A Noiva Escolhida do Rei Dragão - Capítulo 378
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Capítulo 378: Capítulo 9 – Uma Concessão Custosa
Eles entraram em uma parte da caverna e uma cortina foi gentilmente afastada para que pudessem ver a Canalizadora.
Alaris parou em suas trilhas, seus olhos cheios de uma sensação de familiaridade.
“Você,” ele disse.
A mulher de pele clara que estava deitada na cama olhou para ele. Seus olhos estavam profundamente dentro de suas órbitas e sua pele parecia clara demais para cobrir seus ossos completamente.
Sua doença deve ser grave.
Isso deixou Belladona preocupada com suas habilidades, mas agora com as palavras de Alaris, isso não era a única coisa sobre a qual ela estava curiosa.
Quem era essa mulher para Alaris? Ele parecia conhecê-la?
“Mãe?” A palavra foi um leve sussurro, havia dúvida gravada ali em algum lugar, mas havia a pessoa agora diante dele que estava colocando essa dúvida em conflito.
Com a ajuda do Líder Tyrek, ela se sentou na cama e piscou. Um sorriso gentil acariciou seus lábios enquanto ela se concentrava em Alaris. “Eu não tenho filhos.”
“Você se parece com minha mãe. Uma versão mais velha dela.”
“Você deve estar falando da minha irmã gêmea. Ela deixou este Reino há muito tempo. Eu senti quando ela morreu.”
Alaris olhou para o lado, a culpa corroendo seu coração. Foi a vez de Belladona entrelaçar sua mão nos dedos dele e confortá-lo, uma forma de garantia de que ele não estava sozinho.
“Ela deve ter realmente amado você,” terminou a Canalizadora. “Diga-me, ela viveu uma boa vida? Ela foi feliz?”
O aperto de Alaris se intensificou ao redor dos dedos de Belladona. Ele acenou com a cabeça, tristemente.
“Claro que ela foi. Mantendo o Herdeiro da Casa de Zoter vivo, o herdeiro do Trono Perdido. Quem não ficaria feliz em ajudar no cumprimento da profecia.”
Agora estava muito difícil falar.
“Eu irei me juntar a ela em breve. Finalmente. O que vocês precisam de mim? Seja rápido.”
O coração de Belladona disparou com pressa, mas antes que ela pudesse falar, Alaris o fez.
“Estamos procurando pela Gema da Vida?”
A mulher sorriu. “Eu não sou uma Portadora. Além disso, a Portadora está morta. Eu entendo que não há muito que você saiba porque—”
“Eu sei.” Ele a interrompeu rapidamente. Ela disse que não tinha muito tempo, nem eles. Ele deu um passo mais perto dela, trazendo Belladona junto. “Ela está conectada à Gema da Vida. Eu esperava que com a ajuda do Sacerdote, você pudesse nos mostrar o caminho.”
A Canalizadora olhou por cima de Alaris para Belladona. Ela estendeu a mão para ela e, com um aceno de cabeça de Alaris, Belladona pegou sua mão.
“Você não é uma de nós,” sussurrou a Canalizadora. “Qual é o seu nome?”
“Belladona.”
“Um veneno.” A palavra da Canalizadora puxou o coração de Belladona. Com tudo que tinha acontecido com ela, esse significado parecia muito preciso. Ela havia matado tudo o que tocou.
Eli morreu por causa dela e seu corpo matou seu bebê.
É assim que venenosa ela era.
“Podemos começar?” O Sacerdote perguntou e a Canalizadora assentiu.
O Sacerdote pegou sua outra mão e o cântico começou.
O coração de Belladona corria.
Isso estava lhe dando flashbacks de terror.
Havia tantos cânticos e feitiços mágicos que tinham sido feitos sobre ela recentemente, ela se sentia sobrecarregada por tudo acontecer novamente, mas lembrou-se do porquê de estar lá. Ela estava lá para consertar as coisas, trazer as coisas de volta ao que eram.
Ela estava lá para trazer seu Eli de volta.
Poderia não haver chance para seu bebê ou bebês, pois eles nunca nasceram para começar, mas pelo menos, talvez isso funcionasse.
Tinha que funcionar.
No começo, Belladona tinha planejado implorar a eles para voltar no tempo para quando ela tinha tudo, mas será que eles fariam isso?
Era mesmo possível?
A única que ela conhecia que mexera com o tempo foi Kestra. Uma poderosa bruxa de alma, e eles pagaram caro por isso.
Essa gema era a única maneira. Isso—
De repente sua mente desapareceu na escuridão absoluta. Ela podia sentir algo puxando sua alma como fios.
Ela podia vê-la novamente.
Seus longos cabelos prateados, seu vestido branco ofuscante e aquela adaga em sua mão, pingando de sangue.
Havia diferentes flashes de coisas das quais ela não tinha certeza, coisas que acreditava nunca ter visto em toda sua vida.
Rápido demais, demais.
De repente, eles pararam.
As mãos que a seguravam a soltaram, e ela cambaleou para trás. Alguém a segurou firmemente antes que pudesse cair.
Era Alaris, ela tinha certeza.
Ela piscou, olhando para a Canalizadora em busca de respostas, depois para o Sacerdote.
“Você compartilha um forte vínculo com o objeto!” A Canalizadora soava atônita, seus olhos cheios de surpresa. Ela parecia ter mais vida nela do que quando eles tinham primeiro entrado nesta parte da caverna, mais força e vibrância. “O que o Portador quer com você para lhe conceder tal conexão?”
“Me conceder tal conexão? O que—”
“Onde está? Diga-nos para onde ir, estamos ficando sem tempo.” Alaris disse com urgência.
A Canalizadora piscou, suprimindo sua curiosidade.
“O Castelo, mas estou muito longe do castelo e não pude descobrir exatamente onde ele estava.”
“O que devemos fazer?” Belladona foi rápida em perguntar.
“Se vocês puderem entrar no castelo, eu serei capaz de mostrar onde encontrá-la.”
“E como você faria isso?” Alaris perguntou incisivamente.
“Fácil.” Ela sorriu. “Estarei na mente dela.”
Não. Não de novo. Sua cabeça já parecia pesada com os pensamentos de uma presença indesejada em sua mente.
“—Apenas me conceda sua permissão e podemos fazer isso agora. Deixe-me mostrar o caminho.”
Foi só então que Belladona percebeu algo; a mão da Canalizadora nunca saiu da dela.
“Concedida.”
A palavra era pesada mas foi tudo o que a Canalizadora precisava.