A Noiva Escolhida do Rei Dragão - Capítulo 353
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353: Capítulo 81 – Agridoce (MR 12) 353: Capítulo 81 – Agridoce (MR 12) “Foi aqui?” A pergunta dela o pegou de surpresa e demorou demais para ele interpretar as palavras. Tudo o que conseguia pensar era no fato de que ela o estava tocando.
Será que ela estava bêbada? Não, ele não conseguia sentir nenhum cheiro de álcool nela.
“A adaga. Foi aqui?”
Ah, era isso que ela queria saber.
“Sim.” Se suas mãos não estivessem ocupadas com Arlo, que estava entre o sono e alcançar seu brinquedo, ele teria segurado a mão dela para que ficasse em sua pele para sempre.
Ela estendeu a mão para um botão, mas hesitou, então olhou para ele, e ele deu um leve aceno.
Claro, ela podia desabotoar sua camisa! Ela não fazia ideia de quanto isso o agradaria e de como ele desejaria que ela fizesse mais.
Por Ignas, ele estava faminto e carente.
Um sofrimento que ele merecia.
Ela desfez dois botões da camisa de algodão cinza dele, para que pudesse ver a área afetada corretamente. Ele tinha contado a ela sobre a manipulação mental do Bruxo e, de alguma forma, ela havia esquecido de perguntar como ele estava ou se houve efeitos colaterais do corte da adaga.
Belladona se sentiu terrível por ter se esquecido disso.
No entanto, parecia não haver corte algum.
“Você não parece ferido, mas está bem?” Ela perguntou, observando seu peito de perto.
Ele podia sentir a respiração dela em sua pele. Ele queria puxá-la para mais perto dele, mas isso seria uma estupidez. Ele só esperava que ela não percebesse o quanto estava perto dele.
“Estou.”
Belladona pressionou os dedos contra aquela parte do peito dele, cutucando-o.
“Você tem certeza?”
“Eu respiro bem.” Contudo, ele não soava como se estivesse, então ela olhou para ele e o olhar deles se encontrou, a respiração dela ficou presa na garganta. “Eu respiro bem.”
Aquelas palavras.
Ela já as ouvira antes.
Não.
Já as dissera antes.
Aquelas eram as palavras dela!
Ela as dissera para ele uma vez, mas tinha sido em circunstâncias diferentes.
Naquele momento, ela percebeu o quão próxima estava dele e o quanto o estava tocando.
Rapidamente, ela se afastou.
“Arlo está dormindo.” Ela disse, procurando algo para substituir o constrangimento, enquanto colocava seu doce de meia-noite na boca.
Eli assentiu, se levantando. Arlo já estava dormindo há algum tempo, mas ele decidiu carregá-lo com um braço para não atrapalhar a inspeção de sua Dona.
“Isso é bom.” Ela conseguiu dar uma risada nervosa. “Um bebê deve dormir bem.”
“Exatamente.”
Os olhos dela piscaram para baixo e ela viu o estado desabotoado da camisa de Eli. “Eu deveria arrumar isso do jeito que estava antes. Me desculpe muito.”
“Não peça desculpas.”
Ela esfregou os dedos na nuca. “Uhmmm— Eu ainda deveria arrumar.” Então ela começou a fazer isso.
“O que você está lambendo?” Ele não tinha visto ela trazer nenhum lanche de meia-noite, nem a viu com um quando ele entrou e agora a boca dela estava se movendo?
“Apenas algo. Se você quiser, pode provar.” Ela se afastou, colocando um “doce” entre os lábios.
“Eu quero sim.” Ele se aproximou, o olhar fixo nos lábios dela, aquecido. Ela queria que ele pegasse assim?
Não havia como ele sobreviver à noite dessa maneira.
Mas a tortura era amiga de Eli, especialmente se isso significasse que ele poderia se aproximar de Dona.
“Certo—”
Os lábios dele encontraram os dela e as palavras dela desapareceram. Seus olhos arregalaram de surpresa, lava correu por suas veias.
Mas tudo aconteceu tão rápido.
Logo, ele estava se afastando, a outra metade do “doce” dela entre os dentes, antes de deixá-lo escorregar em sua boca.
Certamente não era assim que ela pretendia que ele provasse seu doce.
Mas ela não conseguia nem falar agora.
Ela não estava tão próxima dele havia muito tempo. Ela se sentiu um pouco sobrecarregada por estar em tal proximidade novamente.
Eli mastigou e franziu a testa. “Dona, por que você está comendo giz?”
“Tem um gosto bom?” Ela deu de ombros, dando palmadinhas nas costas de Arlo. Ele estava agora completamente adormecido e deitado sobre o peito arfante de Eli.
“Não. Tem gosto de poeira.”
“Poeira é bom.”
Ela riu quando ele olhou para ela com a expressão mais confusa.
“Eu comecei a comer ontem e Eli, é perfeito. Tem esse gosto que é claro e me faz sentir melhor. Algo está errado com você se não vê como é perfeito.”
Ele tentou novamente entender a magia disso que Dona estava falando, mas não encontrou nada. “É apenas giz.”
“Não. Não é apenas giz.” Ela gesticulou, permitindo que uma mão continuasse dando tapinhas nas costas de Arlo. “É mais!”
Ele arqueou uma sobrancelha para ela, fascinado por seu interesse. A luz nos olhos azuis elétricos dela tornava essa conversa válida.
“Que outra comida ‘mágica’ você tem comido?”
Ela riu. “Comido? Não. Mas há algumas que eu gostaria de experimentar.”
“Quero ouvir tudo sobre isso.”
Ela falou sobre o que gostaria de comer – cada uma era uma escolha interessante, e, quando o sono a levou, já que estava dando palmadinhas em Arlo, seu corpo naturalmente se inclinou em direção a ele. Ele a puxou para mais perto, até que ela repousou a cabeça em seu peito.
O destino era tão cruel por dar a ele um gostinho de algo que nunca teria.
Ainda assim, ele imaginou Dona como sua esposa e Arlo como seu filho.
Uma família.
Ele desejava isso com Dona.
Isso lhe deu um sentimento agridoce. Era como se o destino soubesse que ele nunca teria isso, mas deu-lhe um gostinho mesmo assim só para torturá-lo.
Puni-lo.
Apesar disso, ainda era algo que ele estava feliz por vivenciar.
Era amargo.
Era doce.
Tão cruel era o destino.