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A Noiva Escolhida do Rei Dragão - Capítulo 51

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51: Capítulo 51 – Sorte Como Veneno 51: Capítulo 51 – Sorte Como Veneno “Com a sua condição, toda vez que estou com você, estou arriscando minha vida. Se você realmente quer que eu ajude, não pode me deixar no escuro.”

O olhar de Raquel caiu para as mãos que ela havia colocado sobre os joelhos, suas lágrimas escorrendo pelo rosto, caindo em seu uniforme e se dissolvendo nele, deixando manchas úmidas para trás.

“Ahhh, certo então.” Belladona suspirou, segurando a maçaneta da porta.

Naquele momento, Raquel disse algo, mas sua voz estava tão inaudível que Belladona não conseguiu ouvir e entender o que suas palavras embaralhadas significavam.

Ela soltou a maçaneta e deu um passo em direção a ela.

“O que você disse?”

“Eles têm ela,” ela repetiu, um pouco mais audível desta vez, sua voz um sussurro quase inexistente. “Eles têm nossa filha e até que meu marido e eu paguemos, eles não vão deixá-la ir.”

A sobrancelha de Belladona se arqueou, questionadora.

Raquel tinha uma filha?

Era algo interessante a descobrir. Nunca lhe passou pela cabeça que Raquel pudesse ter uma família. Belladona estava muito ocupada com pensamentos sobre si mesma, sua vida no Castelo e seu relacionamento com o Rei para sequer ter tempo para pensar em alguém ou em algo mais.

Qual seria a idade dessa filha? Havia muitas perguntas que ela tinha a respeito disso, mas ela as deixou de lado, não eram relevantes no momento.

“Quem tem sua filha?”

Raquel mordeu o lábio, balançando a cabeça negativamente.

Belladona franziu a testa, não havia como deixar isso passar. Ela virou-se, seus sapatos fazendo sons suaves contra o tapete vermelho enquanto se aproximava da porta novamente.

“Pessoas muito poderosas.” Raquel gritou, desistindo, enquanto olhava para cima na direção de Belladona e segurava seu olhar com os dela, suplicantes. “Nós devemos a eles muitas moedas. Mu-muitas moedas de ouro. Muitas moedas de ou—ro.”

“Isso é muito.” Belladona sussurrou inaudível embaixo do fôlego, sua voz um pouco trêmula com a menção das moedas.

Até mesmo uma moeda de ouro era demais para dever a outro.

Ela caminhou até Raquel, segurando seus braços, enquanto tentava levantá-la de seus joelhos.

“N-não, deixe-me ficar aqui, minha Senhora.” Sua voz agora estava um pouco mais audível, mas ela se interrompia pelo tanto de lágrimas que escorriam de seus olhos. ” Deixe-me implorar, a vida da minha filha depende disso.”

Belladona permaneceu levemente atordoada, antes de lentamente ajoelhar-se.

Ela nem mesmo conhecia toda a história ainda, mas seu coração já doía por Raquel, qualquer que fosse a situação que colocou ela e sua família nisso.

Seus olhos ficaram embaçados. A visão de uma mãe cuidando de seu filho a comoveu, era um sentimento com o qual ela não estava familiarizada, mas algo que ela podia imaginar. Seu coração doeu e ela se lembrou do que lhe faltava, mas ela suprimiu as emoções, piscando os olhos, garantindo que sua visão permanecesse límpida de quaisquer lágrimas turvas.

“Isso aconteceu há alguns anos, nós costumávamos ser muito ricos, tínhamos muitos bens que vendíamos para outras aldeias em Ignas…” Sua voz se perdeu, seus olhos olhando distantes como se ela pudesse ver o momento em que sua vida desmoronou nisso, tudo se desenrolando diante dela.

Belladona gentilmente segurou suas mãos nas dela em um silencioso conforto para que ela continuasse, Raquel estremeceu um pouco com o contato, como se tivesse acabado de ser trazida de volta à vida.

Ela soltou um curto suspiro de exaustão.

“Meu mar…ido e eu– nó—s, ambos—” ela pausou. Isso era trabalhoso, Belladona podia ver isso, mas ela não conseguiu se conter para parar Raquel. A necessidade de saber para decidir corretamente superava qualquer outra. “Isso estava tomando muito do nosso tempo e nossa família estava se distanciando.”

Raquel desviou o olhar do espaço vazio que ela estava encarando e segurou o olhar de Belladona.

“Decidimos que seria bom para nossa família se fizéssemos uma última troca, então paramos o negócio e nos concentrássemos em nós— em… Família. Nós tínhamos as moedas para nos sustentar por uma vida inteira de qualquer forma.”

Um sorriso triste cruzou seus lábios.

“Como previmos, foi nossa última troca. Negociamos em grande, enviamos todos os navios para o mar, e eles afundaram, tudo com seus bens.” As mãos de Raquel se fecharam em punhos, ela deixou suas mãos escorregarem das de Belladona, voltando para o seu colo novamente, batendo as mãos em si mesma de uma dor que ela não conseguia conter. Ela levantou uma mão e a pressionou sobre a boca para conter os soluços.

Belladona observava, sua mente repleta de perguntas intrigantes, enquanto se movia desconfortável em seus joelhos.

O que ela deveria fazer em um momento como este?

“Nós precisamos— de MUITAS MOEDAS DE OURO, para pagar a dívida em que nos metemos, os comerciantes irritados, seus bens, tudo pagamos de volta com moedas emprestadas.” Raquel estava falando novamente, suas mãos mais uma vez em seu colo enquanto ela balançava levemente para frente e para trás em seus joelhos. “Recebemos um empréstimo, o juros era muito, mas eles foram os únicos dispostos a dar tanto. Deram-nos muito pouco tempo para pagar, mas quando voltaram, estávamos mal conseguindo sobreviver. Nós imploramos para que nos dessem mais tempo—” sua voz se perdeu com lágrimas novamente, e ela balançou a cabeça.

“Minha Senhora, eles não ouviram. Levaram nossa filha de nós. Nós corríamos para todos que conhecíamos, eles nos ignoraram. Chamavam-nos,” seus lábios penderam para os cantos, suas próximas palavras saindo com desgosto, “de má sorte.”

As palavras tocaram sinos na cabeça de Belladona.

Uma voz enchendo seu cérebro.

Três palavras que ela havia ouvido tão constantemente, em uma voz que tocava que nunca deixava sua cabeça.

Três palavras que carregavam tanta dor.

Produto de estupro.

Novamente e novamente, na voz de sua Mãe e depois sua irmã.

Até seu nome a lembrava de tudo.

Belladona.

Veneno.

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