A Noiva Escolhida do Rei Dragão - Capítulo 422
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Capítulo 422: Capítulo 53 – Sempre problemas neste paraíso
“Eu sou mais do que apenas um homem.”
“Ainda melhor.”
Ele levou apenas um segundo para responder.
“Não. Eu não vou me envolver com você.” Ele se afastou dela, fazendo com que suas mãos caíssem de seu peito. “É um apego desnecessário, visto que você está perto da morte.”
As palavras dele sempre faziam a raiva ferver dentro dela. Mais uma vez, ela teve que forçar um sorriso no rosto e olhar ao redor do escritório apenas para não demonstrar o quanto sua presença a irritava.
Ela precisava lembrar de Arlo. Estava fazendo isso pelo filho.
“Você é muito insensível.” Ela terminou com uma risada leve para minimizar a gravidade de suas palavras, junto com a seriedade por trás delas.
“Eu apenas afirmo a verdade.”
Seus olhos o seguiram imediatamente, enquanto ele se movia pelo escritório com um pergaminho nas mãos, sua atenção focada nele enquanto a pedra suavemente brilhante que ele segurava fornecia luz.
Por mais fascinante que fosse que eles realmente não precisassem de lanternas, mas tivessem pedras como aquela, Aniya estava mais furiosa do que fascinada e não estava com humor para se maravilhar com a forma como eles viviam suas vidas neste Reino.
Para qualquer um, Ikrus pareceria majestoso em sua camisa cinza solta que tinha apenas dois botões, que estavam abertos, e sua calça cinza ampla. Mas tudo o que Aniya conseguia ver através das tramas de seu véu era a raiz de todos os seus problemas.
“E de quem é a culpa disso? A verdade que você afirma, de quem é a culpa?”
Ele colocou a pedra e o pergaminho na mesa com um suspiro, como se ela fosse apenas uma criança que ele estava cansado de entreter.
“Você tem outros desejos, além de querer ir para a cama? Se não, então deveria ir embora.”
Aniya bufou. Ele era difícil de decifrar. Num momento, ele agia como se ela o deixasse fraco em todos os sentidos da palavra, no próximo, ele a provocava desse jeito.
Como um inseto.
Ela relaxou no sofá, brincando com os dedos.
“Eu quero aprender sua língua. Você sabe a minha. Me ensine a sua. Como você chegou a aprender ela?”
“Eu sou um Gama,” ele deu de ombros. Ainda revistando os pergaminhos sobre sua mesa, como se procurasse algo. “Eu saio do Reino para garantir muito a nossa segurança. Além disso, não é apenas no seu Reino que essa língua é falada.”
Aniya revirou os olhos. Essa conversa a estava irritando, mas era melhor do que o rumo que estava tomando antes.
“Bem, que outros Reinos?”
Ele resmungou, e Aniya teve que se segurar para não sibilar.
Por Ignas, ele era tão irritante! Qualquer outro lican como companheiro teria sido melhor, se este fosse o destino que lhe estava reservado.
Ele a trouxe para cá contra sua vontade, por que ele agia como se ela o tivesse forçado?
“Você me ensinará a lutar, então?” Com todas as armas enfileiradas pelas paredes do escritório, isso deveria ser conveniente para ele.
Espere, quantos cômodos Ikrus tinha na Casa do Bando?
Este escritório era diferente do outro que ele tinha em seu quarto.
Ele se movia pelo espaço, concentrado e determinado a encontrar o que estava procurando.
“Não?” Ela pausou até que explodiu, levantando-se de repente. “Você não pode me ignorar!”
“Você estará morta antes de compreender qualquer uma das coisas que está pedindo.” Sua voz era estranhamente calma. “Combate requer tempo, atenção e muitas outras coisas que eu não pretendo lhe dar. Aprender minha língua é igualmente exigente. Você não tem esse tempo. Será um desperdício, pois você morrerá—”
“Cale-se!” Ela não percebeu o que tinha lançado em sua direção até que ele se esquivou do ataque. Era uma das armas penduradas na parede.
Ela bateu contra uma moldura e o vidro se estilhaçou no chão, juntando-se à adaga.
“Pare de me dizer que eu vou morrer!” Ela riu, com raiva impregnando cada som. “Isso preencheria seu coração de alegria se alguém continuasse dizendo isso a você?!” Ele se aproximou dela com um olhar especulativo, largando os pergaminhos em suas mãos e se movendo ao redor da mesa até alcançá-la. “Você é como uma tábua! Uma madeira insensível, uma criatura maligna, seu coração é feito de todas as coisas ruins no Reino! Você é pior do que minha mãe! Você—”
Ele segurou a mão dela rápido demais e, num piscar de olhos, sua língua tocou sua pele.