Capítulo 481: 112 – Jogos Mentais com Adaga

Ny’ka foi até Ka’el naquela noite como o Herdeiro havia ordenado, apenas para descobrir que ele estava com alguém.

Tsiri?

O quê?

O que ela estava fazendo aqui? Por que ela estava aqui? Há quanto tempo ela sabia sobre Ka’el? Como ela chegou aqui?

Por que ela estava aqui?

Por Ina, o que ela havia contado para ele?!

O Brilho Branco da lua crescente acima brilhava sobre eles através das sombras das folhas escassas das árvores altas ao redor. O sorriso no rosto de Tsiri era claro para Ny’ka ver, assim como a dúvida que pontuava os olhos de Ka’el.

O que ela havia contado para ele?!

“É verdade?” Ka’el perguntou, seu punho apertando ao redor da pequena bolsa que tinha na mão. Ela se perguntou o que havia naquela bolsa, mas suas próximas palavras a alertaram para o problema maior que tinha diante dela. “Você está apenas me enganando?” Ele perguntou enquanto sua mão livre ancorava na cintura de Tsiri, fazendo seu sorriso se alargar.

A decepção brilhou nos olhos de Ny’ka e ela franziu a testa, ignorando descaradamente Tsiri.

“Te enganando? Que besteira você está falando? E por que você está com um dos meus guerreiros? Seus olhos já estão vagando?”

Ele deu uma risada de desdém. “Não faça isso! Não me acuse disso e apenas responda minha pergunta.”

“Eu te contei tudo, Ka’el. Ela te disse algo novo? Por favor, não deixe um guerreiro ciumento se interpor entre nós. Não entretenha essa loucura.”

“Loucura?!” Tsiri finalmente falou. “Eu contei a ele a verdade sobre tudo que você manteve dele. Eu contei a ele sobre o Herdeiro.”

Ny’ka cruzou os braços. “Ah, essa coisa inútil. Já contei isso para ele.”

Tsiri piscou antes de acrescentar rapidamente. “E os guerreiros sombra? A mulher com a Gema da Vida. Você tem mentido para ele.”

“Ela me mostrou seu guerreiro sombra,” Ka’el falou. “Eu o matei bem aqui.” Ele apontou para uma distância como indicação.

Bem, já que o guerreiro sombra de Tsiri estava morto, então havia menos para lutar.

Ny’ka sorriu tristemente. “Pensei que seria uma boa maneira de adquirir um exército para você. Não te contei porque sabia que você ficaria com medo de sua posição, mesmo sabendo que não tem motivos para isso. Eles estão trabalhando para você, eles só não sabem disso.” Ela estava na frente dele, sua mão subindo pela bochecha dele, segurando o rosto dele. “É melhor assim, até que a guerra seja vencida e eu o matarei por você, você usará a coroa e eu serei sua Rainha. Temos tudo planejado; chegamos tão longe, também. Por favor, não deixe essa coisa ciumenta se interpor entre nós. Ela está aqui apenas porque quer vingança por aquela vez que eu matei seu amante porque ele estava prestes a nos entregar ao inimigo. Ela é apenas rancorosa. Ela te contou isso?”

Ka’el se virou para Tsiri e ela estalou.

“Sua mentirosa!” Tsiri empurrou a mão dela para longe de Ka’el. “Conte a ele sobre sua admiração crescente pelo Herdeiro. Você costumava odiá-lo, mas agora apenas olha para ele! Conte a verdade!”

“Bem, se você pensa isso, então significa que eu enganei todos com sucesso,” Então ela virou o olhar para Ka’el. “Tudo que eu faço, eu faço por você. Ka’el, eu te amo. Não a escute; seu exército ainda é seu exército, e sua Ny’ka ainda é sua Ny’ka.”

“Ela está apenas te enganando, somente para te usar até que você não seja mais útil para ela. Ela vai te matar à primeira vista de inutilidade, nenhum amor vai cegá-la. Ela já fez isso antes, ela vai fazer de novo. Eu a conheço.”

Ka’el franziu a testa com suas últimas palavras.

“Vamos simplesmente até o Rei Branco e contamos tudo. Eles não podem vencer esta guerra. Estou tão cansado de ver todos que amo morrerem. Eu não quero morrer.” Ela segurou o rosto dele desesperadamente. “Vamos até o Rei Branco, com essas informações, vamos ganhar bons lugares. Você será mais do que apenas um bastardo e eu serei sua amante. Você viu o que eu posso fazer. É perfeito.”

Ka’el sorriu e Ny’ka apertou os punhos enquanto o observava segurar a lateral do rosto de Tsiri com uma palma.

“É.” O sorriso de Tsiri se alargou até ele fazer uma pergunta.

“Como posso saber se devo confiar em você?”

“Porque estou te contando a verdade; tudo que eu disse é verdade. Você pode me confiar mais, Ka’el.” Então sua voz caiu para um sussurro. “Ela não nos deixará ir vivos.”

Quando ela sentiu sua mão deslizar para sua coxa para pegar sua adaga, seu sorriso se alargou ainda mais.

De repente, o olhar congelou em seu rosto, e no momento seguinte, sangue correu por seu ombro da parte de onde uma adaga foi cravada em seu pescoço.

Ela caiu para trás, sem vida.

Ka’el se virou para Ny’ka, que o abraçou imediatamente, pressionando um beijo em seus lábios.

Quando ele se afastou, ela disse sem fôlego: “Eu estava tão assustada, pensei—”

“Você é minha Ny’ka.”

“Sim,” ela disse com lágrimas nos olhos.

“Mostre-me. Mostre-me que você ainda é minha.”

Ela o beijou novamente, mas desta vez, não terminou apenas com um beijo.

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Ny’ka colocou suas roupas de volta. Tsiri estava a uma boa distância, com a adaga ainda presa em seu pescoço, olhos abertos, sem piscar.

Foi uma pena.

Elas haviam sido amigas uma vez.

Ka’el colocou o queixo no ombro dela enquanto a reunia em seu abraço por trás. Ele empurrou o cabelo vermelho dela para o lado para ter uma visão melhor de seu rosto.

“Desculpe, não te avisei a tempo. Eles mudaram o plano no último minuto. Corri para cá assim que descobri, mas já era tarde demais. Encontrei Tsiri aqui esperando por mim.”

Seus dedos deslizaram pelo ombro dela, até uma mão segurar um seio por baixo da camisa dela. Ele ainda estava despido com a intenção de exploração mais íntima.

“Você acha que eles sabem?”

“Não. Eles nem percebem minha presença. Jyris fala muito ao meu redor e age como se eu não existisse porque eu realmente não existo para eles.” Então veneno se infiltrou em sua voz enquanto ele olhava para a distância. “Ela me chamou de bastardo. ‘Mais do que um mero bastardo.’ Eu a conheci por apenas uma noite, e ela acha que pode dizer isso.”

Ela pressionou um beijo na testa dele. “É bom que você a tenha matado. Ela teria arruinado tudo.” Ele se afastou, alinhando o pescoço dela com beijos, enquanto sua mão se movia mais abaixo do ventre dela.

Ela gemeu, empurrando-se contra ele. “Há mais alguma coisa? A Rebelião está agitada com nossa perda hoje. Não posso voltar para eles de mãos vazias.”

Ele se levantou dela e lhe entregou uma bolsa, depois vestiu uma calça.

“O que é isso?”

“As pedras da profecia. Algo que o Rei Branco e o Sacerdote Ancião têm trabalhado.” Ele sentou-se na frente dela. “Ele disse que está conectado à filha dele, algo sobre uma convocação.”

“Para Litya?”

“Não. A morta.” Ny’ka rapidamente desfez o que estava na bolsa.

O Portador Morto.

Isso deve ter algo a ver com o que aconteceu com Belladona, isso deve ser o que o Herdeiro estava guardando dela.

Imediatamente a bolsa foi desfeita, pedaços de rochas voaram para fora dela e pairaram no ar, brilhando branco enquanto giravam e giravam em volta uns dos outros, se ajustando rapidamente, até que finalmente se tornaram um pedaço só e explodiram, lançando Nyka e Kael separados com uma força muito maior do que eles.

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((Perdi cerca de seis capítulos, o que é loucura. Sinto muito por isso, estava cuidando de crianças, faz um tempo que não faço isso e uau, leva mais tempo do que eu lembrava. Muito obrigado pela paciência, tentarei compensar os capítulos que perdi. Obrigado mais uma vez pela paciência.)