A Noiva Escolhida do Rei Dragão - Capítulo 375

Capítulo 375: Capítulo 6 – Obstáculos Prováveis

O Herdeiro que foi prometido?

Salvador?

Belladona achou aquelas palavras confusas. Na verdade, ela achou muitas coisas que estavam acontecendo aqui muito confusas.

Após ter entrado naquele portal, ela foi sacudida pela força que a transportou para outro Reino. Ela se sentia fraca e mal conseguia ficar de pé. Além disso, havia muitos flashes de diferentes memórias em sua cabeça, das quais ela nem conseguia se lembrar agora.

Mas isso não era o que ela achava mais confuso.

Ao entrar no Reino que Alaris prometera que a ajudaria a trazer Eli de volta, uma guerra a havia recebido.

Não só isso, uma guerra na qual Alaris teve que intervir.

Além disso, as pessoas o chamavam de “O Herdeiro do Trono Perdido”, mas ainda assim isso não era tudo.

A parte mais confusa era a língua que estavam falando.

Essa não era a língua que falavam em Ignas, mas ainda assim ela conseguia entender perfeitamente como se estivesse falando essa língua a vida inteira. Isso a lembrava de uma vez em que Alaris havia comentado sobre sua compreensão da língua.

Espere, deve ser porque ela estava conectada ao Portador da Gema da Vida. Belladona esperava que essa conexão ajudasse ainda mais em sua busca pela Gema da Vida. Quanto mais cedo ela pudesse encontrá-la, melhor seria.

Eli…

Ela ainda não conseguia acreditar que ele se foi, junto com o filho que poderiam ter tido juntos. O pingente do colar dele cravava em sua palma e lágrimas brilhavam em seus olhos. Ela se sentia vazia por dentro.

A esperança era a única coisa que a mantinha viva. Ela tinha certeza de que, quando a tenda finalmente ficasse silenciosa, choraria até dormir. Seus olhos estavam começando a doer de tanto chorar, mas ela não conseguia parar.

Ela sentia falta dele. Por Ignas, ela queria seu Eli de volta.

“Você está mentindo para eles?” Belladona perguntou, no momento em que o Sacerdote entusiasmado deixou a tenda e eles ficaram sozinhos.

Após Alaris ter ordenado que o Sacerdote os levasse ao “descanso”, eles queimaram seus mortos para que o Rei Branco não pudesse fazer nada degradante com seus corpos.

Quem era esse Rei Branco? E por que ele faria uma coisa dessas?

Depois disso, eles partiram em uma jornada, principalmente por túneis subterrâneos. Foi a primeira vez em muitas horas que estavam em terra.

Eles montaram algumas tendas nas quais todos se apertaram; esta, no entanto, era para o Salvador e sua amiga.

As pessoas não tentaram interagir com ela, ou talvez tentaram e ela não percebeu. Seja como for, ela se sentia muito fraca para falar com alguém e explicar sua razão de estar ali para qualquer um. Ela só queria trazer Eli de volta e retornar a Ignas com ele.

Por esse motivo, ela precisava saber se Alaris estava mentindo para eles.

“Não é mentira. É por isso que voltei.”

“Eles o chamam de Herdeiro do Trono Perdido. Dizem que há uma profecia sobre você.”

“Eu te contei sobre o ataque aos meus pais. Eu sou o herdeiro legítimo, e aqueles por quem lutei hoje fazem parte das pessoas que permaneceram fiéis à minha Casa depois que fomos traídos. O Rei Branco é quem liderou o ataque aos meus pais e meu objetivo é tomar o trono.” Ele se virou para ela, seus olhos cheios de raiva e vingança alimentada. “Eu te disse, vou recuperar tudo o que eles tiraram de mim. Todos pagarão, aquelas casas e suas famílias. Cada um deles pagará pelo que fizeram aos meus pais.”

Belladona assentiu.

“Como faço para conseguir a Gema da Vida? Tudo o que me importa é trazer Eli de volta.” Ela fechou os punhos contra o estômago.

“Precisamos da ajuda de uma Canalizadora para encontrar a gema. Não existem canalizadoras aqui, mas estou esperando—”

“Esperando?” Belladona franziu a testa.

Alaris caminhou pela tenda.

“Sim, espero que se houver—”

“Não posso me apoiar apenas na esperança. E se não houver Canalizadoras? Seria isso? Não há outra maneira.” O desespero consumiu sua voz. “O Reino Espiritual é muito complicado, nosso atraso pode causar mais danos, e se—” suas mãos começaram a tremer enquanto ela deslizava os dedos pelo cabelo. Lágrimas escorriam por suas bochechas. “Estou perdendo tanto tempo! Me diga outra maneira, Alaris.”

“Uma Canalizadora é a única maneira.” Ele segurou suas mãos trêmulas nas dele e libertou seu cabelo de seu puxão doloroso. “Vou encontrar uma para nós.” Então ele a puxou para um abraço. “Confie em mim.”

O luto era uma coisa complicada.

Desencadeado por pequenas coisas, e possessivo em seu alcance.