustou sua capa sobre ela. O olhar dela estava fixo no chão vermelho da carruagem. Ela não estava envergonhada pela regra que havia vivido pela maior parte de sua vida adulta, ela apenas estava decepcionada consigo mesma por ter vacilado. Mesmo que tivesse sido em algo que ela acreditava ser um sonho. Mesmo que tivesse sido por aqueles poucos momentos.
Ela odiava todos eles.
“Como eu disse antes,” uma mão segurou seu queixo e ela olhou para ele, imaginando seu rosto em sua mente em vez da máscara que ela estava vendo. “Eu nunca forçarei você a fazer algo que você não queira fazer, Dona. Eu respeito suas decisões e posso esperar.”
O nome dela em seus lábios enviava arrepios pela sua pele.
“Obrigada, sua Maj– Eli.”
“Hmmm,” ele murmurou. “Todas as coisas são por boas razões. Sabe, acho que por causa de quanto você valoriza essa regra no seu coração, foi por isso que você conseguiu resistir a qualquer avanço que o Ladrão de Noivas possa ter feito em sua direção.”
Ela engoliu em seco.
Ela poderia simplesmente ter concordado com ele, contar uma mentira, mas estava determinada a romper a cadeia.
Eli era bom. Ele merecia saber a verdade.
Se ela estivesse no lugar dele e eventualmente descobrisse sobre esse segredo que estava sendo mantido dele, ela ficaria magoada.
Ele já havia mostrado para ela que ele era seu refúgio seguro. Então, por que ela ainda hesitava?
“Alguma das noivas passadas conseguiu resistir a ele?”
“Muitas não conseguiram, mas a que veio antes de você lutou com mais força.”
Ela franziu o cenho, tentando lembrar o nome dela enquanto a mão do Rei percorria despreocupadamente seu cabelo.
“Moria.” O Rei finalmente disse e seu coração apertou ao ouvir como ele disse isso, como se ela guardasse uma memória sombria para ele. “Nós conseguíamos nos tolerar. Não como as outras antes dela. Nada mais também, não como nós. O Ladrão de Noivas já havia conseguido entrar na cabeça dela, eu não sei como. Ela se recusou a me contar, e isso durou tanto tempo.”
Ele suspirou.
“Um dia, ela escorregou e eu percebi que o Ladrão de Noivas ainda estava invadindo seus sonhos. Ela me disse que não estava ouvindo ele, mas eu sabia que era impossível.”
Belladona franziu a testa. Ele acabou de dizer impossível?
“Kestra a trancou no seu Quarto Especial, com diferentes magias repelentes para manter o Ladrão de Noivas longe. Mas após alguns dias—” sua voz desapareceu, até que ele falou novamente. “Voltei de uma viagem apenas para descobrir que ela havia desaparecido.”
“Desaparecida?”
“Desapareceu sem deixar rastros. Ela havia sofrido o mesmo destino, assim como todas as outras noivas antes dela. É tudo obra do Ladrão de Noivas.”
Isso fez Belladona se sentir ainda mais inquieta.
Ela se lembrava muito sobre Moria, a escritora do livro que ela havia lido, “Como Não Ser Escolhida”, a Noiva que todos pensaram que seria a última.
“E quanto às que tentaram te matar, Eli? O que você faz com elas?”
“Eu tento ajudá-las a se curar da manipulação mental do Ladrão de Noivas. Eu as coloco no mesmo quarto, enquanto Kestra realiza mais rituais, uma vez que chegam nesse estágio, já é sempre tarde demais. Elas começam a se machucar, me xingando, então ficam cada vez mais doentes, até que um dia, de repente, desaparecem.”
Ele se recostou no assento, seu olhar voltado para o teto da carruagem, sua mão segurando a dela despreocupadamente.
“Ele rouba todas elas, as leva para algum lugar que eu ainda não consegui descobrir. Eu procuro e procuro, mas nunca as encontro. Às vezes eu me pergunto–” ele retirou a mão dela e fechou as mãos em punhos em suas coxas.
A mão dela subiu até seu colar, segurando-o firmemente.
“Eu me culpo pelo desaparecimento delas.” Sua voz soava pesada com tristeza, isso fez seu coração doer.
Ela deslizou a mão sobre as costas dele em um leve e incerto afago, para consolá-lo.
Não havia nada que ele pudesse ter feito, o Ladrão de Noivas era inteiramente o culpado.
“Se eu apenas as tivesse protegido mais, se apenas elas tivessem me contado desde o início.”
Essas palavras a atingiram, como um balde de água fria jogado sobre ela.
“E se elas tivessem te contado mais cedo, você acha que elas teriam sido salvas?”
“Sim, eu teria rapidamente as colocado no quarto, Kestra teria começado a limpá-las da magia daquela criatura maligna.”
Era isso. Ela contaria a ele agora. Qualquer magia maligna nela que precisasse ser limpa seria eliminada e ela estaria completamente livre do domínio do Ladrão de Noivas. Ele não seria mais capaz de mexer com seus sonhos novamente.
Ela abriu a boca para falar, mas o Rei estava dizendo algo novamente.
“Uma vez que as colocamos no quarto, elas geralmente têm muito a dizer. Coisas absurdas.” Ele se mexeu um pouco, tirando a mão dela de suas costas e segurando firmemente, acariciando sua mão. “Palavras que eu sei que são insignificantes e as trato como tais.”
“Por quê?”
O Rei virou-se para ela, ajustando sua capa sobre ela novamente.
“Porque naquele momento, suas mentes já estariam sob o controle do Ladrão de Noivas, mesmo que elas não soubessem. Até que estejam livres, qualquer coisa que estejam fazendo é o que o Ladrão de Noivas quer que elas façam. Eu seria um tolo em levar a sério qualquer palavra da boca delas.” Ele terminou em um tom de voz irritado e amargurado. Sua voz estava cheia de uma crença inabalável.
Ela de repente se sentiu quente, seu coração acelerado, sua mente inquieta.
Ela estava sendo controlada agora?