A Noiva Escolhida do Rei Dragão - Capítulo 413
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Capítulo 413: Capítulo 44 – A Decisão do Coração
Aniya piscou, confusa, até perceber que as cobertas haviam escorregado de seu corpo e seus seios haviam conseguido sair de sua blusa enquanto dormia. Ela rapidamente os colocou de volta, ajustando seu vestido.
Depois que o guarda a ajudou a chegar ao quarto, ela começou a se preparar para expressar seu leite, mas estranhamente acabou adormecendo.
Ula já deve ter ido embora.
Aniya saiu da cama para ajudar o homem no chão. Quando estendeu a mão para ele, ele a segurou, mas garantiu que mantivesse o olhar fixo no chão.
“Quem é você?”
“Um ômega, um servo. Não vi nada—”
“É seguro olhar para cima.”
Ele olhou. Sangue escorria pelo lado de seu rosto; os cachos pretos que caíam sobre sua testa escondiam o corte. Ele era apenas um pouco mais alto do que ela, e parecia ter aproximadamente a mesma idade. Suas roupas eram suficientes para contar seu status; ele também tinha a aparência magra de um servo.
“Corri até aqui porque ouvi você gritar, mas agora que está bem—” ele puxou a mão abruptamente, curvou-se profundamente e se preparou para sair, mas tropeçou novamente, caindo, embora menos desajeitadamente do que da primeira vez.
Suas bochechas ficaram vermelhas de constrangimento e, quando ela riu, o rubor ficou ainda mais intenso.
Desta vez, ela se abaixou na frente dele.
“Então você não é um guerreiro, mas correu para me salvar?”
“Eu não estava pensando.” Ele ainda evitava olhar para ela, muito envergonhado.
“Com uma vassoura?”
“Era tudo o que eu tinha.”
“Você é corajoso,” ela estendeu a mão para ele e ele olhou para ela, “e eu estou muito grata.”
Dessa vez, quando ele segurou sua mão, olhou para o rosto dela, como se pudesse ver através do véu.
“Disseram que você era feia,” ele disse quando finalmente foi ajudado a se colocar de pé.
Ela murmurou, puxando o véu para revelar seu rosto.
“Eles mentiram.”
“Claro que mentiram. Eu não sou feia, apenas marcada.”
“Por que você usa o véu?”
Essa era a maior curiosidade que alguém ali já havia demonstrado sobre ela. Era uma surpresa agradável e acalmou uma raiva que ela nem sabia que existia até agora.
“Eu detesto olhares cheios de simpatia e também os de nojo.” Ela deu de ombros, depois sorriu. “Além disso, desenvolvi um gosto por véus. Eles são bonitos.”
“Muito bonitos.”
Ela esboçou um sorriso para ele e ele sorriu também, timidamente. “Bem, eu preciso — eu tenho que—” ele ergueu a vassoura. “Varrer.” Suas palavras eram trêmulas, seu coração devia estar disparado. Ele devia ser alguém que evitava conversas. “Você está bem. Eu não vi nada— Desculpe por ter visto. Não! N-não, eu realmente não vi nada—”
Ela riu de novo, achando sua timidez fascinante. “Qual é o seu nome?”
Ele soltou um grande suspiro de alívio. “Syon?” Não foi uma pergunta.
“Aniya.”
Ele assentiu com um sorriso.
“Deixe-me cuidar de—”
Ela afastou o cabelo dele para ver o corte em sua testa, tocando sua pele.
Seus olhos se arregalaram.
Rápido, ele deu um passo para longe dela, como se ela fosse fogo, e com uma desculpa que não passava de um monte de palavras sem sentido, ele saiu apressado do quarto.
Aniya riu baixinho.
Que homem estranho.
Ele deveria se juntar ao Templo se o toque de uma mulher o assustava tanto.
Aniya ponderou sobre voltar às Arquibancadas de Pedra para encontrar Ula, mas quando olhou pela janela, quase não havia ninguém lá fora.
Não havia nenhum barulho.
A Seleção já devia ter terminado há muito tempo.
Ula deve ter voltado ao Templo também.
Ela iria encontrá-la amanhã então.
Sentindo sono, Aniya trancou a porta e decidiu voltar para a cama enquanto se preocupava com seu filho, que agora fazia parte de sua rotina …mas havia algo estranho em sua cama.
Uma flor-de-lis.
Agora, como isso veio parar ali?
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A imagem de Aniya desapareceu bem diante dela assim que despertou sobressaltada.
Belladona soltou um suspiro de alívio.
Isso significava que ela não estava mais morrendo, certo?
Por Ignas, era isso que tinha que significar!
Mas o que era aquela criatura sombria? Era Ikrus? Não podia ser. Ela conseguiria lutar contra aquilo sozinha? Haveria uma maneira de ir lá e ajudar—
Seus pensamentos pararam imediatamente quando ouviu passos atrás dela.
Com a lanterna na mão, ela se virou lentamente para quem quer que fosse.
Lembrando mais uma vez da incerteza de quem ela poderia ver.
Como um sussurro no vento, ela o ouviu antes de vê-lo.
“Dona?”
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((Haverá outro capítulo hoje para compensar esses capítulos curtos. Obrigado pela compreensão.))