A Noiva Escolhida do Rei Dragão - Capítulo 230

230: Capítulo 230 – As Sombras e Seus Sustos (Lançamento em Massa!) 230: Capítulo 230 – As Sombras e Seus Sustos (Lançamento em Massa!) Nadia estava desaparecida.

Belladona havia descoberto isso quando decidiu adiantar alguns assuntos com Nadia, para que pudesse se concentrar em sua missão durante o dia em vez disso. Agora que sabia que a Lady Kestra estava em seu encalço, ela não podia deixar nem um segundo se perder.

Belladona queria acreditar que depois que eles tinham ido à Caverna, os Nahiri também foram para lá, e que isso tinha levado a Lady Kestra até lá. Mas era um palpite selvagem e estúpido acreditar nisso às cegas.

Lady Kestra estava com o pedaço de pano que tinha seu sangue, ela definitivamente tinha usado aquilo para rastreá-la.

Por Ignas, a situação estava complicada e ficava ainda mais bagunçada quando percebeu que Nadia estava desaparecida.

De todas as coisas insanas que aconteceram hoje, essa tinha que ser uma delas.

Ela simplesmente desapareceu.

Belladona suspeitou de Lady Kestra pelo desaparecimento, e havia convencido Eli a verificar sua Sala de Trabalho. Ela simplesmente tinha um forte pressentimento de que ela tinha algo a ver com isso.

Eli relutou quanto a isso, a implicação de desconfiança ao verificar o lugar enquanto estavam em uma viagem para buscar um elixir para ele, não lhe caía bem.

Ele comunicou isso e Belladona respondeu com palavras muito convincentes que o fizeram ceder eventualmente.

Isso explicava por que ela estava frustrada, embaraçada e irritada quando Nadia não foi encontrada no quarto.

Colin até estava lá para dizer que tinha visto ela deixando o Castelo tarde ontem e que ela tinha dito a ele que queria ver sua Avó porque estava assustada com o que tinha feito ao chá da Lady Kestra. Que precisava de alguém para conversar sobre isso.

Ela também tinha implorado para que ele não dissesse nada a ninguém, mas ele não podia ficar quieto agora que a ausência dela tinha causado tanta suspeita à Mão Direita da Mulher do Rei.

Alguém que nunca faria mal algum ao povo.

Seb havia admitido que Nadia era espontânea com suas decisões, embora ele estivesse surpreso por ela ser a culpada por trás do momento embaraçoso de Lady Kestra.

Que interessante.

Eli ordenou aos guardas para arrumarem tudo de novo. Felizmente, nada tinha sido destruído, mas havia uma grande tendência de que quando Kestra voltasse, ela apenas sentiria que suas coisas haviam sido tocadas.

“Eu explicarei as coisas para ela quando ela voltar.” Eli ofereceu um aperto reconfortante em seu ombro, uma espécie de afago de compreensão, que deixou Belladona mais tensa ao invés de fazê-la sentir-se de outra forma.

Belladona esperava abrir buracos na confiança de Eli com Lady Kestra e resgatar Nadia, em vez disso, tudo saiu pela culatra.

Se suas alegações já estavam provando ser falsas tão cedo, seria mais difícil convencer Eli no futuro sobre o lado real de Lady Kestra. Ela teria provas então, então talvez não houvesse nada com que se preocupar.

“Você sabe onde a Avó dela mora?”

Colin lhe deu um aceno breve.

“Então vá até lá e confirme que ela está lá.”

A luz dourada da grande janela não deixava Belladona outra escolha senão ficar para trás. Ela teria o seguido, mas a Noite estava se aproximando e logo seria hora de conseguir o último item.

Ela ainda estava tendo problemas para descobrir qual era o ponto de controle que deveria atacar.

Ela iria descobrir ao longo do caminho.

“Sim, Minha Senhora.” Colin partiu e isso lembrou a ela que tinha arruinado sua promessa de um momento à noite com Eli.

Argh.

Ela teria que compensar isso, antes que ele interpretasse mal a situação.

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Suor se acumulava na pele de Colin apesar do frio.

Quanto mais se aproximava da casa, da casa solitária sem luz conforme o sol se punha, mais seu coração batia em ritmos descompassados.

Sua experiência bem cedo nesta manhã ainda fazia calafrios descerem por sua coluna e ele podia sentir suas mãos tremendo ao lado de seu corpo enquanto suas botas penetravam suavemente na lama úmida no chão.

A memória brilhava em sua mente, de modo que ele quase podia sentir tudo novamente.

A chuva caindo sobre ele enquanto ele cavava a terra úmida e argilosa.

A dor nos seus braços.

O trovão ecoando e o relâmpago.

Tudo tinha acontecido mais cedo nesta manhã, ainda assim, ele não conseguia se livrar disso não importa o quanto tentasse.

Nadia estava morta.

Ele tinha confirmado isso pessoalmente.

Lady Kestra tinha usado toda a sua energia ontem e tinha dito a ele para ir e enterrar ela.

Colin tinha saído do Castelo com sucesso com o corpo dela e tinha chegado onde poderia enterrar ela sem levantar suspeitas.

Ele tinha cavado a terra argilosa bem, mas quando virou para descer o corpo na sepultura, foi aí que o problema começou.

Não tinha corpo.

Não só isso, havia uma mulher de vestido preto e capuz. Ela se chamava Vovó.

Ela era a mais estranha.

Ela o deixou lá, rindo enquanto voltava para a floresta como se não tivesse visto nada.

Ela não parecia nada com uma avó, ao invés disso, ela parecia bastante jovem e com feições inocentes que o lembravam da sua filha.

Colin respirou fundo, suas juntas batendo na porta suavemente enquanto esperava por uma resposta.

Ele bateu novamente, mas não houve resposta.

Seu coração começou a acelerar e ele olhou ao redor.

Estava silencioso, teria sido um pouco estranho se este lugar não fosse a parte normalmente vazia da Capital. A Floresta Negra estava por perto. Ninguém gostava de morar perto disso, exceto a avó da Nadia, obviamente.

Na verdade, Colin não sabia onde a Nadia morava, ele tinha perguntado por aí. Sua consciência o havia impelido a fazer isso.

Seu corpo tinha desaparecido e sua mente estava enlouquecendo com especulações impossíveis.

Estava mais escuro agora e mesmo assim, não havia luz nas janelas, então ele viu algo se mover e suas pernas se renderam a uma corrida que ele não processou em sua mente até estar fora da floresta.

Nadia estava morta. Ele a enterrou e ele não encontrou aquela mulher que o fazia lembrar de sua filha.

Ele se diria essas mentiras até acreditar nelas. Então quando a Lady Kestra perguntasse, suas palavras soariam como a verdade, até para ele.

Ele sentia a necessidade de compartilhar o que pensava com alguém, alguém com quem pudesse contar a verdade e sentia falta da sua esposa.

Como todos os dias desde que estava sem ela.

Ele sentia falta da sua filha.

Ele sentia falta da sua família.